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Marina

Depois de entregar a jaqueta de Taehyung para o mesmo, caminho até a porta de minha casa. Seu perfume inebriante agora está impregnado em minha roupa. É um cheiro muito bom.

Aproximo meu nariz de meu vestido, inspirando fundo, mas então eu espirro.

Droga de alergia.

Entro e está tudo escuro.

Subo as escadas lentamente ouvindo o barulho do chuveiro do quarto de meu pai ligado. Entro em meu quarto e tranco a porta.

Tiro meu vestido e o deixo em cima da cadeira de minha escrivaninha. Tiro os brincos, anéis e sigo para o banheiro, onde tiro minha maquiagem e tomo um banho quente, que me faz lembrar do calor do corpo de Tae contra o meu.

Saio do banho e coloco meu pijama. Ao me deitar na cama, tudo o que aconteceu esta tarde volta à minha cabeça. Como se eu acordasse de um estado de torpor, dou um gritinho e rolo na cama. Saltitando, vou até a porta e a abro.

Desço para a cozinha e meu pai deixou meu prato de janta dentro do micro-ondas. Enquanto minha comida esquenta, volto para meu quarto e pego meu celular. Coloco uma música - isso mesmo, baepsae - e começo a comer. Estou terminando de comer quando meu pai deve ter escutado o barulho e desceu para ver o que estava acontecendo. Ao me ver com um sorriso no rosto, ele pergunta cruzando os braços.

- Por que chegou tão tarde? - Modo super protetor está ligado. - Tem algum garoto envolvido nisso?

- Não... - Aperto meus lábios e franzo as sobrancelhas, tentando disfarçar ao máximo o sorriso que não sai de meu rosto.

- Você não sabe mentir. - Ela suaviza um pouco sua expressão e se senta na mesa. - Quem é e por que eu só estou sabendo agora?

- O nome dele é Kim Taehyung. Ele está na mesma turma da aula de inglês que eu. Ele é... pode parecer estranho, mas ele é um dos membros do BTS. Lembra quando eu te disse que tinha um grupo de K-pop estudando lá na escola? - Ele confirma com a cabeça. - Esta música que está tocando no meu celular é deles.

Meu pai fica em silêncio ouvindo exatamente a parte que Taehyung canta.

- Interessante a letra. - Diz, pensativo.

- Enfim, a gente ficava se encarando e aí ele veio falar comigo e marcamos um passeio e...

- Onde vocês foram? - Meu pai me interrompe.

- Na praça que tem perto da escola. Ficamos conversando e aí ele me trouxe para casa.

- Ele dirigi?

- Não sei, acho que sim, mas nós fomos à pé. - Me sento na mesa.

- Quando mesmo que esse passeio foi marcado?

- Hoje na escola, um pouco antes da hora da saída. - Eu acho que se eu disser que ele me beijou meu pai vai querer conhecer ele.

Neste exato momento.

Ele pode querer que eu ligue para Tae e o chame aqui para casa. Só que já são quase onze da noite.

Desde o dia em que eu cheguei chorando em casa por causa de Bon-hwa, meu pai se tornou super mega preocupado comigo, principalmente em questão de com quem eu me envolvia. Apesar de quase não parar em casa por causa do trabalho ele compensa tudo durante as poucas horas que nos encontramos, pedindo praticamente um relatório do meu dia.

- Marina, minha filha. Eu sei que você não é mais aquela menininha que precisava de mim a todo momento. Sei que o fato de eu estar em trabalhando em dois empregos você se tornou independente num nível que já pode começar a morar sozinha. - Ele passa a mão pelos seus cabelos grisalhos e respira fundo. - Com quase dezoito anos eu sei que você deseja mais liberdade, mas eu acho que eu sempre vou te tratar como aquela garotinha frágil e delicada, que não alcançava a torneira da pia e pedia para que eu colocasse um banquinho.

Amor ou Ilusão? {BTS/V}Where stories live. Discover now