Graduation

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Point of view — Justin

Seis meses depois.

Olho a violeta dentro da caixinha transparente azul, é essa, será essa que colocarei no pulso de minha namorada. Tiro uma nota de vinte dólares do bolso e entrego a balconista, saio da floricultura do shopping, o movimento de pessoas é grande principalmente de adolescentes, hoje a maioria de nós concluímos mais uma etapa de nossas vidas, estamos saindo do colegial para entrar em uma vida universitária.

Hoje é minha formatura.

Meu celular vibra em meu bolso, levo minha mão até o bolso esquerdo e puxo o aparelho olhando no visor para saber de quem se trata, estranho ao ver que se trata de Beatriz não somos inimigos, mas também não somos amigos, digamos que nossa convivência existe unicamente e exclusivamente por causa de Isabella, deslizo meu dedo sobre a tela e clico no telefone verde para que a ligação se complete.

— Alô? — faço o primeiro cumprimento e escuto vozes ao fundo.

— Cunhado, já tem o que vestir? Pois sua princesa está ficando lindíssima.

Ela pergunta direta, paro para pensar e Lembro-me tenho um terno, só preciso olhar uma camisa e gravata novas que estarei devidamente vestido.

— Praticamente. — respondo sinceramente e escuto ela soltando um grito animado e logo palmas são batidas.

— Você está linda Isabella, acho que vou virar lésbica só para te pegar.

Escuto a risada de minha amada no fundo, tenho vontade de correr para sua casa e a sequestrar para mim. Entra semana, passa meses e meu amor por ela continua o mesmo, talvez ainda mais forte.

— Não adianta virar lésbica Beatriz, essa mulher já tem dono: eu. Porquê me ligou?

— Muito bem Bieber, passa no quarto andar, seu esmoquin está na Saint Lauren, só falar seu nome na recepção e não me venha com orgulho masculino, presente de formatura e além do mais eu fiz questão que seu traje lembrasse o da sua violetta.

Sendo assim ela desliga nem me dando tempo para discutir ou agradecer, a idéia não me agrada, mas se ela fez pensando em sua amiga, quem sou eu para estragar uma noite tão especial para minha violetta. Vou até o elevador, entro na caixa metálica com mais duas garotas e espero pacientemente para que eu possa chegar ao meu destino, seguro minha risada ao perceber as meninas ansiosas sobre o que pode acontecer no baile hoje a noite.

Mulheres.

Depois de minutos torturantes as portas se abrem para mim, a loja toda espelhada e com o letreiro em cinza me demonstra que é ali que tenho que entrar. Apenas esmoquin são vendidos ali, este lugar lembra aquelas lojas sofisticadas de novelas que minha mãe às vezes assiste.

— Boa tarde, eu vim pegar minha encomenda, Justin Bieber.

A atendente, uma negra belíssima com cachos definidos me lança um sorriso carismático, ela passa por mim indo até uma sala e com poucos minutos volta com uma capa negra.

— Pode fazer a última prova no provador a sua esquerda, se algo não está do seu agrado, temos uma costureira para lhe atender imediatamente.

Deixo meu capacete em cima do balcão juntamente com a sacola da floricultura, vou até o provador e quando desço o zíper da capa, mesmo não sendo fã de ternos ou roupas sociais não posso negar que é um belo corte a peça.

Visto cada peça pacientemente e ao abotoar o último botão, um pequeno assobio sai de meus lábios.  O terno se ajustou impecavelmente em meu corpo, parece que foi costurado sobre mim. Como Beatriz conseguiu minhas medidas? Nem preciso pensar muito, o dia que ela e Isabella estavam anotando as medidas delas queriam saber se eu estava gordinho, me enganaram muito bem. O tecido é de um preto escuro que até brilha, a blusa branca e uma gravata azul escura.

Violetta ✓Where stories live. Discover now