Amor ou Ilusão? {BTS/V}

~13

Marina

Assim que o sinal toca, saio do banheiro. An Lee está claramente mais ansiosa do que eu.

- Quer se acalma? Eu que vou sair e você que surta. - Ela me olha com um sorriso nervoso no rosto.

- Você não esta entendendo. Eu estou ansiosa para ver Jungkook. Será que ele vai estar por perto? Nós poderíamos conversar um pouco.

- Eles não gostam de fãs atiradas. Deixaram isso bem claro desde a nossa última conversa.

- Eu sei... mas eu não consigo. - Ela cruza os braços e continua andando comigo até que vemos os portões da escola abertos e uma grande multidão obstruindo a saída.

O sol está começando a se por. Olho em meu celular e vejo que são cinco e meia da tarde.

Alguns minutos se passam e eu e An Lee saímos na calçada. Olho de um lado para o outro na calçada e encontro Taehyung encostado no muro.

Lee aperta meu braço e diz baixinho um "boa sorte". Ela anda no sentido contrário da calçada, me deixando sozinha. Ando até Taehyung, que já havia percebido minha presença.

- Oi. - Diz ele, sem saber onde colocar as mãos, as enfiando no bolso da calça.

- Oi. Vamos? - Ele assente e começamos a andar lado a lado. - Conhece este lado da cidade?

- Mais ou menos. Sempre passo aqui com os meninos de carro, mas nunca andei realmente pela cidade. - Ela dá de ombros, observando os carros que passam.

- Sei de um caminho que tem um parque. - Indico a rua, e mais ao longe, o verde das árvores.

Sem dizer nada, ele apenas assente e continuamos andando em silêncio por mais alguns metros.

- Isso realmente está estranho. - Ele admite, respirando fundo e passando a mão pelos cabelos. - Vou fazer a primeira pergunta que vier em minha cabeça. - Ele fecha os olhos em concentração e finalmente diz. - Por que é tão linda?

Sorrio e sinto meu rosto esquentar. Desvio o olhar, mas um sorriso não deixa meus lábios.

- Okay. Pergunta errada. - Ele para para pensar, me obrigando a parar ao seu lado, mas não parece se esforçar nem um pouco para disfarçar o sorriso bobo em seu rosto. - Ouve algum tipo de música?

- Quando estou estudando gosto de ouvir música clássica. Me ajuda a relaxar, mas no meu dia a dia escuto pop e algumas música que minha amiga me obriga a escutar. - Enquanto me ouve, ele continua andando, e vou ao seu lado.

- Já escutou alguma música nossa? - Pergunta, se referindo ao BTS.

- Já sim. Achei todas muito boas. Qual de você compõe as letras?

- A maioria das músicas são Yoongi e Namjoon, mas sempre tento ajudar. - Ele pensa um pouco. - O que acha de nossas coreografias?

- Muito difíceis. Lembro do dia que An Lee me convenceu a tentar aprender a dançar FIRE... só que nós paramos no inicio por que ela estava com medo dos insetos de meu quintal. - Ele ri. Sua risada é algo bom de ouvir. - Depois desta música, tentamos Beapsae.

- Beapsae com certeza é a música mais fácil que eu já dancei. - Ele reproduz o refrão da música, dançando de acordo com sua própria voz.

- An Lee é simplesmente apaixonada por todos vocês. Acompanha cada vídeo novo e principalmente alguns "memes" estrangeiros. - Ele ergue uma sobrancelha.

Pego meu celular e abro na galeria, tento encontrar as imagens que ela me passou o mais rápido possível, pois não quero que Taehyung veja minhas fotos. Quando estou entediada, simplesmente pego o celular e começo a tirar várias fotos com efeitos.

Assim que encontro, entrego meu celular para V.

- Ela me mandou a tradução do que está escrito. - Mostro a imagem que tem uma legenda.

- Quem faz essas montagens? - Diz, segurando o riso ao ver tantas fotos engraçadas suas e dos membros.

- As ARMYs de todo o mundo, mas as do Brasil são mais criativas em minha opinião.

- Posso ver isso. - Ele sorri, passando as fotos e rindo cada vez mais.

Mas então, ele para de sorrir e fica apenas encarando a tela do celular. Ele morde seu lábio e me devolve o celular na foto em que parou.

Sinto meu rosto corar quando percebo qual foto é. Estou deitada na cama, com meu pijama de bolinhas. Meu cabelo estava incrível neste dia. Com algumas ondas e com volume. Eu tirei várias fotos, aproveitando a luz da janela que realçava o azul de meus olhos. Na foto, mordia meu lábio, seguindo o conselho de An Lee, que me disse um dia que fazemos isso para trazer mais cor para a boca.

- Eu gostei mais dessa. - Ele indica o aparelho em minhas mãos.

Eu não sei como reagir. Não sei se apenas sorrio, se desvio o olhar ou apenas agradeço. Fico encarando seu rosto. Ele olha para mim de forma como me olham, mas como apenas ele consegue me fazer sentir.

Ele engole em seco. Observo enquanto sua garganta se meche. A curva de seu maxilar chama minha atenção.

Ele se aproxima mais de mim, colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

Sua mão deslisa para a minha cintura, enquanto a outra segura delicadamente meu rosto, acariciando minha bochecha. Ao olhar em seu olhos, encontro o reflexo de meu próprio rosto, com aquele fogo queimando em seu interior.

Nossas respirações se misturam. Meu corpo está colado ao seu. Levo meus braços para o seu pescoço. O cabelo de sua nuca rela em minha mão. É macio. Enterro meus dedos por entre seus fios, sentindo ele soltar sua respiração.

E o sinto me trazer para mais perto de si.

Seu nariz roça em minha bochecha, enviando arrepios pelo meu corpo. A intensidade de seu olhar me faz fechar os olhos. Ficamos assim pelo que parece ser séculos, até que ele aproxima mais o seu rosto, deixando que nossos lábios se toquem.

É apenas um leve toque, mas por meio deste, consegui sentir em meu interior tudo o que ele queria me falar, e acho que ele também, pois me apertou mais em seus braços. Minha pernas simplesmente se tornaram gelatina. Só não estava no chão pois ele me segurava.

Me segurava num abraço do qual eu não queria mais me soltar. Não queria mais sair.

Seus lábios macios e quentes colados aos meus são uma coisa que eu temo que seja um sonho.

Quando nossas bocas se separam, abro os olhos. No fundo dos seus, vejo o fogo queimar com mais urgência, como se eu tivesse sido uma dose de oxigênio numa sala fechada.

Quando ele me solta, sinto falta do calor de seu corpo contra o meu. Meu coração está disparado e eu respiro com dificuldade.

- Ainda quer dar aquela volta no parque? - Ele pergunta. Sua voz parece diferente. Está mais intensa em meus ouvidos.

Ele dá um pequeno sorriso. Balanço a cabeça, confirmando, e ele aumenta o sorriso. O sorriso quadrado pelo qual agora eu tenho certeza de que estou apaixonada.

Bom gente, o capítulo vai ficando por aqui. Espero que tenham gostado. Votem, comentem e deem uma olhada no perfil da Anagcdana.

Bjos!