Flowers

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Point of view—Isabella

Sorrio com o que leio meus dedos tateiam rapidamente o livro que meu pai me trouxe como havia pedido antes de ir para o colégio, aquela expressão que muitos usam para dizer que os olhos brilham quando algo nos faz feliz tenho certeza que se aplica ao meu pois sinto os mesmos umedecidos.

—Pare de rir tão alto, Isabella, está parecendo uma suburbana posso ouvir você lá de meu quarto comporte-se como tal e além do mais estou com enxaqueca—Escuto a voz severa de minha mãe encolho-me em seguida sempre fico acuada em sua presença

—Desculpe mamãe não vai mais acontecer—Falo tão baixo que pergunto-me se ela ouviu mas ao ouvir seus saltos ecoarem pelo corredor sei que sim, suspiro fechando meu livro colocando ao meu lado em minha cama levo minha mão em meus cabelos notando o coque que havia feito assim que cheguei em casa, minhas mãos procuram pelo travesseiro quando o encontro o ajeito como gosto o ajeitando, deito-me logo em seguida. Estico minha mão encontrando meu criado-mudo ao encontrar o puxão de metal o puxo devagar enfio minha mão na gaveta e sinto meu pequeno mp4 ali o pego e aperto o botão principal colocando os fones em meu ouvido o som de Love  you goodbye do One Direction chega em meus ouvidos ecoando em minha mente sorrio ao ver a quão melancólica é a música, eu não estou terminando um relacionamento, eu não sinto falta de ninguém, então porque insisto em ouvir algo assim? Porque sou masoquista e adoro sofrer com músicas assim, sinto lentamente minhas vistas pesando, como uma criança meus olhos ardem e imploram que eu descanse. Fecho minhas pálpebras para ceder a vontade de meu corpo, porém os abro rapidamente quando sinto meu fone esquerdo ser puxado e logo em seguida um beijo estalado ser depositado em minha orelha, sorrio.

—O que senhor quer papai? — Sei que é ele pelo cheiro de sua colônia extremante marcante e forte, e por somente ele fazer isso.

—Eu vim te chamar para o jantar mas vejo que está de pijama, o que você tem? Só veste pijama cedo assim quando está chateada.

Sinto ele se sentar e logo em seguida afagar meus cabelos fazendo com que meu sono aumente, mas como sempre o faço de meu confidente o meu melhor amigo.

—Eu tratei mal a Beatriz agora estou triste por ter feito isso papai, eu só me irritei porque ela me sufoca as vezes, estou muito irritada desde ontem.

Falo realmente entristecida pelo fato de ter sido tão ríspida sendo que não é de meu feitio confrontar alguém.

—Beatriz te ama, Bella, ela vai te perdoar e logo ela gritará nessa casa o quanto ela te ama como sempre.

Sorrio logo em seguida ao ouvir sua frase. Beatriz sempre quando chega em minha casa é uma festa que só, minha mãe a odeia por ser tão... como posso dizer? Espontânea e não seguir etiquetas sociais.

— E você deve estar para ficar em seus dias meu amor, se não me engano semana que vem tenho que vê no calendário—Assinto entendendo onde meu pai quer chegar com isso, estou de TPM.

Ao contrário de muitas moças, que a mãe conversa com a filha sobre cólicas, menstruação e rapazes, foi meu pai fez isso e não me sinto envergonhada é origem de uma mulher, é a nossa natureza, algo natural, então porque ficar com bobeira de me sentir envergonhada se toda moça passa por isso uma vez no mês? E ele foi o primeiro a saber quando virei mocinha a quase oito meses atrás minha governanta perguntou se queria que chamasse minha mãe eu afirmei convicta que queria meu pai e apenas ele.

—Eu sei papai, o senhor tem razão, o senhor se importa se esta noite eu não jantar realmente estou cansada— Escuto seu suspiro ele não gosta de jantar sem mim a mesa ao seu lado esquerdo como sempre.

—Tudo bem, Bella, somente hoje, não gosto que dorme sem jantar e amanhã você tem exame portanto vai à escola somente a tarde.

Bufo, odeio a persistência dele em achar uma cura para minha doença sendo que os melhores médicos do mundo, até reuniões já tiveram para achar uma cura e ele sabe que não tenho cura nem um transplante de córnea resolveria minha cegueira de nascença.

Violetta ✓Where stories live. Discover now