Unique Chance

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Point of view — Justin Bieber

— Então é isso, quero para a próxima aula um trabalho sobre toda estrutura óssea do corpo humano. — O professor de anatomia pede enquanto junta todo seu material sobre a mesa. Observo o desenho recém feito por mim em meu caderno, estico minhas pernas por debaixo da mesa, fecho meus olhos por alguns segundos e tento ao máximo não entregar-me ao cansaço.

Não tem sido fácil trabalhar o dia todo e depois vir pra faculdade à noite, e ainda vem trabalhos, estudo boa parte da noite para provas e maior entendimento, seminários e muitas coisas mas que vem com a vida universitária. Tenho sorte em Isabella estar sendo compreensiva nos últimos meses.

— Preciso falar com você, senhor Bieber, não saia da sala, por favor.

Abro meus olhos ao ouvir a fala do professor, eu ao menos tinha feito algum sinal que me levantaria dali quando a aula terminou para o tempo livre antes da próxima, minha intenção sempre foi permanecer na sala para que eu pudesse relaxar esses vinte minutos em silêncio.

Vozes no corredor do bloco C ficam cada vez mais altas ao que todos os cursos e salas se misturam do lado de fora, afim de poder conversarem, comer, respirar ou seja ter uma pausa dessa correria.

Nunca imaginei ou pensei  que faculdade fosse como nos filmes que assistimos, onde se tem festas todo final de semana e muito sexo, alunos estudando quando querem e como querem, tolo quem tem esse tipo de pensamento. Eu só não sabia que era tão exaustivo e cansativo essa jornada.

Na verdade estamos nas mãos de  ditadores que querem sugar até nossa última molécula de inteligência e nos colocarem no mercado como um aluno brilhante de Oxford.

O silêncio predomina o corredor, pego meu celular com o intuito de saber as horas: 20:26 PM.

— Pode se aproximar, Justin.

Levanto-me da minha cadeira e vou até o homem em média de seus quarenta e cinco anos, alto, cabelos curtos e bem penteados e com a expressão séria a maior parte do tempo.

— O que deseja, senhor Weasley?

— Temos muito o que conversar garoto, sente-se por favor.

Ao total são trinta e cinco minutos de conversa, saio da sala atônito, eu nunca esperei algo desse tipo. Eu deveria estar soltando fogos de artifício, devia estar virando mortal para frente durante minha caminhada fazendo planos para comprar foguete e mostrar ao mundo minha alegria. Mas não, tudo o que eu sinto é medo, o mais terrível dos medos.

Meu estômago chega a contrair dentro de minha barriga com todo esse nervosismo.

“Pense bem, Justin, é uma oportunidade única em sua vida”

O que eu faço, meu Deus?

Vou até o refeitório sem me importar que estou quinze minutos atrasado para aula de imunologia com a senhora Becker, eu preciso de um grande copo de café para me ajudar em meu estado de pânico total, vou até a máquina do expresso, coloco a nota de um dólar, selecionando que quero o copo duplo.

Pego meu café assim que é liberado e ando devagar pelo campus indo para o bloco B tomando pequenos goles do copo em minhas mãos, pois o líquido dentro do mesmo está quente, não me importo em chegar na aula atrasado e com café em mãos.

Bato duas vezes na porta e a mesma é aberta pela mulher de trinta e seis anos no máximo, cabelos e olhos pretos de estatura baixa.

— Pode entrar, Justin, eu estou ciente do seu atraso, se quiser conversar comigo depois da aula, sabe como me encontrar.

Violetta ✓Where stories live. Discover now