You messed me up (but I still love you) // L.S

2.3

*repostando caso alguém não tenha visto*

Oi, anjinhos. Tenham uma boa leitura, não esqueçam de votar e comentar.

***

Louis ferve.

Louis.

— Você me disse sobre projetos quando me pediu para fugir contigo — comecei, sentando-me no sofá pequeno e puxando Harry para meu lado.

Havíamos chegado há alguns minutos de nossa viagem de volta para Londres, mais especificamente para seu apartamento. Apenas deu tempo de deixarmos nossas malas no quarto de Harry até que ele dissesse que precisávamos conversar, antes de qualquer outra coisa.

Se eu soltei um resmungo por estar morrendo de fome, ninguém precisava saber.

— Yeah, eu disse — ele sussurrou, pressionando seus lábios um no outro, sem me encarar. Arrastei-me no sofá e peguei suas mãos, o que o fez olhar para mim. 

Seus olhos estavam marejados. Meu coração acelerou. Merda.

— Ei. Diga-me o que há de errado — sussurrei, carinhosamente, apertando suas mãos. Subi lentamente por seu braço e parei em seu cotovelo, o segurando ali. Harry fungou.

E uma lágrima caiu enquanto ele dizia. — Eu estou indo embora em um mês. 

Minha boca se abriu, formando um círculo quase perfeito. Um frio gigante começou a se espalhar por toda a minha barriga e meus olhos, assim como os de Harry, marejaram. E não demorou para a primeira lágrima cair. 

Meu menino iria embora em um mês. Eu havia desistido do casamento, havia escolhido ficar com ele para, no fim de tudo, acabarmos da mesma forma de sempre: separados. Era como se Harry não fosse feito para mim, porque sempre havia um obstáculo que me separava dele. Não importa quanto tempo passasse, Harry nunca seria meu totalmente. Talvez ele não fosse realmente para mim. 

— Minha faculdade oferece um projeto para passarmos seis meses em um país carente. Inscrevi-me quando descobri sobre a gravidez de Zayn, porque não estava suportando, Louis. Eu queria ir embora daqui o mais rápido possível, e essa foi a minha opção. Não esperava que você fosse desistir de tudo. 

Ele tinha razão, afinal. Apesar de meu peito doer como o inferno apenas de pensar ficar longe de Harry, depois de tanta luta, eu conseguia compreendê-lo e não ficar com raiva. Afinal, não tinha qualquer direito de ficar com raiva dele, porque era apenas um rapaz tentando seguir sua vida. Harry não ficaria atrás de mim ou se lamentando por toda a sua vida, e eu o admirava por ter tomado ele mesmo a decisão de seguir sua vida sem mim. 

Mas agora... Ele não estava sem mim.

Tentei pensar positivo. 

Certo. Seis meses. Metade de um ano. Não era muito tempo, era? No fim do ano ele já estaria de volta. Não havia com o que se preocupar. Apenas... O fato de ficar seis meses sem ele. 

— Eu pensei em várias possibilidades durante a viagem para cá, Lou — ele murmurou, desviando o olhar. Eu apertei seus braços, tentando confortá-lo. — Pensei em desistir, mas toda a documentação já está certa e eu sinto que preciso fazer essa viagem. Pensei até em você vir comigo, olha que louco? Mas acho que você tem maiores responsabilidades. 

— Não tenho nenhuma responsabilidade, Harry, quero que minha carreira se foda neste instante. Eu posso ir com você. Podemos ficar um tempo desligados, não podemos? 

Harry olhou para mim, com suas esmeraldas arregaladas. Levantei minhas sobrancelhas, à espera de sua resposta. Parecia louco, eu sabia que sim, mas seria ótimo ter um momento com Harry, apenas nós dois longe de todo o mundo. Claro que ele teria que fazer seu trabalho, mas eu poderia acompanhá-lo, não poderia? Sempre gostei de visitar hospitais e ajudá-los, seja passando alguns dias ou apenas doando algo. Gostava de ajudar os mais pobres, e talvez na viagem eu descobrisse ainda mais pessoas para poder ajudar, descobriria outros meios para a caridade, afinal veria ainda mais de perto uma realidade diferente da minha.