Capítulo 54 - Ok, isso não foi uma luta digna

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... lhe incomoda.★

Todos aplaudiram minha performance. Minha música. Meu show. A minha pessoa. Eu fiquei tão feliz que no palco mesmo abracei minhas melhores amigas. E as palmas foram mais fortes durante nosso abraço em conjunto. Antes de sair do palco dei uma rápida olhada pro Dani. Ele estava sério, mas não me olhava.

Fora do palco, fui recebida pela Carol querendo me matar.

— Você arruinou minha festa! — gritou.

— Não, querida, eu apenas melhorei — dei uns tapinhas em sua cabeça como se ela fosse uma cadela (e era mesmo) e saí ao encontro do Henrique.

Ele me recebeu com um abraço.

— Você foi estupenda.

— Agradecida, mesmo não sabendo o que significa essa palavra.

— Eu quis dizer que minha linda princesa — beijou minha mão —, foi maravilhosa.

— Ah, obrigada.

★Dica 266= Agradeça quando receber um elogio.★

— Princesa, a senhorita está perfeita neste vestido.

— Não precisa me fazer tantos elogios. — Eu estava tão nervosa que mal consegui olhar nos seus olhos.

★Dica 267= Não peça elogios, espere que a pessoa diga por vontade própria.★

— Você precisa saber o quanto é linda. — Aquele sorriso perfeito apareceu em seu rosto. — E agora precisa saber o quanto é talentosa.

— É que ouvir você falando desse jeito, me deixa envergonhada.

— Mas você não precisa se sentir assim. Podemos continuar nossa dança?

— Seria uma honra.

Antes de chegarmos na pista de dança, jornalistas me cercaram me separando do Henrique. Eles me encheram de perguntas e dessa vez tive prazer em responder todas elas:

— Você é mesmo a garota que saiu com o cantor famoso, Adriano Martinez?

— Sim, sou eu.

— O que te levou a humilhar a aniversariante?

— Meu ódio sobre ela.

— Já pensou em se tornar cantora?

— Não.

— Por que veio mais bonita que a aniversariante?

— Para provocá-la.

Enquanto eu respondia outras perguntas, Carol ficava morrendo de raiva pelas perguntas serem referentes de eu ser muitas vezes melhor que ela. Ela estava sentada em uma cadeira atrás de seu lindo bolo sem nenhum tipo de atenção. Todas as atenções estavam viradas pra mim. Algumas pessoas queriam tirar fotos, outras autógrafos, outros abraços... me pediram várias coisas e me fizeram muitas perguntas. Respondi todas com um sorriso no rosto em saber que eu era o centro das atenções.

Bebi alguns drinks enquanto respondia mais perguntas de jornalistas. Eu finalmente conseguia me embebedar com o maior prazer.

— Chega! — gritou Carol. O salão se silenciou mediante ao grito agudo e alto dela. — Você invadiu minha festa, jogou seus saltos em mim e por fim roubou toda a atenção voltada para mim na minha festa para si. Estou cansada! — ela cada vez mais se aproximava de mim com um isqueiro na mão.

— Tudo bem, normal que esteja com inveja de mim por ser melhor que você — eu nunca tive medo de desafiá-la. Aqui não era diferente.

★Dica 268= Não tenha medo de desafiar alguém.★

Ela acendeu o isqueiro. No que ela está pensando? Ela não vai fazer o que penso. Ela não vai chegar ao ponto disso. Não pode ser possível.

— Carolina, largue isso — Henrique? Você? Deveria ser o Dani e não você.

— Se você ou qualquer pessoa encostar um dedo sequer em mim, eu vou incendiar esse salão.

Todos que estavam ao seu redor deram alguns passos de distância.

— Carol, larga isso sua louca! — gritei.

— Me obrigue — ela me desafiou e você sabe, diário, que eu não recuso nenhum desafio. Mesmo que ela ponha fogo no salão, seu desafio a mim era mais importante.

★Dica 269= Coloque o desafio em primeiro lugar em qualquer ocasião.★

Olhei pra ela com ódio. Eu estava me preparando pra dar um belo soco em seu olho.

Corri em sua direção e já comecei de forma errada. Ela me chutou na barriga e isso me fez vomitar todos os tipos de drinks que eu havia ingerido naquela noite. Ficou uma mancha estranha de várias cores no chão. Me dê um desconto, diário, ela estava de salto. Já no chão com as mãos na barriga, sentindo dor pelo chute, algumas lágrimas caíram. Meu pobre vestido azul esverdeado estava com alguns respingos, mas eu não prestei muita atenção nisso.

O povo ficou assustado comigo. Com o meu jeito. Com a nossa briga. Ninguém teve coragem de nos impedir e eu sabia que teria que continuar até o fim.

— Me chute — minha voz era fraca, minhas palavras eram firmes e eu estava com um sorriso sarcástico no rosto.

Ela tentou, mas não percebeu que eu estava armando um plano em minha pequena cabeça. Peguei sua perna e a deixei esticada. Ela se desequilibrou e caiu em cima do meu precioso e nojento vômito. Todos se espantaram e riram ao mesmo tempo.

— Filha da puta! — gritou ainda sentada no chão com seu lindo vestido branco sujo de uma coisa que saiu de mim.

Ela jogou seu isqueiro aceso em uma das cortinas do salão que aos poucos ia sendo consumido pelas chamas. Todos saíram desesperados pela saída do salão. O fogo ia consumindo tudo muito rápido. Geovanna foi a primeira que eu vi saindo igual a uma doida pela saída. Enquanto eu saía correndo, alguém me pegou pelo braço. Dani.

★Dica 270= Se você está em um salão pegando fogo, fuja rápido antes que alguém te pegue pelo braço.★

O Que Uma Garota Deve FazerDove le storie prendono vita. Scoprilo ora