Capítulo 4

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Pov. Axel

A raiva e o ódio que sinto me faz não pensar muito nas coisas, agora que eu teria que enterrar minha esposa e filho. Merda, só de pensar nisso meu peito dói.

Maldição, o meu filho nem teve a chance de nascer.

Estou no corredor encostado na parede, sentado no chão. Tive que presenciar o momento quando foi levado o corpo de minha esposa. Eu tenho feito muitas coisas desastrosas, tenho matado, torturado e queimado as pessoas vivas ou conscientes. Mas nunca, em minha vida, cheguei a pensar que um dia eu teria que passar pela dor que causei aos entes queridos dessas pessoas e isso é horroroso.

Tenho minha cabeça entre as mãos, quando de repente, sinto uma mão pousar em meu ombro e me viro para ver quem é.  Marcos.

- “Sinto muito Axel.” - ele disse com pena.

Que merda!

- “Não quero nenhuma pena, e muito menos nenhum sinto muito nessa merda.” - me levanto do chão irado e olho diretamente nos seus olhos. - “O que eu quero mesmo, é que você me traga o filho da puta que ousou me trair.” - digo com toda a raiva que tenho dentro de mim enquanto sinto o meu pulso se acelerar. - “Se eu não tiver o maldito na minha frente de joelhos, eu cortarei a cabeça de todos vocês, sem exceção.” - minhas mãos tremiam de raiva e impotência. - “E eu me encarregar de fazer isso pessoalmente, e  não estou falando de vocês, me refiro a cada membro de suas famílias.” - eu termino de falar e entro no meu quarto.

Fecho a porta com todas as minhas forças. Já não aguento mais essa vontade de matar, a raiva e a adrenalina correm por todo o meu corpo, minha respiração está irregular.

Pego a primeira coisa que vejo na minha frente e jogo na parede, fazendo com que o abajur se parta em vários pedaços.

Minha mente é tão macabra que me castiga, trazendo cada uma das lembranças dos momentos que passei junto com Jenny.

Quando a conheci, quando a fiz minha, seus gemidos de prazer, minhas mãos percorrendo seu delicioso corpo, seus lábios carnudos...tudo nela era para mim.

E agora eu não tenho mais nada. Pego a mesinha de cabeceira e a lanço contra a porta de vidro a fazendo em um milhão de pedaços.

- “Maldição!” - grito com todas as minhas forças, sinto um nó em minha garganta crescer mais uma vez. E essa, é a segunda vez que meus olhos se inundam de lágrimas.

Não quero continuar sentindo essa merda!

Continuei jogando e quebrando coisas, tentando desafogar toda essa merda. Minhas lágrimas deslizavam por minhas bochechas, minha vista estava um pouco borrada por causa das putas lágrimas que não paravam de cair uma atrás da outra. Eu as limpo com raiva e observo ao meu redor, eu destruí a porra do meu quarto, mas estou pouco me fodendo pra isso.

Essas merdas podem ser substituída, mas a minha Jenny e meu filho, não.

Só quero tirar cada uma dessas merdas de imagens da minha cabeça, onde ela morre, quando está pedindo que salvasse nosso filho. Mas o que mais me dói é que não pude fazer nada.

Não sei quanto tempo se passou, mas tenho que tomar banho para poder relaxar, os meus músculos estão tensos. Caminho sobre os cacos de vidro espalhados pelo chão, entro no banheiro e tiro toda minha roupa que está banhada de suor e sangue.

Entro no chuveiro e deixo que a água clareie a minha mente, que leve os sentimentos de dor e todas essas porcarias que eu sinto agora.

Todos me advertiram que se eu entrasse nessa merda, era melhor não ter ponto fraco. Mas o engraçado disso, é que eu tinha, mas agora já não há e nem haverá mais nenhum ponto fraco o qual atacar.

Saio do chuveiro, seco meu corpo, vou até o meu guarda roupa, me visto todo de preto. Passo por toda desordem que eu fiz, desço as escadas e vejo Marcos junto com os outros homens do meu esquadrão de segurança, que estavam a minha espera para ir ao funeral da minha família.

Cada porcaria de recordação fazia com que a minha raiva aumentasse ainda mais. Minhas passos ecoam por todo o corredor e me detive na frente deles, ganhando toda a atenção.

- “Se eu não tiver o filho da puta que matou a minha família aqui, pedindo clemência por sua miserável vida e pela de sua família. Eu pessoalmente  matarei cada um de vocês, colocarei suas cabeças como decoração em meu escritório.” - disse o mais frio possível. - “Não só as cabeças de vocês vão rolar, as cabeças de cada membro de suas fodidas famílias também.”

Cada uma das minhas palavras davam para demostrar minha verdadeira personalidade e me sinto satisfeito, quando vejo que eles estão se cagando de medo.

E isso é bom, meus demônios se alimentam desse medo.

Dou o meu melhor sorriso macabro, o qual sempre me caracterizou.

- “Eu lhes dou até que esse merda terminar.” - eu sentencio.

Passo como alma que leva o diabo, por meio deles, e me dirijo ao meu destino.

Marcos Jones

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Marcos Jones

A Vingança (COMPLETO)Where stories live. Discover now