... de novo.★
As horas passam rapidamente e estranhei pelo Dani não ter me mandado nenhuma mensagem perguntando do por quê ter me encontrado ontem, no meio da noite, nos dormitórios masculinos.
Assim que deu 23:30, visto uma blusa preta, com "Blow" escrito em letras vermelhas e laranjas, como se estivesse pegando fogo.
23:50, saio corredores afora. Eu era silenciosa como uma sombra, andando na ponta dos pés, olhando a cada curva que o corredor fazia, se tinha alguém por ali.
Assim que corro campus afora e abaixo atrás da estátua, esperando as lanternas passarem, dedos fortes apertam meu braço e de imediato olho para trás. Um vigia noturno.
— Me acompanhe, garota — disse ele com voz firme, me forçando a levantar.
Me levantei com uma expressão raivosa.
— Não vou sair daqui. Tenho coisas a fazer — digo com ignorância.
— Como o quê? Encontrar o namoradinho? Acha que é a única? — ele soou irônico. — Vamos logo, menina. Facilite o meu trabalho.
Tento puxar meu braço, mas não consigo. Ele o apertou mais forte.
— Me solta, seu imbecil! — gritei como uma louca.
Então olhei ao redor. Mais lanternas chegavam e quando olhei pra cima, janelas acendiam.
— Acho que quanto mais alto você falar, pior as coisas ficarão para o seu lado. Acho não. Tenho certeza.
Aquilo me deixou mais brava. Tão brava que chutei suas partes baixas. Ele soltou um grito, vindo de um gemido. Aproveitei a oportunidade de fraqueza e corri.
★Dica 486 = Sempre aproveite os momentos de fraquezas das pessoas.★
Enquanto eu adentrava o prédio masculino, vi reflexos de lanternas nos vidros. Acelerei o máximo que pude e tentei despistá-los nos corredores.
Em dos corredores vejo uma sombra. Aquilo me assusta tanto que acabo caindo com o susto.
— Levanta! — disse-me uma voz familiar, mas ainda estava recuperando da queda e não conseguia raciocinar.
A voz transformou-se em uma mão me ajudando a me levantar e a correr pelos corredores. Ele me leva a um dos quartos e tranca a porta rapidamente. Encontro uma cama vazia e me sento nela, respirando fundo. É então, depois de ter sentido a adrenalina baixar, que percebo em que quarto estou: o quarto do Dani.
Fazia muito, mas muito tempo mesmo que não vinha aqui. Tudo está da mesma maneira. O Dani se senta do meu lado e abraça meu ombro.
— É... Valeu por salvar minha vida — agradeço.
— Chutar a virilha do cara, sério?
Acabei rindo.
— Era a única solução.
Ele beija minha cabeça.
— É a garota mais idiota que eu já vi.
— Ih, Dani, está apaixonado, é? — pergunto com um sorriso, encarando ele em meio ao escuro. — Chega de ser meloso.
Ele empurra meu ombro.
— Melhor assim?
Dou uma pequena risada.
— Sim, muito melhor.
Ouço-o suspirar.
— Vai, pergunta logo — digo, também suspirando.
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O Que Uma Garota Deve Fazer
Teen FictionAviso! Esta história contém partes engraçadas, partes sérias, partes românticas, partes idiotas, partes... É, acho que vocês já entenderam. Mais uma coisinha: a cada final do capítulo, possivelmente você ficará perigosamente curioso. Alessandra, uma...