Waterfall

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Point of view— Justin

Passo a mão sobre minha calça jeans tentando conter um pouco o nervosismo que sinto e também  tirar o excesso do suor que se formou ali, o silêncio se faz presente e juro que posso ouvir com clareza o tic tac do relógio que está em algum lugar dessa enorme casa.

Quando recebi a ligação de Isabella dizendo que poderia sair comigo a única regra que seu pai impôs fosse  que eu viesse até sua casa e conversasse com ele pedindo permissão para que nós pudéssemos passear. Confesso que cheguei tremer um pouco, eu sei que estou mexendo em vespeiro, ela é a única filha dele e tão preciosa quanto um diamante, o problema é que eu quero cada vez mais ficar próxima a ela.

—Então você quer levar minha filha para passear?— Olho para trás e vejo o senhor Cavanaugh vindo em minha direção com terno e gravata com um semblante que faria qualquer ser humano se sentir intimidado e pensar na possibilidade de fugir, quer saber eu sou esse humano.

—Sim senhor, vim até aqui pedir sua permissão— Falo firme, porém por dentro tremo feito um coelho assustado.

Ele cruza seus braços  em frente ao seu peito e me encara sem nenhuma expressão e de certa forma me incomoda pois não sei ao certo o que esperar.

—Eu não vou nem perguntar onde vai levar minha filha pois tenho certeza que não irei gostar, eu apenas te chamei até aqui para te dar um aviso meu rapaz.

Ele se senta à minha frente, depois de desabotoar seu terno.

—Isabella é minha princesa e não sua conquista, ela não é como todas garotas da idade dela e acredito que percebe isso— Engulo a seco ao ouvir sua frase, mesmo assim ele continua.

—Tome cuidado o que você vai fazer com ela, pois eu farei o mesmo com você só que dez vezes pior. Eu não falo de sexo, pois se fizer isso com ela, eu o mato.

Tenho certeza que onde meu pai estiver ele deve estar rolando de rir, pois ele sempre me falava que quando eu conversasse pela primeira vez com o pai de uma garota eu jamais esqueceria.

Mesmo eu não estando a fim de Isabella nesse sentido posso garantir que estou traumatizado.

—Eu não estou sendo ciumento, estou apenas sendo protetor—Ele fala depois de alguns segundos calado—Acredite eu com ciúmes sou o próprio demônio.

—Não se preocupe senhor Cavanaugh, Isabella e eu somos apenas amigos e jamais farei algo que a machuque.

—Assim eu espero garoto, de certa forma minha filha confia em você então tem meu voto de confiança.

Ele me encara e juro que posso ver um certo divertimento em seu olhos castanhos, não me atrevo em relaxar e se ele estiver me testando.

—Espero que não esteja traumatizando o Justin, Jorge Cavanaugh.

Ao ouvir a voz dela vejo o porque aceitei vir conversar com um homem com um metro e oitenta e três que poderia me quebrar facilmente se quisesse, ela que tem sido o motivo de todas minhas loucuras e atos impensados ultimamente.

Enfio a mão no meu bolso e sinto a textura do papel presente ali, a lista de coisas que quero fazer com ela.

—Claro que não minha vida, se divirtam.

O pai dela se torna um gato manso, sua voz sai doce e calma.

Filho da mãe, poucos segundos atrás eu me senti como se estivesse em frente ao poderoso chefão.

(...)

— Eu não acredito nisso, eu não vou andar nisso, Justin, você vai me matar.

Isabella quase grita enquanto segura minha blusa com força, ela tenta se firmar a todo custo no chão. Seus olhos se mexem para todos os lados e seu corpo treme levemente, estou a dez minutos tentando convencer a subir na moto para que eu possa levá-la ao nosso destino.

Violetta ✓Where stories live. Discover now