Capítulo 76 - O lugar branco misterioso e o "é agora que te mato!"

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... do perigo.★

Ele soltou meu braço.

— Tenha cuidado.

Assenti tão rápido com a cabeça que acho que ele nem percebeu. Me levanto e vou em direção a floresta. Havia alguns sons de animais, mas nada muito assustador. Caminhei, sentindo algumas folhas se quebrarem nos meus pés. No caminho, peguei algumas frutas e até comi. O céu não estava muito visível, mas ainda conseguia enxergar um pouco do caminho a frente. Depois de um tempo, ouço um barulho entre as folhas, mesmo assim, mantenho a calma. Eu sabia que não era nada de mais. Ouvi-o mais uma vez e desta vez levei um susto por ter sido tão de repente. Aconteceu mais uma vez e então decido correr. Correr para onde deixei o Dani.

★Dica 376 = Se começar a ouvir barulhos estranhos, corra.★

Eu não sabia se estava perto ou longe daquele lugar. Quando me dei conta, estava perdida. Larguei as frutas no chão e comecei a correr ainda mais, tentando procurar pelo Dani ou pelo menos por aquele lugar onde estávamos.

Procurei, procurei, procurei e nada. Começo a ouvir aquele barulho de folhas mais uma vez e continuo a correr. Eu acertava alguns galhos, o que acabou me deixando com feridas e arranhões, mas eu estava mesmo era preocupada com o Dani.

— Ale! — ouço alguém gritar, mas eu não sabia em qual direção estava vindo.

Viro em todas as direções e não consigo ver nada além de árvores.

— Dani! — grito, só que não sou correspondida.

Sinto algo no meu braço. Eram dedos, depois virou uma mão e então eu estava sendo puxada por alguém para algum lugar. Tentei me soltar, mas a mão era forte.

— Seja quem você for, me largue! — grito.

— Não posso, menina. Pare de ser tão boba. Agradeça por termos te achado.

— Acharam o Dani?

— O garoto? Ainda estamos procurando.

— Eu não saio dessa floresta sem ele — sai quase como grito.

— Dessa vez terá que sair.

Ele me puxa mais forte. Sinto dor no meu braço, mas mesmo assim tento resistir. Caio no chão, para evitar que ele me leve. Pra ele saber que levo a sério minhas palavras.

— Levante, pelo amor de Deus — disse ele com voz impaciente.

— Não vou. Achem o Dani primeiro!

Ele apertou tanto meu braço que por um momento eu achei que ele o arrancaria. Assim que ele afrouxa, consigo retirar meu braço e fujo. Quando olho para frente. Minha visão escurece e não vejo mais nada.

Acordo e estou numa sala onde praticamente só há coisas brancas. Me faz lembrar muito da enfermaria do meu colégio. Minha cabeça dói. Por um momento até achei que estivesse no colégio e que toda essa história de acampamento foi um sonho louco. Infelizmente tudo realmente aconteceu. Uma moça desconhecida entrou na sala.

— Olá. — Um sorriso apareceu no seu rosto. — Estou feliz que tenha finalmente acordado.

— Por quanto tempo eu dormi? — minha voz estava mais fraca do que eu imaginava.

— Três dias. Sei que é muito tempo, mas a pancada que levou na cabeça foi feia.

— Mas como eu...?

— Um galho grande e rígido de uma árvore. Agora por favor, aquiete-se menina. Tem de ficar quieta para melhorar.

— E...? E...? E... o Dani? Onde está ele?

O Que Uma Garota Deve FazerWo Geschichten leben. Entdecke jetzt