We will always be fine!

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Point of View — Isabella

Porque ela sempre tem que destruir minha felicidade? Porque minha mãe faz isso comigo? Eu me sinto completamente envergonhada de encontrar com Justin agora, sua mãe me recebeu tão bem, me tratou com tanto amor e aqui ele passa por isso, ele recebe apenas sarcasmo e humilhação.

Passo meus dedos por debaixo dos meus olhos secando as lágrimas que insiste em cair, choro por raiva, por vergonha, mas não por tristeza

Sei que eu não tenho futuro algum, não posso fazer planos como qualquer adolescente, porém nunca tive autopiedade de mim mesma. Eu só não entendo o porque de toda essa raiva da minha mãe por mim, às vezes me pergunto se é por eu ser cega, será que ela não entende que eu não tenho culpa? Que Deus quis assim e jamais ninguém poderá mudar sua escolha.

— Você precisa ficar calma, seu namorado vai entender menina.

Maria tenta consolar-me e eu agradeço por isso, mas nada neste momento irá me consolar, desde o confronto que tive com minha mãe há um tempo atrás ela se trancou no quarto e não procurei saber o porque de todo seu ódio, fui medrosa e agora pago caro por meu medo.

Um soluço saiu de meus lábios, tento parar de chorar entretanto eu não consigo, hoje foi a cereja do meu bolo o meu estopim e ponho através de minhas lágrimas toda dor e frustração que eu sinto há anos.

— Justin ainda está aqui em casa? — Pergunto pois sei bem que Maria ainda está parada aqui no quarto, sei que é seu modo de dizer que sempre estará aqui para mim, e por mim.

— Não, ele se foi, seu pai conversou com ele por alguns minutos, ele te deixou um beijo.

Com a vergonha que passei esqueci completamente que meu pai conversou com Justin, o que ele queria? Não preciso me preocupar com isso, certo? Sei que papai jamais faria algo que me magoaria.

Não respondo nada, apenas contos seis passos e chego até minha janela, o escuro é meu aliado porém sinto o vento bater contra meu rosto, fecho meus olhos.

— Porque ela me odeia, nana? — A chamo pelo apelido que coloquei quando ainda era uma menina, seus passos se aproximam e em poucos instantes posso sentir sua mão em meu ombro.

— Isabella, sua mãe não odeia você, ela te ama da forma dela, sua mãe não teve um passado fácil meu amor.

Sem querer ser rebelde torço meus lábios em um bico, ela não pode me amar, uma mãe que faz o que Sandra fez comigo não merece o título de mãe.

Queria ser impertinente, mal criada e responder com palavras cruéis, mas sei que minha babá, ou melhor dizendo, minha mãe do coração não tem culpa da minha raiva acumulada.

A porta no corredor bate com força, que dá a sensação que as paredes da casa tremem com a força imposta.

— Dessa vez você passou de todos os limites, Sandra. — Encolho-me com a voz exaltada de meu pai, jamais o escutei tão bravo a ponto de exaltar sua voz.

Saio do meu quarto e cada passo dado por mim eu posso ouvir claramente a discussão dos dois.

— Eu passei dos limites, Jorge? Ela que não tem o direito de ser feliz, não depois de tudo que me fez passar.

Levo minha mão até minha boca, me sinto perdida, coloco minha mão na porta e tento encontrar a maçaneta quando a acho movimento a mesma para que a porta se abra. Mesmo de longe posso sentir respirações aceleradas de meus pais.

— Olha ela aí, por culpa dela que eu sou assim Jorge, por culpa dessa garota.

A frase da minha mãe me corta como faca afiada.

Violetta ✓Where stories live. Discover now