You messed me up (but I still love you) // L.S

1.3

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Louis tem seu coração partido.

Louis.

Os dias que se passaram depois de meu último encontro com Harry foram um caos, tanto na minha vida pessoal quanto na minha imagem como artista. Se antes especulavam algo sobre mim e Harry, depois de nossas duas aparições juntas, tudo triplicou, bem como os rumores sobre meu término com Zayn.

Naquele dia, quando cheguei em casa depois de deixá-lo na faculdade, fiquei no meu carro durante um bom tempo, não conseguindo tirar um sorriso bobo do meu rosto. Eu gostava de Harry, gostava de verdade, e sabia que a partir daquele momento, gostaria de fazê-lo presente em minha vida. Ele era divertido, carismático e parecia não me tratar diferente, apesar de ser um grande fã assumido do meu trabalho. Eu não sabia se o sentimento de carinho que nutria com ele havia alguma relação com a paixão que tive no passado, mas de uma coisa eu tinha total certeza: toda a dor em meu peito causada por um passado não cicatrizado parecia sumir quando ele estava por perto.

Eu só não esperava nutrir sentimentos demais.

Quando saí do carro, ainda com um sorriso e com imagens de Harry com todo o seu lindo conjunto de olhos verdes, sorriso e covinhas, já havia parado de chover, como se o tempo quisesse combinar com todo o meu ótimo humor naquele fim de manhã.

Contudo, o tempo ficou cinza novamente.

Lorenza estava preocupada, andando de um lado para o outro na minha sala quando eu entrei em casa. No momento em que ouviu a porta ser batida, olhou para cima e eu pude perceber que havia algo muito, muito errado.

— Senhor Simon Cowell ligou algumas vezes para você. Senhor Zayn Malik também.

Escolhi ligar primeiro para Zayn, que estava na Espanha para um ensaio. Ele voltaria para Londres dois dias depois, mas pareceu haver algum imprevisto, já que ele não atendeu minha ligação, mas sim entrou pela minha porta como um furacão cercado de malas azuis marinho.

O que ele me disse foi:

— Simon e Donald querem te matar. E eu talvez queira algumas explicações.

Zayn primeiramente me fez ligar para Simon, o que me custou exatos trinta minutos ouvindo meu empresário gritar em meu ouvido o quão imbecil eu era por deixar uma amizade se parecer com um relacionamento, porque um cara gay não deve ser muito próximo de outros caras. Ninguém gosta de gays do tipo puta, ele disse para mim.

O problema, eu comecei a pensar depois, era que eu não sabia como eu agia com Harry. Minha relação com ele não passava de pouquíssimas saídas, e nelas as coisas simplesmente aconteciam. O que paparazzis tinham de nós era nada mais que algumas fotos nossa em um restaurante, fotos saindo de uma boate e algumas flagrando-o saindo de meu carro e se despedindo de mim na porta de sua faculdade. Eles realmente viram algo em tão pouco?

Depois de Simon desligar em minha cara após me obrigar a fazer várias aparições seguidas com Zayn nos dias seguintes, eu pedi para ver as tão turbulentas fotos que haviam causado todo aquele transtorno.

Eu quase caí para trás, porque se antes eu não sabia qual o problema de toda aquela situação, depois de ver as fotos eu soube. Zayn me mostrou primeiro as capturas da boate, quando eu e Harry saímos abraçados, ele com o rosto muito perto de meu pescoço e eu rindo, claramente feliz com toda a situação. Depois, veio a nossa segunda saída, eu segurando firme sua mão e visivelmente preocupado com o estado dele. As fotos do dia seguinte mostravam eu saindo do carro, dando um forte abraço em Harry e um rápido beijo em sua bochecha e o olhando entrar no prédio com um sorriso pequeno nos lábios. Eram momentos normais, sim, mas o olhar presente em nós e os pequenos gestos tinham algo a mais. Toques como um leve esbarrar de mãos pareciam ter muito mais do que um beijo meu e de Zayn capturado pelos paparazzis. Os nossos movimentos tinham uma delicadeza, um cuidado, um carinho. Tinha algo além que eu não sabia decifrar, mas eu tinha quase certeza de que eram coisa maiores do que qualquer gesto que eu troquei com Zayn em todos os anos de nosso relacionamento. Isso me assustou.