HERDEIRO HONORIANO

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HERDEIRO HONORIANO

         Era cedo, o Sol frio de inverno mal havia se erguido no horizonte; rei Slaesh já estava em sua sala do trono conversando com dois de seus três principais conselheiros que também estavam ávidos por notícias, ele andava de um lado para o outro na espectativa da chegada dos prisioneiros da batalha de Devos e dos dois misteriosos nobres que disseram querer falar com ele.

        Quem serão estes dois? Serão mesmo valiosos aliados contra Kitrina? Eles tem que me ajudar a resgatar minha filha.

        — Majestade, mensageiro de Devos — diz um dos dois guardas às portas de entrada do salão do trono.

        — Mande entrar, homem — ordena o rei subindo os compridos degraus até seu trono. 

        — Vida longa, Grande rei de todo Sul — cumprimenta o mensageiro real ao entrar na presença de seu soberano.

        — Tem boas novas de Devos?

        — Lamento, majestade, mas creio que não. General Handrel não retornou ainda, e, segundo os oficiais que prepararam a embarcação em que ele está, e a que foi tomada pelos inimigos, não havia mantimento suficiente a bordo para completar a jornada. Havia pouca comida, e água sequer daria para chegar ao meio do trajeto.

        — Eu lido com tamanhos incompetentes? — bradou o rei em desespero. — Será possível que não enviaram outra embarcação para dar suporte? — alardeou com grande fúria.

        — Certamente sim, majestade. Não terem feito isto seria extrema incompetência.

        — Você não tem esta informação?

        — Lamento majestade, me retirei na manhã seguinte a batalha. Parti antes que outra embarcação fosse preparada e zarpasse.

        — Então haviam iniciado a preparação de um navio? É o mínimo que se esperaria.

        Infernos! Praguejou mentalmente. — Sim, meu rei. — respondeu. Espero.

        — E quanto aos capturados da guerra?

        — Já estão todos às portas, meu rei.

        — Pode se retirar. E mande entrar primeiramente os dois que se dizem nossos aliados.

        — Sim, majestade — diz retirando-se de costas até se afastar. Deuses, ajudem que os senhores de Devos pensem e enviem um navio de suporte ao General.

        Assim que o mensageiro sai entra um homem grisalho com porte de guerreiro e um garoto com uns treze anos de idade, olhar perspicaz, altivo e ao mesmo tempo inseguro. Eles são levados até os pés do trono e os guardas sugerem a intenção de fazê-los ficar de joelhos. Slaesh impede com um gesto e os manda sair da mesma forma. Em seguida saca sua adaga de ouro, vai até às costas do garoto e corta suas amarras, em seguida faz o mesmo com o guerreiro já envelhecido, mas ainda com ombros largos e rígidos.

        — Um rei e seu mestre de guerra não devem prostrar-se perante outro rei — diz Slaesh. — É você mesmo Sor Ayvak Svard? — indaga com cortesia e esperança no olhar.

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