"Capitulo XXV"Segredos revelados

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A sala onde Madras estava dentro da sua couraça deprata, com apenas furos para as necessidades e paracomer e beber, fora feita com o intuito de mantê-laneutralizada, dos poderes que tinha nas mãos. Era deuma qualidade que apenas aqueles ligados ao poder daigreja católica seria possível Todos ligados a santaigreja, viviam do bom e do melhor, moravam em casasricas, com todo conforto. Rafael era diferente, não quiscasa do governo, morava em sua própria residênciacom o que tinha herdado por parte do pai que erafalecido.Não tinha irmãos, filho único, de uma filhaaristocrática da cidade de Toledo, Espanha. Quandoentrou para ser um inquisidor, passou por severaseleção, ele tinha com ele o motivo que o levou a serum deles, ele queria fazer a diferença. Ele estava com quarenta anos, por um instante voltou aos seus 35 anos,quando morava na cidade de Roma, quando faziadoutorado, num colégio interno dos padres."lembrava do dia que conheceu uma jovem alegre,filha de um dos homens que abasteciam osmantimentos do colégio, ela tinha ido com o pai , viquando ela descarregava as verduras no portão dosfundos, em cestas, era cuidadosa no serviço, usava ummacacão desses de homens, tinha na cabeça um chapéude palha, e cobria uma boa parte da cabeça, mas pudever aqueles cabelos por um segundo quando sesoltaram, ela de imediato os prendeu. Seu rosto eracorado pelo sol do verão, que marcava a face da garota.O vento das árvores teimava em querer desmanchar openteado dela e mandar para longe o chapéu de corrosa, com algumas flores na aba.De longe, atrás dos arbustos no corredor que davapara a cozinha, eu fiquei apaixonado no primeiro olhar,queria saber o seu nome, abraçá-la, ir de encontro aela. Estava quase saindo do meu esconderijo quando vio pai dela falando com ela. 

— Querida, vai até a fonte e enche nosso cantil deágua, temos ainda que ir em dois orfanatos, e não queroficar sem água. 

— Está bem papai, com esse calor que está temosmesmo que nos preocupar, foi nessa hora que soubeque ele era o pai dela. fui esgueirando os arbustos,quando ela estava na fonte, e tive uma ideia, fui até a fonte, afinal não tinha nada demais, era minha casa,fingi que caminhava e me direcionei a fonte. 

— Olá, boa tarde, senhorita. 

— Boa tarde! ela falou com um sorriso que jamaisesqueci. 

— Você mora aqui perto?

 — Não, moro longe daqui, estou com meu pai,viemos trazer as verduras para vocês, creio eu. 

— Entendi, eu moro aqui, minha família mora longedaqui, mas estou estudando neste lugar. 

— Eu queria estudar, mas meu pai falou que nãoprecisa, mulheres são para servir o marido, não precisade conhecimentos , apenas do lar. 

— Hum, seu pai é daqueles que acham que mulhernão pensa. Ela gargalhou, viu os seus dentes perfeitos,os olhos cor de azeitonas, pareciam estrelas no céu abrilhar. Ela passou um pouco de água no rosto, o sol apino, deixava ela ofegante. Tudo isso foi um momentotão mágico, que ficamos ali apenas nos olhando, nosconhecendo com os olhos da alma. De imediatoouvimos um grito de homem que tirou nosso olhos umdo outro, era o seu pai chamando. 

— Vamos Francesca, é hora. De onde ele estavaacenou com a mão para mim e eu retribui. 

— Até logo... 

— Gilius, meu nome é Gilius. 

— Então até logo Rafael, meu nome é Francesca.

 — Até breve Francesca. Meu coração queria ir junto com ela, ela saiu dali correndo, e olhando para trás, eusabia que ela também ia me amar. Todo dia, eu volta aporta da cozinha no mesmo horário, e foram mais devinte dias que um dia eu a vi, de longe ela me avistou edeu um aceno. Eu de imediato fui ter com ela. 

— Boa tarde Francesca? Como tem passado? 

— Bem, boa tarde. Nisso o seu pai chegou. 

— Boa tarde meu jovem, Minha filha fala sempre devocê, queria vir ver você, mas como esperávamos asafra aumentar, vim sozinho muito cedo, apenastrazendo algumas verduras, hoje trouxemos para asemana. Os dois se olharam e as almas se entendem, alitinha amor!

Dama da NoiteWhere stories live. Discover now