"Capítulo XXX"Zenit relembra seu passado

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Zenit, quando ficou viúva, era muito jovem, equando começou seu trabalho na sociedade sabia, queprecisaria usar das armas que a mulher tem, paraconseguir arrancar informações dos poderosos da castapura, daqueles que se achavam os donos das vidas doshomens e mulheres que ali moravam. ela sabia, que suafilha tão pequena seria uma dama da noite um dia,quando crescesse, faria igual ela. Ela não tinha medo,era uma guerreira nata. Via sua avó e mãe lutar pormulheres que sofriam, isso a fazia sentir orgulho denascer no berço de mulheres tão valorosas.

 A primeiranoite da missão de Zenit, ela lembra com grandeorgulho...Ela se arrumou, vestiu um corpete vermelho,com meias cinta-liga, e vestiu um vestido vermelhojusto ao corpo, por cima uma saia longa, aberta até acoxa , de onde se via o início da cinta liga. A saia era colocada por cima como simples fetiche. Os cabelos corde avelã, presos no alto da cabeça com fios caídos pelosombros e alguns pela costa, eram cacheados, o quedava um ar de menina. Usava uma maquiagem forte,seus olhos verdes, contrastava com aquele vermelho daroupa, e tom do preto sobre os olhos, o requinte da altasociedade.Não havia homem sobre a terra que não a desejasse.Muitos tinham esposas em casa, mas iam para a rua embusca de mulheres que pudessem fazer o que nãoachavam certo fazer com as senhoras esposas, pois elaseram as mães de seus filhos, pura hipocrisia. Nessanoite ela foi seduzir um senhor muito rico, de uns 40anos, ele era solteiro, muito dinheiro. Tinha uma moçaque ele dizia a todos ser sua sobrinha, mas a coitadinhanão podia fazer nada, nem a rua sair. Soubemos que elea espancava, que a mantinha prisioneira, iremos libertá-la. Para isso, ela seria a isca. Enquanto ela dava a ele oprazer da carne, as outras do grupo da sociedade,resgataria a garota, sem qualquer suspeita. E era dessaforma que elas libertam muitas mulheres.

 As mulheres da cidade, diziam que a sociedade eracabaré, que as mulheres que ali viviam eram prostitutas,e elas as damas, não se importavam com os títulosatribuídos, para elas isso era bom, porque os homensacreditavam, e o trabalho era feito. Claro que eramescolhidas a dedo as moças que saíam em campo, tinhaque ter a causa como objetivo, mas muitas se perderam ao longo do caminho. O poder do sexo leva muitos aperdição.

 A sexualidade é parte integrante dapersonalidade humana. Além de sua função principal,que é a procriação da espécie humana, entendemos queo sexo é parte essencial na forma como nosrelacionamos com nossos parceiros, demonstrandoafeto e também buscando prazer e felicidade. Podeparecer chocante para algumas pessoas, mas não hávergonha no sexo.Sempre nos perguntam sobre o sexo antes docasamento. Ao contrário da maioria das religiões, oespiritismo não é contra o ato sexual entre um casalantes do casamento, por exemplo, pois acreditamos queo sexo faz parte da demonstração de amor e afeto entreduas pessoas.O que o espiritismo condena, entretanto, é o sexo deforma promiscua, desprotegida e descuidada. Além deser extremamente perigoso em termos de saúde, apromiscuidade é também um desrespeito ao seu corpo etambém ao seu espírito.O sexo é uma forma essencial para a troca de energiaentre um casal, daí a importância de se pensar naescolha do parceiro. No mais, é importante deixar claroque o espiritismo não condena nada em relação asexualidade. 

Acreditamos muito no livre arbítrio, naliberdade de escolha das pessoas e na lei de ação ereação. Ou seja, cada pessoa é seu próprio juiz eresponsável pelo seu próprio destino. O sexo é o meio pelo qual a espécie se projeta para o futuro, através dosfilhos e da família. O sexo pode proporcionar muitoprazer e felicidade: a Natureza assim o quis, para que aespécie pudesse continuar a existir. Mas o sexo, se formal usado ou abusado, traz consigo grandesconsequências e castigos: a Natureza também parece tertido essa intenção. 

 A infidelidade por parte de um parceiro sexual podereduzir bastante a sobrevivência de uma pessoa. Ahistória e os jornais apresentam muitos casos daviolência das paixões humanas, causados pelainfidelidade. O sentimento de "culpa" é o mal menor. O ciúme e avingança são os maiores monstros: nunca se sabequando vão acordar do seu sono. É muito bonito falarde se "ser civilizado", "desinibido" e "compreensivo";mas não há palavras que possam recompor vidasdestruídas. Um "sentimento de culpa" não é, nem deperto nem de longe, tão cortante como uma faca nascostas ou vidro moído na sopa.Além disso, há a questão da saúde. Se não insistir nafidelidade de um parceiro sexual, você expõe–se adoenças. Durante um espaço de tempo muito curto,afirmou–se que as doenças venéreas estavam todas sobcontrole. Agora já não é assim, se é que alguma vez ofoi.

Dama da NoiteWhere stories live. Discover now