My girlfriend

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Point Of View — Justin Bieber

Estaciono em frente a casa de Isabella, ela se ajeita no banco carona e olha o meu nariz, um sorriso pequeno se faz presente em seus lábios. Eu quero poder tanto beijá-la, mas não quero assustá-la. Tenho plena consciência que Isabella nunca teve contato com o universo masculino e não quero dar um passo maior que ela possa dar.

— Justin? — Acordo do meu devaneio e seguro sua mão, faço carinhos com meu dedão no dorso de sua finas mãos. — Você gosta mesmo de mim? Quero dizer, você quer mesmo namorar uma cega? — Vejo ela abaixar a cabeça para logo em seguida engolir a seco. — Nunca considerei minha deficiência como um problema, porém não posso agir como se ela não existisse, e tenho que te mostrar todas minhas dificuldades.

Ela fala por fim, nunca pensei nessa deficiência como um empecilho, eu apenas a amo e sei que posso enfrentar qualquer coisa.

Suspiro longamente e calmamente, umedeço meus lábios.

— Violetta, eu não me importo se você pode me ver ou não, eu não importo você sendo herdeira do senhor Cavanaugh, um dos homens mais ricos do mundo. Eu a amo pelo o que é.

Me aproximo dela e lhe dou um beijo casto, apenas um encostar de lábios. Me sinto um bobo agindo assim, porém irei conforme seu tempo.

Olho em seu rosto e ela tem seus olhos fechados e uma expressão de paz. A mesma paz e tranquilidade que sinto toda vez apenas por estar em sua companhia.

Ofego quando seus olhos se abrem e a luz da lua que bate no pára-brisa do carro e reflete em seus olhos, os deixando brilhantes como dois diamantes raros.

Olho para o banco de trás e vejo o buquê, quase que esqueço de lhe entregar, estico meu braço e pego.

— Trouxe para você, são rosas brancas.

Coloco em suas pequenas mãos e ela leva o buquê até seu nariz aspirando levemente a fragrância leve.

— Estava me perguntando quando iria me entregar, desde que entrei aqui pude sentir o aroma floral.

Ela sorrir sapeca e leva um pouco dos seus cabelos castanhos para atrás da orelha, como surpreendê-la? Ou melhor, algum dia eu conseguirei?

— Vem, eu vou te deixar em casa.

Seguro a sua mão e a guio até a porta de sua casa, no caminho ela pediu para que a mesma conversasse com o pai antes de mim, concordo pois farei o mesmo em casa com minha mãe.

Me aproximo dela e lhe dou um beijo na testa.

— Boa noite Violetta.

— Boa noite Justin.

A vejo entrar em casa e viro as costas saindo dali, vou até o carro da minha mãe e dou partida indo para casa, ainda não acredito que consegui expor meus sentimentos e eles foram retribuídos.

Vejo a casa com a fachada simples e entro na garagem guardando o carro, a casa está escura, olho no meu celular e vejo ser um pouco mais da meia noite, meus irmãos estão dormindo e provavelmente minha mãe também.

Entro pé por pé para não acordar ninguém, deixo a chave no aparador e vou a passos silenciosos pelo curto corredor.

— Justin — Paro subitamente em frente ao quarto da minha mãe, olho para dentro do mesmo, Jazzy dorme agarrada a sua boneca, vejo minha mãe se levantar e ela vem até mim, seus olhos me avaliam por inteiro e depois sorrir ternamente.

— Não importa quanto anos nossos filhos têm, nunca conseguimos dormir enquanto não vemos que eles chegaram em casa bem e em segurança.

Minha mãe fala e põe se a caminhar até a cozinha e eu a sigo, sei exatamente que ela quer conversar comigo, porém ela tenta disfarçar sua curiosidade. Puxo uma cadeira e sento-me à mesa enquanto a vejo preparar o café.

Violetta ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora