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***

Harry e Louis sussurram.

Harry.

— Você pode comprar um novo celular para mim? Eu preciso falar para minha família que estou bem. 

Levantei um pouco minha cabeça, num susto, ao ouvir uma voz rouca soar pelo quarto. Terminei de amarrar meus cadarços e levantei todo o meu tronco, tendo a perfeita visão de Louis esparramado na enorme cama do hotel com um travesseiro preso firmemente em seus braços. 

Eu sorri. 

— Isso é uma boa forma de dizer bom dia, eu diria. 

Louis revirou os olhos, porém abriu um pequeno sorriso.

— Bom dia, Hazz.

— Bom dia, Lou — disse, ainda sorrindo. —  Niall mandou há uma hora todas as suas coisas para cá, e isso inclui seu celular. Se você queria uma desculpa para comprar um novo, seu plano falhou. 

Saí da poltrona e dei a volta pelo quarto, sentindo a todo momento o olhar de Louis sob mim. Quando parei ao lado oposto ao que seu corpo estava na cama, eu me sentei e estiquei minha mão, apenas para ele agarrá-la no mesmo instante e me transmitir todo o sentimento de segurança e integridade que esteve passando nas últimas quinze horas. 

Não que eu tenha contado, claro.

Ainda estávamos na ilha de Wight, no hotel onde alguns dos convidados haviam sido hospedados por alguns dias. O dia anterior havia sido puro caos até o momento em que Louis se jogou na cama da minha suíte e simplesmente apagou, num misto de estresse e cansaço. 

Ele parecia calmo quando pisou no grande e elegante saguão do hotel, mas seu estresse começou quando ele resolveu ir direto à recepção cancelar todas as reservas feitas para seus convidados, a fim de que não houvesse qualquer chance de eles esbarrarem nele e fazerem perguntas idiotas. Era uma escolha sábia de Louis e eu a respeitava totalmente, mas custou horas. Várias horas.

Às nove da noite, ele finalmente havia cancelado todas as reservas — um total de aproximadamente cinquenta, ainda sim não de todos os seus convidados — e mantido apenas a minha. Além disso, exigiu sigilo absoluto sobre sua hospedagem, o que incluía até mesmo a proibição de fotos com possíveis fãs. Essa conversa durou mais uma hora. Eu estava cansado apenas de ouvir tudo. Louis, porém, era o mais exausto, porque quando chegou ao quarto, mal tirou seu paletó e se jogou na cama, sem dizer qualquer palavra a mim. E então eu ouvi um ronronado, denunciando que ele havia caído no sono.

Eu cuidei dele, no fim. Eu o despi, vesti-o com uma blusa minha e baguncei seus cabelos, tirando dali todo o aspecto perfeito de sua aparência, deixando-o mais real e mais meu.

E quando deitei ao seu lado, mantendo uma pequena distância de seu corpo para respeitar seu espaço, me surpreendi com seu corpo pulando para mais perto de mim. Em um segundo, seu braço agarrava minha cintura, sua perna estava por cima de mim e seu rosto tocava firmemente meu peito, como se tentasse absorver todo o meu calor. 

O que mais me surpreendeu, no entanto, foram as palavras, sussurradas de forma quase incompreensiva, quando eu já estava a ponto de cair no sono. 

— Não me deixe, nunca mais. 

Logo eu dormi, imerso num mar de amor, com a certeza de que não, eu nunca deixaria aquele maravilhoso ser humano preso em mim de forma tão necessitada. 

You messed me up (but I still love you) // L.SWhere stories live. Discover now