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O único aviso sobre esse cap é que tem mídias, e o Niall graças a sua juventude irlandesa realmente parece ser mais novo que o Louis, mas eu forcei um pouco a barra. Finjam que ele tem a idade que eu disse, ok?

Boa leitura!


***

Harry está apaixonado.

Harry.

Eu podia ouvir o barulho da chuva do lado de fora, e eu precisava dizer: aquilo estava me irritando.

Adorava chuva, adorava ficar enrolando nas cobertas assistindo algum filme ou série na Netflix enquanto ouvia o barulho agradável inundar todo o redor do lado de fora na minha casa; mas naquele momento, eu só queria que ela parasse, porque a cada gota que encostava no chão, uma martelada parecia ser dada na minha cabeça.

Estava morrendo, concluí. Estava numa cama macia e confortável, com um cheiro de limpador de móveis misturado com dois tipos de perfume diferentes - um amadeirado, provavelmente masculino, e outro floral, com certeza feminino -, rodeado de travesseiros, e estava morrendo. Era uma bela forma de se morrer, afinal.

Abri um de meus olhos, sendo atingido com tudo pela claridade repentina e pela dor de cabeça, que parecia ter triplicado. Fechei imediatamente o olho, me arrependendo duramente de ter sido tão afobado para descobrir onde estava. Parecia que todo o meu corpo iria explodir.

O que eu havia feito noite passada, meu Deus?

Respirei fundo, convencendo a mim mesmo de que uma hora teria que abrir os olhos. Eu não sabia que horas eram, se estava cedo demais ou tarde demais, se eu ainda tinha tempo para as aulas do dia ou se já estavam praticamente perdidas. De qualquer forma, não me importava realmente com nenhuma das opções, já que sabia que, em qualquer uma, eu teria que ser obrigado a lidar com a maldita dor de cabeça pelo resto do dia.

Então, abri levemente apenas um olho pela segunda vez, desta vez mais devagar. Forcei minha visão para se acostumar e pisquei algumas vezes, agora tomando coragem para abrir o segundo olho. Pisquei mais um pouco e tudo pareceu se clarear para mim.

Olhei ao redor, observando minimamente todo o espaço. Era um quarto, duas vezes maior que o meu, com uma cama de solteiro bem ao lado da em que eu estava deitado. Todas as paredes estavam pintadas num tom de bege, o que combinava perfeitamente com os móveis de madeira claro. Haviam dois armários postos um do lado do outro e, ao lado deles, uma porta também de madeira, que eu deduzi ser o banheiro. Mas, o que mais me surpreendeu em todo o quarto, foi toda uma parede composta apenas de uma grande porta de vidro, a qual dava para uma varanda enorme, a qual possuía dois pufes e um pequeno sofá. Eu estava encantado.

Sentei-me na cama, curioso é procurando por mais detalhes. Uma TV estava posta na parede, e em cima dela, um enorme relógio marcava as horas. Eu suspirei aliviado ao ver que ainda eram oito horas da manhã, porque minha primeira aula só começava onze e meia e eu ainda não havia perdido todo o meu dia.

Desci meu olhar do relógio e vi que, embaixo da TV, uma cômoda da mesma cor de todo o resto dos móveis. Em cima dela, haviam milhares de porta-retratos, e minha curiosidade gritou para vê-los. Logo, ignorando toda a dor de cabeça e a vontade de morrer, eu levantei-me da cama lentamente e caminhei pelo chão frio até a cômoda, sentindo todo o meu corpo tremer de frio.

Porém, quando cheguei mais perto, todo o meu corpo se aqueceu de carinho. Estavam ali emolduradas milhares de fotos das mesmas pessoas presentes no restaurante, eu lembrei, provavelmente irmãos de Louis. Em algumas Charlotte aparecia, em outras Louis aparecia pequeno, e era totalmente adorável.

You messed me up (but I still love you) // L.SWhere stories live. Discover now