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Boa leitura!


***

Louis se contenta com chamadas de vídeo e fãs.

Louis.

A vida sem Harry não estava sendo tão difícil. Não é tão difícil quando você tem uma família incrível ao seu redor, fãs maravilhosas que te dão todo o apoio que precisa, e até um estúdio onde você pode pôr para fora todos os seus sentimentos. Também não era difícil porque, quando não estava ocupado, bebia algumas cervejas e ficava levemente embriagado a ponto de não me preocupar com nada, principalmente com a saudade do meu namorado.

Não achava que Harry me completava, ou que ele era o meu oxigênio e, sem ele, minha vida não faria nenhum sentido e seria apenas um mundo cinza e frio. Talvez estes fossem os pensamentos de um Louis adolescente; o Louis adulto gostava de ter um pouco de seu momento sozinho. Só que ter Harry era bom, então ok, talvez fosse um pouco difícil de respirar sem ele por perto, e talvez minha vida tivesse uns pequenos pontos cinza.

É, talvez.

Harry havia indo embora há apenas um mês, e eu contava que faltavam só mais cinco para tê-lo de volta em meus braços. Ainda não havíamos tido tempo para parar e conversar por ligação ou chamada de vídeo, porque sempre estávamos ocupados ou o fuso horário nos atrapalhava. Quando acordava, Harry ainda estava dormindo; quando ele acordava, era meu horário no estúdio; quando estava livre, ele estava ainda em seu horário de atendimento. E, no fim do dia, estávamos exaustos demais para falar qualquer coisa além de um "Boa noite, eu te amo". Nos fins de semana, Harry tirava o dia para conhecer a cidade do Rio de Janeiro e seus pontos turísticos e eu ficava de babá das crianças para aliviar a barra de minha mãe e Dan, já que Niall e Felicite eram dois monstrinhos piores que as crianças. Então, eu me contentava com assistir desenhos infantis e sorrir a cada foto mandada por Harry: Teatro Municipal, Arcos da Lapa, Pier Mauá...

Mas hoje seria diferente. Era sábado e eu estava no estúdio para resolver um pequeno problema, mas antes do almoço iria para casa. Harry havia me dito no dia anterior que seu trabalho estava exaustivo e ele precisava de um dia inteiro de folga, então havia decidido não sair de seu apartamento. Na manhã seguinte, liguei para minha mãe e gentilmente disse que não iria cuidar das crianças mas iria almoçar em sua casa no dia seguinte, e ela entendeu perfeitamente.

Era ótimo. Finalmente teríamos um tempo só para nós dois.

Saí do estúdio ao meio dia em ponto. Como não iria para casa de minha mãe, resolvi almoçar num pequeno restaurante que se localizava a um quarteirão dali. Eu amava o ambiente: era simples, iluminado, colorido e familiar. Não podia conter o pensamento de levar Harry ali na primeira oportunidade que tivesse. 

Ao entrar no estabelecimento, suspirei aliviado ao vê-lo mais vazio que o habitual, provavelmente por ter acabado de abrir. Sempre almoçava ali uma hora mais tarde, então quase todas as mesas estavam ocupadas e, ora ou outra, uma fã vinha pedir para tirar uma foto. 

Eu amava minha fãs, claro, mas não é muito agradável tirar fotos quando sua boca está cheia de comida ou você está concentrado no cardápio.

— Senhor Louis! — Elisa, a garçonete que sempre me atendia, se aproximou com um sorriso no rosto. — É raro ter o senhor por aqui aos sábados.

Eu sorri simpático. Descobri que Elisa era uma grande fã do meu trabalho quando, na primeira vez que foi designada a me atender, acabou paralisada por cinco minutos a minha frente. Quando finalmente se moveu, suas pernas pareciam não ter recebido um comando claro e, bem, ela caiu diretamente em meu colo. Foi um dia agradável. Desde então, pedi para que ela sempre viesse me atender e que a cada vez, ela fizesse uma pergunta de sua preferência sobre minha vida. Eram informações completamente exclusivas, eu brincava, Mas tinha quase certeza de que Elisa levava totalmente a sério.

You messed me up (but I still love you) // L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora