O Que Uma Garota Deve Fazer

Capítulo 90 - É por isso que eu te amo/odeio, Dani

... sua atenção.★

— Ah, oi — cumprimento-o com um sorriso meio envergonhado.

— Ei. — Ele tira o saxofone e começa a guardá-lo.

Assim que ele termina de guardar, digo:

— Você toca bem.

— Claro. Eu sou top no saxofone enquanto você é top na guitarra.

Aquilo me fez rir.

— Então, falando sério agora: gostaria de ficar comigo no resto da noite. Tipo, sei lá, dá uns amassos por ai talvez.

— Não quero arranjar problemas com a sua namorada...

— Terminamos. Juro que vai ficar tudo bem.

Mordo o lábio inferior, pensativa.

— Tá, pode ser. — Dou de ombros. — Só me prometa que vai me ensinar a tocar um pouco saxofone — brinco.

— Prometido — diz ele, levantando uma das mãos, com um sorriso. — E você, vai ter que me ensinar um pouco de guitarra.

Assinto com a cabeça em confirmação.

— Vou ali no bar e já volto. Quer que eu trague algo para você beber?

— Ok. Poderia trazer aquele drink que você bebeu quando a gente se encontrou?

Ele afirma com a cabeça e se vai, enquanto eu sento num sofá, perto do saxofone dele. O show do Dani já havia acabado e eu mal havia percebido. Começou a tocar "Warrior" da Ke$ha.

Enquanto eu esperava, o Dani veio até mim e aquilo me deixou até surpresa. Levanto de imediato. Legal, justo agora ele foi lembrar que eu existo.

— Finalmente te achei! — exclamou ele. — Você foi incrível.

— Claro, aposto que a parte mais interessante foi quando um holofote atingiu minha cara — respondi irônica.

Ele ri.

— Definitivamente não. — Ele me pega pela cintura, me puxando para si. — Quer ficar comigo?

— Por quanto tempo?

— O resto da noite.

Aquilo quase me fez ficar boquiaberta. Mas será que era mesmo isso?

— Eu e mais umas duzentas garotas com você, não é?

Ele achou graça.

— Errado. — Tocou a ponta do meu nariz. — Eu e você.

— Vai me dispensar depois, com certeza. — Cruzo os braços.

— Se eu dissesse que estou a fim de você, isso bastaria? — sussurrou ele ao meu ouvido.

Confesso ter ficado com as bochechas vermelhas. Uma pena que ele deve estar umas dez vezes mais bêbado que eu.

— Está afim pelas minhas roupas e corpo ou...

— ... Ou eu lembro que você se chama Alessandra, a garota da calcinha de coelhinho.

Dou um tapa na bochecha dele, mas mesmo assim ele ri.

— Estou falando sério, fica comigo pelo resto da noite. — Cada vez mais ele fazia com que ficássemos mais próximos. Ele queria me roubar um beijo, podia sentir isso.

— Dá pra deixar ela em paz, Dani? — Chegou o garoto ruivo, segurando duas bebidas.

O garoto deixou as duas bebidas numa mesinha em frente ao sofá.