MaryJá se passou horas desde que e entrei no quarto do meu filho... que está vazio. Eu já nem consigo mais chorar. Estou totalmente anestesiada com essa situação. Meu único conforto é o Lucas que tem se mostrado muito paciente e compreensivo desde que chegamos em casa. Vez ou outra ele aparece na porta do quarto e apenas me olha na mesma posição, sem dizer uma palavra ele sai me deixando sozinha novamente.
O caso do acidente com o carro está sendo investigado pela policia local. E o pouco que me envolvi foi através do Lucas. Estou evitando no máximo pensar nesse incidente que colocou meu Davi em risco. Pensar nele me faz perceber o quanto amei esse nome assim que o ouvi. Nem tenho como descrever como me senti tão completa e realizada o segurando pela primeira vez e na mesma proporção senti meu coração ser partido e arrancado de mim quando o deixei para trás. Minha mente ainda não aceita o fato de que exista alguém tão inescrupuloso e sem caráter a ponto de atropelar uma gestante e não prestar o socorro.
- Mary, amor você precisa se alimentar! - Mais uma vez o Lucas me olhou da porta do quarto com a expressão cansada e triste. Pergunto-me como estaríamos se o Davi estivesse aqui. - Já é a terceira vez que eu venho!
- Na verdade é a quinta! - Sorri fraco e isso o encorajou a entrar no quarto.
- Isso é muito pior que três. - Abaixou na minha frente na cadeira de amamentação e deu uma rápida olhada em volta.
- Como você acha que ele está?
- Considerando que faz apenas cinco horas desde que chegamos tenho certeza que ele está bem... - Segurou minhas mãos apertando gentilmente os nós dos meus dedos. - E eu cansei de ficar sozinho nessa casa enorme! - Fixou os olhos verdes nos meus. - Nós vamos jantar... E depois poderemos ir visitá-lo.
- Eu acho...
- Nada disso senhorita! Eu preciso cuidar de você também, se não o Davi não vai reconhecer você. - Sem que esperasse me pegou no colo arrancando-me um gritinho de surpresa.
- Ele passou praticamente oito meses comigo e você acha mesmo que ele vai me estranhar?
- Se você parar de comer... - Hesitou e completou baixinho - até eu vou!
- Lucas! - Sorri abraçada ao seu pescoço e o senti relaxando.
- Eu amo esse som! - Falou deixando um beijo casto nos meus lábios.
***
Um mês mais tarde...
Desde o nascimento do Davi se passou um mês. Meus machucados não passam de pequenas marcas que quase nem se percebem. Meu resguardo praticamente acabou considerando que passei um mês internada graças a meu acidente e muita intervenção do Lucas, durante todos os dias segui tudo corretamente e por ter sido uma cesárea a lesar a marca na minha barriga é fraca. Isso não quer dizer que continuo magra como antes, sim eu tenho marcas no meu corpo e engordei, mas isso nem me importa, agora só me preocupo com uma pessoinha que devia estar junto comigo em casa.
Chegamos ao hospital e já nos dirigimos ao neonatal. É nosso quinto dia como visitantes e falta pouco para nos mudarmos de vez para o hospital, muitas das enfermeiras já nos conhecem, pois nossa rotina é visitar o Davi o tempo todo e nos intervalos ir para casa. O Lucas ainda se divide entre a empresa o hospital e nossa casa. Eu ao contrário nem penso mais em trabalho me dedico inteiramente aos momentos de alegria que é poder segurar meu anjinho. Como os dias para o Lucas tem sido corrido ele vem no período da tarde para o hospital e almoçamos juntos na cantina. É o momento em que o Santiago e minha madrinha aproveitam para visitar o Davi. E sempre comemoramos juntos cada pequeno avanço no crescimento dele.
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(CONCLUÍDO) Vencendo Gigantes - Livro 1 Série Desafio.
RomanceVocê seria forte o suficiente para enfrentar os diversos desafios da vida e ainda ter a capacidade de sorrir e amar? Mary é uma menina marcada pela trágica morte de sua mãe, precisou enfrentar além do luto uma depressão e o isolamento, sofreu com o...