Prologue

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Pov. Isabella Cavanaugh

Abro meus olhos lentamente, não preciso que me chamem ou que um despertador seja ativado para que possa me levantar todas manhãs, esfrego meus olhos e logo em seguida ergo meus braços em uma forma para me despertar completamente, escuto passos no corredor, minha vontade é de fingir que ainda durmo, mas todos nessa casa sabem que acordo cedo desde criança, antes era porque não diferenciava a noite do dia e agora porque meu corpo se acostumou a tal rotina, minha porta é aberta com suavidade, o que é estranho minha mãe sempre entra aqui como se tivesse aberto as porteiras do curral

-Como dormiu minha vida? - Me sento no mesmo momento ao ouvir a voz de meu pai, coçando meus olhos, sinto a cama se mexer conforme ele se senta perto de mim, sinto quando suas mãos grandes entrelaças minhas finas mãos e a aperta levemente.

-Dormi muito bem papito-Escuto sua risada, mesmo com dezessete anos ainda o chamo assim, é uma coisa nossa- Porque não foi mamãe que veio me acordar como todas as manhãs pai? -Pergunto, apesar de ter a resposta ainda prefiro ouvir da boca de meu pai.

- Ela está com enxaqueca Bella, você sabe que toda época esse ano ela piora- Sua voz sai com um pesar, e não posso deixar de me sentir culpada mais uma vez, sei que ele não faz isso para que me sinta assim, ele como mamãe sofre, ele só não me usa como saco de pancadas como a mamãe mesmo eu não sabendo o porquê -Agora levante-se meu amor, tome seu banho e desça para tomarmos um café juntos antes de você ir para seu colégio e eu ir para a empresa, hoje vai ser um grande dia, tenho exatas seis reuniões

Sorrio ao ouvir sua voz sair com preguiça, sinto seu lábio encostar em minha testa, automaticamente fecho meus olhos para receber seu carinho

-Amo você pai- Falo e escuto seu te amo bem baixinho próximo ao meu ouvido em forma de segredo para que se registre em meu coração e em minha alma, como ele sempre diz, ao escutar a porta ser fechada levanto com cuidado, sinto meus pés tocando em algo macio, me abaixo tateando o chão e sinto meu urso, com certeza minha abelhinha, não largo essa coisa por nada, tecnicamente desde bebê que a tenho, ao sentir o ferrão tenho certeza que sim é a Berry, me viro e quando sinto a macies do meu colchão a coloco ali, ando devagar até meu banheiro, e quando sinto minhas mãos tocarem o box retiro a camisola presente em meu corpo e adentro o espaço do chuveiro, girando meu corpo para esquerda e logo posso sentir o metal do registro do meu chuveiro, o típico barulho do chuveiro quando está ligado atinge meu subconsciente, entro e posso sentir a água quente, sorrio, sempre fui o tipo de pessoa que pode estar o maior calor que meu banho quente é lei, não tenho coragem de tomar um banho frio, acho que morreria com tal sensação, deve ser horrível, pego meu roupão que sempre fica perto do boxer em um gancho e me visto com ele, andando até onde Maria, minha babá e agora governanta deixa meu uniforme, tateio o móvel pegando o tecido, volto até minha cama deixando lá e vou até minha gaveta de peças intimas, pego a primeira que minha mão alcança, desenrolo o sutiã da calcinha e os vistos rapidamente, logo colocando minha saia e a blusa do Beldani, meu uniforme escolar.

Mesmo sendo independente o que seria de mim sem Maria, ela sempre deixa as coisas em ordem para ter facilidade na hora de produzir-me, calço minha sandália baixa e sem tiras a serem amarrada, pego a escova em minha penteadeira aliso meus cabelos, vou até a porta e sinto minha mochila pendurada ali, a coloco nas costas e andando devagar pelo corredor, ao longe posso ouvir a voz de meu pai impaciente, algo deve estar acontecendo, a cada passo meu o som das vozes aumentam, mal adentro a sala de jantar e a voz de minha mãe se faz presente.

- Com licença perdi o apetite-Suspiro derrotada, e não ouso dizer nada, não se deve cutucar onça vara curta

- Venha Bella, vamos tomar café- Meu pai me chama, vou até o meu local na mesa

-Menina, o café está como todas manhãs, quer algo de diferente? - Ao ouvir a voz de Maria viro-me em sua direção e sorrio agradecida

-Não, somente isso Maria, muito obrigada.

Estico minha mão pegando a colher que está a minha direita, mais a frente meu prato com meu cereal, apesar de mamãe sempre exigir uma mesa farta todas as manhãs eu prefiro apenas um cereal e alguma fruta

- Escuta isso Bella-Meu pai fala depois de alguns minutos- Saiu uma matéria no NBC News, ouve só Bella- Meu pai pigarreia e sua voz autoritária preenche o local

- Jorge Cavanaugh, 45 anos acaba de assinar contrato bilionário com a empresa multinacional Empire, sabemos que o Cavanaugh estima uma fortuna de duzentos e vinte bilhões de dólares com o contrato que ele acaba de assinar pessoas de seu círculo social brincam que ele faz Bil Gates parecer um mendigo, será que rola um casamento com os herdeiros da empresa Microsoft e Cavanaugh Diamonds, risos, brincadeira a parte, desejamos sucesso a família Cavanaugh.

Meu pai termina de lê a matéria e eu acabo que rio com ele, meu pai fabrica diamantes exclusivos, peças raras, meu pai herdou de seu tataravô minas valiosíssimas com diamantes raros o que nos torna conhecidos no mundo todo.

-Eles sempre querem casar você Isabella-Meu pai fala achando graça, sempre me apontam como possível affair de algum herdeiro, casamento por conveniência como dizem.

-Sabe que isso não vai acontecer papai, bom dia

Me levanto e logo sinto sua mão prender meu pulso

-Desculpa minha vida, eu não queria machucar você-Sua voz sai apressada e alta

-Não me machucou papai, eu só tenho que ir para o colégio, Alfredo deve estar me esperando, não se preocupe, e pode me compra um livro novo, terminei aquele que me deu antes de ontem

-Claro meu amor, qual você quer?

-Me surpreenda- Digo apenas isso e saio de casa, logo sinto as mãos de Alfredo me ajudando entrar no carro, ele sempre que me acompanha a qualquer lugar que vou.

-Direto para escola senhorita Cavanaugh-Ele pergunta e apenas assinto

(...)

Seguro meu Bastão de Hoover firme em minhas mãos ao sair do carro, não quero ter que abri-lo por enquanto, arregalo meus olhos ao sentir meu corpo ser agarrado por alguém, mas relaxo as sentir o perfume marcante de Beatriz.

-Como foram as férias Isabella, muito luxo? -Rio ao ouvir sua fala, Beatriz faz o gênero garota fútil, porém quando a conhecemos, vemos que é doce verdadeira, alegre e espontânea

Ela engata uma conversa me contando de seu cruzeiro pelo mundo, os caras que conheceu, os fora que deu.

-Eu basicamente li-Escuto seu grito inconformada, para logo depois me segurar com força, odeio quando ela faz isso, me assusta- Não faça isso Bia, sabe que me assusto, eu não estou esperando.

-Desculpe, é porque esqueci, este ano temos um novo aluno Beldani, depois de tantos anos, não acredito, me parece que é bolsista, ele se chama Justin Bieber e estou louca para conhece-lo, apesar de pobre seu nome soa forte

Coço meu braço, tudo bem que todos que estudam aqui, cagam dinheiro, uma expressão vulgar, mas que se encaixa perfeitamente na nossa situação financeira, porém esse tal de Justin Bieber não é uma atração para ser observado, só por que não carrega uma conta bancária com mais de quatro dígitos.

Violetta ✓Where stories live. Discover now