"Capítulo XXXVI"Abrindo o coração

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A vida de Haras, Hannah e Sarah, se entrelaçaramnum novo mundo. Um mundo desconhecido, que tantoelas como a médium que faria esse trabalho com elascresceram para novos conhecimentos.Estariam no limite de algo que a colocariam emprovas do conhecer, da prática e da fé. Tudo queconheciam seria utilizado, mas teriam que aprendernovas maneiras, derrubar conceitos, e fronteiras de tudoque até agora sabiam. Teriam que lidar compreconceitos de religião e de moral. Mas paracomeçarmos a falar delas, vamos abordar um assunto,religião.O que para muitos é sagrado, para outros é um mito,acredito que a religião que vamos falar vai tocar umponto, que muitos acreditam ser do demônio, coisa desatanás, mas ao longo da minha história, você  compreenderá o quanto Deus é maravilhoso, e ele nãoestá na religião e sim cada ser criado por ele. 

Asreligiões foram criadas para que o homem buscasseDeus.Acredito que todo homem tem afinidades, e vai seencontrar com aquela religião que mais lhe cai bem,que mais lhe traz o que é do seu momento, de acordocom sua evolução. E como a evolução não dá saltos,falaremos sobre a Umbanda.Muitos acreditam que a umbanda seja do mal, queespíritos malignos se comunicam pelos médiuns láencontrados. Mas eu tive que romper meus dogmas,pois iria trabalhar com essa religião, e preciseidescobrir tudo que nela existia, como funcionava e tudoo mais. E então no mundo espiritual com um professorconhece a verdade, ele nos instruiu do queprecisávamos saber, para desenvolver nossa vida poradiante, seria nosso trabalho, era com a umbanda queíamos ficar em contato, que orientaria as pessoas queviessem em busca de auxílio. Vamos mostrar o quanto élindo o conhecer sem barras de ferro, abrir sua mente eviajar comigo, na aula do nosso companheiro irmãoAurélio, do mundo espiritual. Após dois dias dedescanso, como haviam sido convocadas, as duasmulheres Hannah e Haras compareceram onde Manolo,o orientador marcou. Fui junto de Sarah, pois eu e eladeveríamos comparecer para esclarecimentos e orientação para nosso trabalho. 

— Bom dia Haras, bom dia Sarah, disse Manolo,muito alegre. Quero lhes apresentar meu amigo queserá o seu orientador neste projeto que desenvolvemoscom você e Sarah e mais a nossa irmã que logochegará. Antes quero que conversem com ele. 

— Muito prazer, meu nome Aurélio, já ouvi falar dassenhoras, sinto-me honrado por trabalhar com vocês. 

— O prazer é nosso , disse Sarah. 

— O meu também, e estou ansiosa em trabalhar comvocês, e muito curiosa com o que vamos fazer. 

— Vocês serão vitoriosos, com tudo que fizeram naterra, esse trabalho é para vocês. Não demorou muito,após estarem mais à vontade, uma jovem de 16 anosentrou na sala, todos se voltaram para olhar aquela belamenina, era graciosa, e alegre. Haras ficou de imediatoimpressionada com a garota, mas guardou para si. 

—Senhoras quero que conheçam, ou melhor revejamHannah. Haras pensou... seria minha filha...mascomo...ela não era assim tão grande? Manolo percebendofalou.—Haras, ela foi sua filha, é que agora ela está com afisionomia de uma vida que ela evoluiu muito, escolheuficar com a parecia que representa a conquista dela. Umcerto constrangimento pairou no ar. 

— Haras, fui sua filha, mas como espírito tenhooutras vidas, outras mães, agradeço tudo que fez pormim, foi maravilhosa, me dê um abraço, continuo a Hannah de sempre. 

—Sim, claro, eu te amei tanto. 

—Eu sei, e te agradeço o amor, os aprendizados,agora somos irmãs em Cristo, e trabalharemos juntas,por tempo indeterminado. Verás, o quanto valiosa é avida. Haras estava em choque, a sua menininha nãoexistia mais, ela havia crescido... Você já se deu contade que seu afeto não é o mesmo para com todos osmembros da sua família?Uns nos são muito caros, outros menos, alguns nossão indiferentes, podendo, até mesmo, haver aquelesque nos são antipáticos. E você já pensou nos motivosdessas diferenças? Quando nos questionamos sobre oassunto, muitas dúvidas nos vêm à mente. Ora, se somosfilhos dos mesmos pais, se somos os pais de váriosfilhos, porque não nutrimos o mesmo sentimento portodos, de igual forma? Indagando-nos, com sinceridade,chegaremos à conclusão de que há duas espécies defamílias: as famílias espirituais e as famílias pelos laçoscorporais.

 Concluiremos, ainda, que não são os daconsanguinidade os verdadeiros laços de família e simos da simpatia e da comunhão de ideias. Ou seja, oslaços do sangue não criam forçosamente os liames entreos Espíritos. Para entender essas disparidades narelação de afeto ou desafeto, é preciso que lancemosmão da Lei da reencarnação.Reunidos na mesma família, pelas Leis Divinas,  encontram-se Espíritos simpáticos entre si, ligados porrelações anteriores que se expressam por uma afeiçãorecíproca. Mas, também pode acontecer que sejamcompletamente estranhos uns aos outros essesEspíritos, afastados entre si por antipatias igualmenteanteriores, que se traduzem na Terra por um mútuoantagonismo.Com a teoria da reencarnação, entenderemos porqueé que dois seres nascidos de pais diferentes podem sermais irmãos, pelo Espírito, do que se o fossem pelosangue. Nessa mesma linha de raciocínio,compreenderemos a animosidade alimentada porirmãos consanguíneos, fato muito comum que seobserva todos os dias. 

A Lei da reencarnação também esclarece sobre osobjetivos pretendidos por Deus para Seus filhos: oprogresso intelectual e moral.Se Deus nos permite o reencontro com afetos edesafetos do passado é que está a nos oferecer umanova oportunidade de aperfeiçoamento. Enquanto aconvivência com os desafetos nos dá oportunidade deestabelecer a simpatia, os afetos são o sustentáculo emtodos os momentos. Entendemos, assim, que asmúltiplas existências estendem os laços de afeto,ampliando nossa família espiritual, enquanto aunicidade da existência os limita ou rompedefinitivamente após a morte. Não fosse a abençoadaporta da reencarnação e não teríamos a chance de amar os nossos inimigos, conforme recomendou Jesus.

Dessaforma, repensemos a nossa postura com relação àfamília. Olhemos para os parentes difíceis e percebemosneles a bendita oportunidade de estabelecer a simpatiapara, logo mais, amá-los efetivamente, conforme arecomendação do Cristo. Assim, estamos sempre nolugar certo e com as pessoas certas para o nossoconvívio e aprendizado. E ante a Lei de Causa e Efeito somos responsáveispelas ligações que edificamos. E a Lei de Amor nosensina a necessidade de aprendermos a amar e nesseprocesso, no estágio que estamos, pressupõe aprender acompreender, a entender, a aceitar, a auxiliar, a buscartransformar sentimentos negativos em sentimentospositivos. Sendo, pois, necessário que façamos a nossa parte,nos modifiquemos, ajudemos aqueles que se encontramà nossa volta, eis que somos devedores mútuos porséculos e séculos, busquemos vivenciar o Amor, mascompreendendo, ao mesmo tempo, que não podemosimpor ao outro que ele faça a parte dele, uma vez quecada um é responsável por si e por suas escolhas etambém devemos aprender a respeitar essas escolhas,ainda que com elas não concordemos.A convivência familiar implica, pois, em umconjunto de diferenças, posto que não só com asimperfeições dos e a doutrina espírita nos explica que nós e nossos parentes somos afetos ou desafetos demuito tempo, ou seja, construímos uma história juntos,seja ela positiva, seja ela negativa. 

Outros e daquelesque consideramos um familiar difícil que convivemos,convivemos também com nossas imperfeições iguais oumaiores que a do outro – que chamamos familiar difícil.E essa troca nos possibilita o crescimento, oaperfeiçoamento moral, o aprender a vivência do amorincondicional exemplificada por Jesus.

Dama da NoiteWhere stories live. Discover now