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Esse capítulo e os próximos serão dedicados a todas as larries dessa fanfic. Se preparem!!!  Boa leitura, e não deixem de votar e comentar!!

***

Harry não sabe quando tudo aconteceu, mas ele se sente bem.

Harry.

Eu não diria que gosto de atenção sob mim. Observado, gostar de ser observado. Isso, sim.

Desde pequeno, fui o centro das atenções em tudo. Eu apenas abria um sorriso para minhas milhares de tias na ceia de Natal e pronto, elas já estavam suspirando encantadas e jogando milhares de presentes para cima de mim. Na escola eu também era popular, daquele tipo que não precisa ter uma semana letiva para ter um nome. As garotas me adoravam e os meninos me amavam, o que era ótimo para um garoto de quatorze anos que havia acabado de descobrir sua sexualidade e, de quebra, sua possibilidade de engravidar.

No colégio, fiquei com mais garotos do que poderia imaginar. Era recíproco, eu os amava também. Amava seus corpos musculosos; seus perfumes diferentes, porém sempre com o mesmo aroma forte misturado com suor; seus beijos, suas mãos extraordinariamente ásperas masturbando meu pênis rapidamente em uma das cabines do banheiro nos intervalos ou suas bocas sempre desajeitadas me chupando. No entanto, eu tinha um útero, o que me acarretava milhares de responsabilidades junto com todo o peso da puberdade e da urgente necessidade de ser fodido. Por isso, por mais que todos os meus sentidos de quinze anos cheios de tesão me dissessem o contrário, eu me obriguei a criar uma regra: nada de sexo.

Não tive sexo com ninguém, realmente; mas os boatos corriam, sempre correram. E eu os amava.

Amava passar pelos corredores e ver burburinhos com meu nome no meio, por mais absurda que as histórias fossem. Amava ser olhado, observado por todos através de olhos famintos lutando por apenas um pedacinho meu, como se eu realmente fosse alguém importante.

Mas, de alguma forma, o acontecido há um mês com Louis havia me freado um pouco nessa coisa de gostar das pessoas sob mim. Não o suficiente, entretanto, já que eu ainda sentia um frio gostoso na barriga quando sentia algum olhar percorrendo meu corpo inteiro. Contanto que não estivessem com uma câmera, para mim estava ótimo.

E foi por isso que eu sorri de lado quando entrei na boate Fabric e percebi pelo menos dez rostos, tanto femininos quanto masculinos, se virarem para mim com sorrisos maliciosos.

Era para isso que eu vivia. 

Ainda era domingo e talvez eu não estivesse pensando muito na faculdade e no trabalho do dia seguinte quando aceitei o convite de Gemma e Lottie para irmos até o camarote de uma das maiores boates de Londres, à custo total de Louis Tomlinson.

Depois do jantar desastroso com a minha família, lotado de momentos tensos por Charlotte ter me reconhecido e por Gemma a todo custo querer esconder da minha mãe o fato de sua namorada ser a irmã do Louis Tomlinson por motivos óbvios —, as duas me pararam na porta do meu carro e me convidaram para uma boate. Lottie disse que Louis havia acabado de chegar lá e havia lhe mandado uma mensagem as convidando, e que poderia dizer para pôr meu nome na lista também. Eu estava tão necessitado de uma distração que não pensei duas vezes deixei meu carro na calçada da casa de minha mãe mesmo, entrei no carro de Gemma e esperei-a dar partida.

Louis está um pouco abalado porque Zayn teve que viajar novamente à trabalho, ele anda muito ocupado ultimamente e ainda há todo o caos do casamentoLottie comenta dentro do carro da minha irmã, uma de suas mãos postas carinhosamente na coxa dela e a outra enrolando uma mecha de seu cabelo longo platinado. Em seguida, vira-se para mim, no banco de trás, e sorri. Vai ser bom tê-lo lá, Harry. Quem sabe você pode distraí-lo?

You messed me up (but I still love you) // L.SWhere stories live. Discover now