Capítulo 40 - O fim do passeio

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... você conseguir.★

— Então diga — diz ele.

— Por favor, pare!

— Não vou parar até que me diga.

— Eu só disse que queria que você me beijasse como fez no vestiário — revelei.

— Ah, por que não disse logo?

Sem ao menos me deixar pensar na situação, ele fez de novo. Beijou meu pescoço como havia feito no vestiário. Não tem como esquecer os beijos suaves dele. E aquele calor? Sim, ele voltou enquanto sua boca trabalhava em cima de minha tatuagem. O que fazer? Por quanto tempo ele ficaria ali? Ah, Dani, por favor fique pra sempre beijando meu pescoço deste jeito.

Passou-se menos de dois minutos e ele beijava meu pescoço agora com mais vontade, deixando, provavelmente, alguns tipos de hematomas e fazendo com que minha pele ficasse avermelhada. O que importa? O mais importante é sentir o Dani perto de mim, como está agora. Antes de se afastar de mim, ele deu um chupão o que me custou um gemido um pouco alto.

— Perdão — diz ele.

— Tudo bem — Minha voz saiu falhando.

— Se sente melhor agora?

Não respondi. Não tinha coragem. Por que eu fiz um pedido desse? Depois desta noite, estou até com medo de ficar sozinha com ele de novo. Tudo que me resta, é criar coragem, pelo menos, pra conseguir me despedir. Não consegui.

★Dica 196= Tenha coragem, pelo menos, pra se despedir.★

Peguei minha blusa do chão e a vesti. Quando saí e fechei a porta, fiquei encostada nela por um tempo pensando nos beijos e no momento mais quente entre eu e ele juntos. Até onde ele tem coragem de chegar comigo? Eu não consigo acreditar que esse garoto é virgem. Não dá pra crer nisso. Ele faz isso com todas as garotas ou foi sua primeira vez comigo? Afinal, o que será de nós a partir de agora?

Voltei ao meu quarto e encontrei, por sorte, as meninas todas dormindo como anjos. Me esforcei ao máximo para não fazer nenhum ruído. Retirei o volume do meu celular para garantir silêncio absoluto. Deitei devagar na cama e quase que instantâneamente, peguei no sono.

Acordei com as meninas gritando e perguntando umas as outras aonde estavam suas coisas. Por um momento, achei que elas não tinham notado a minha presença ou que eu estivesse acordada. Mas notaram.

— Bom dia, Alessandra — disse Kelly, enquanto arrumava sua mala.

— Bom... dia. — Estranhei nenhuma delas querer me bater ou assassinar.

— Bom dia, Alessandra — cumprimentou Betânia. — Viu minha escova de cabelo por ai?

— Não.

— OK, obrigada.

— Bom dia, Alessandra — disse Carol.

Carol? Ela falando comigo de forma normal? O que aconteceu aqui enquanto estive fora?

— Bom dia — respondi como se nada estivesse errado, mas tudo estava estranho demais.

O Que Uma Garota Deve FazerWhere stories live. Discover now