BATALHA FINAL II

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BATALHA FINAL II

        — Mestre Ayvak, o exército ao norte da cidade foi derrotado. Os que resistiram foram exterminados. O restante recuou para o interior da cidade pelo portão norte, liderados por lorde Dámen Garth, do Forte do Berrante e por Rikaro Melkar.

Sor Ayvak ouvia com tristeza e já podia enxergar os próximos problemas, e ao mesmo tempo pensava em seu Rei, na frente de batalha em que Kitrina também se encontrava. Estava lutando ao lado de grandes homens e do fabuloso Stok, mas, ainda assim, Kitrina era um perigo sem medida. 

— Como vai a linha de frente principal, Siggard? — indagou ele ao homem designado a cuidar das informações.

— É a que está resistindo melhor — respondeu o intendente. — Seus estratagemas frustraram todas as investidas de Kitrina e Kalkaras. Mas agora capturaram e estão preparando trabucos e catapultas contra a cidade e contra a frente principal.

Sor Ayvak havia formado bem as defesas, distribuíra homens em várias partes estratégicas, e armas de longo alcance como catapultas, balistas e trabucos, além de ter orientado a construção de trincheiras escondidas por pranchas formadas por estacas unidas lado a lado. Ele havia também preparado outras surpresas bem escondidas, que deixaram as forças inimigas sem ação contra o principal exército.

Após a primeira investida de reconhecimento, Kitrina enviou uma força muito superior e destruidora, mas foram pegos de surpresa pelos fossos e derrotados. Quando se reorganizaram novamente, Kitrina enviou outro ataque, mais forte e maior, contudo, após passarem pelos fossos, tiveram de lidar com outra surpresa cruel: as pranchas formadas pelas estacas foram montadas de tal forma que, quando os cavalos saltaram sobre os fossos, os defensores puxaram cordas, diferentes das primeiras, que ergueram estacas com pontas endurecidas pelo fogo, formando uma paliçada repentinamente. Muitos cavalos e homens foram perfurados, e os que não, se acumularam entre os estrepes e os fossos, ficando novamente acuados, sendo crivados por flechas e sendo mais uma vez derrotados e frustrados.

Após isso Kitrina e Kalkaras pareceram distribuir suas forças para outras frentes, embora enviasse ataques suicidas intermitentemente.

— Envie uma mensagem a Harley. Diga para vir aqui, apenas ele. Deixe Stok com o Rei — determinou Ayvak.

— Farei a mensagem chegar até ele — respondeu Siggard.

Durante boa parte do dia os homens de Kitrina haviam trabalhado na montagem de trabucos, agora projéteis em chamas voavam pelo céu de encontro as paliçadas e contra o exército principal, deixando homens e as barreiras em chamas.

Não demoraria muito agora para investirem e derrotarem a principal resistência do rei Helden.

— Protejam-se! — gritou um soldado ao ver uma enorme bola de fogo caindo em sua direção.

— Protejam o Rei! — bradou Guldor.

A poucos metros deles o enorme barril lançado por um trabuco despencou e explodiu, deixando dezenas de homens correndo desesperados e em chamas. Os escudos dos guardas que protegiam o Rei também estavam em chamas, foram em seguida jogados ao chão e apagados. Próximo ao Rei Helden estavam também Harley e Stok. Tão logo houve a explosão, o mago prontamente cavalgou até o grupo em chamas e depressa usou sua magia de ventos gélidos extinguindo as chamas e salvando dezenas de guerreiros, embora tenham ficado gravemente feridos.

— Não dá mais para nos mantermos na defesa! — desesperou-se o Rei.

— Não temos forças para deixar nossa posição e atacá-los — afirmou lorde Titus, comandante de Lenöria. Sor Zad e lorde Slayton concordaram.

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