Capítulo I- Santa Inquisição

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O conhecimento nos traz o poder sobre os outros, mas lembrando que seu uso requer perdas espirituais, todos têm conhecimento das questões dos carmas que adquirimos quando tomamos posse de seres ignorantes à nossa revelia. Sabemos que o criador deixa o mal sobressair para crescermos, diferenciando o bem do mal. Temos o livre arbítrio de escolher o que achamos ser melhor para nós, mas quando sabemos que o mal é do mal, e o escolhemos teremos que prestar contas com a lei do retorno. Para algumas pessoas, a ideia de que a "magia" seja uma coisa prática é surpreendente. Não deveria ser.

A magia baseia-se, inteiramente, na capacidade de exercer influência sobre nosso meio. Enquanto a magia é, altamente, voltada ao crescimento espiritual e a transformação psicológica, até mesmo a vida espiritual deve estar firmemente baseada em alicerces materiais. Os mundos, material e psíquico estão entrelaçados e é extremamente esse fato que estabelece o elo mágico: o psíquico pode, tão facilmente, influenciar o material quanto vice-versa. A magia põe e deveria ser utilizada em nossa rotina para obtermos uma vida melhor! Cada um de nós recebeu mente e corpo e, certamente, temos uma obrigação espiritual de usar completamente esses maravilhosos dons.

Mente e corpo atuam em conjunto e magia é apenas a extensão dessa interação em dimensões que ultrapassam os limites normalmente concebidos. Eis porque associamos o sobrenatural aos domínios da magia. A magia está em cada olhar, em cada gesto, em cada mão estendida... Estava cuidando de uma raposa ferida numa armadilha, ficaria com a perninha presa, levei ela para minha cabana e fiz um emplastro e deixei ela ao lado do fogão a lenha. Estava toda molhada, a noite a neblina naquele lugar que eu morava era intensa, e a coitadinha deve ter ficado a noite toda ali, presa naquele gancho. Dei-lhe uma comida morna e depois um pote com água, arrumei uma coberta para ela que se deitou e dormiu, estava melhor, pelo menos estava bebendo água, e aproveitei para colocar a minha magia. Depois de tudo arrumado me deitei e sonhei com Tengia, ela 16 estava bem e bonita como sempre fora, estava voltando para casa, acordei com saudades e lembrei das coisas que ela me contou muitas vezes. Tengia, a bruxa que cuidou de mim, aliás me criou, para conhecê-la melhor e entender a minha vida e como me tornei o que sou, precisamos retroceder aos tempos, até a santa inquisição.

Foi uma espécie de tribunal religioso criado na Idade Média para condenar todos aqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica. Mais ou menos em 1.119. Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunharam contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada. Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunharam contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.

Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeiras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados.

Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas, que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição: difamação notória por várias pessoas que afirmaram ser o acusado um Bruxo. Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo. Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo. Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito, a Inquisição tomou tamanha força que mesmo os soberanos e os nobres temiam a perseguição pelo Tribunal e, eram obrigados a ser condizentes. Até porque, naquela época, o poder da Igreja estava intimamente ligado ao do estado. Não que hoje tenha mudado.

Dama da NoiteWhere stories live. Discover now