Capítulo 10

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Pov. Axel

- “Desça ele.” - eu ordeno.

Ajeito o soco inglês nos meus dedos, minhas mãos se convertem em punhos, segurando-os bem, observo como seguram Heitor pelos ombros. Me aproximo mais dele e lhe dou um sorriso de satisfação.

Meu punho vai direto na sua cara, rompendo seu lábio inferior, vejo um fio de sangue desce pelo seu queixo.

Uma onda de satisfação percorre o meu corpo, o deixarei irreconhecível, quebrarei cada maldito osso do seu corpo, em especial a sua cara.

- “Não por favor, não machuque mais ele.” - a garota suplica desesperada.

Suas palavras eram minha motivação para destruir mais a cara do seu pai, eu dava soco atrás de soco no seu rosto, não me importando de me sujar de sangue.

- “Por favor.” - ela diz. Sua dor está a flor da pele, eu noto isso pelas suas palavras quebradas. - “Farei o que for para que deixe o meu pai, por favor, Axel.” - ela sussurrou meu nome.

Esse foi o click para me deixar estático. Meus demônios me percorreram em um milésimo de segundo, e em cada partícula que forma o meu ser.

Giro meu corpo e olho para ela, a observo como se houvesse saído outra cabeça. O desprezo, a fúria e a dor se fazem mais presente em meu sistema.

- “Esta disposta a sacrificar a sua vida pela do seu pai? Por uma pessoa que não vale pena, que é uma completa merda, que não se importou com nada quando me vendeu, que não pensou nas consequências dos seus atos, por essa escória que você chama de pai você se sacrificará? Você só pode está cheia de merda igual ao seu pai para fazer semelhante burrada, estou convencido que sim.” - digo frustrado.

Eu só posso ver dor em seus olhos, seus lábios tremem por causa de cada uma de minhas palavras. Ela está abalada tanto fisicamente quanto psicologicamente.

- “Não me importo com o que você faça comigo. Se quiser me matar faça, mas deixa ele, por favor...”

- “Isso é um tremendo espetáculo! Marcos prepare ela, agora é de tocar o show da pequena.” - ordeno.

Pego Hannah, coloco as cordas que estão nos seus pulsos no gancho, que sustentava seu pai minutos antes.

- “Veremos se será tão valente depois disso.” - eu sussurro no seu ouvido.

Me afasto, puxo bruscamente as correntes subindo Hannah alguns centímetros do chão. Um grito agudo sai da sua garganta. Ter os braços amarrados atrás das costas, aliás estar amarrada pelos cotovelos e os pulsos, e ser içada nessa posição, é incômoda e bastante dolorosa.

Olho o seu rosto contorcendo de dor, seus olhos estão fechados com força e seu rosto está vermelho.

- “Você não era valente para defender o seu pai?” - eu grito e puxo as correntes. Outro grito de partir o coração sai dela. -  “Isso é música para os meus ouvidos.” - digo sorrindo mais alegre como nunca, mas na realidade não sentia satisfação nenhuma de causar dor nela.

Mas que diabos está acontecendo comigo?

Pequenas queixas e gemidos saem de sua boca, ela chora desesperada por causa da pressão que seu próprio peso causa nela, ao estar amarrada por seu cotovelos.

Prendo as correntes num poste de ferro.

- “A-Axel..” - escuto um murmúrio da voz de Heitor. - “Não a machuque mais.” - súplica desesperado. Vejo que seu olho direito está inchado, ele não consegue  abrí-lo mais e o outro está ficando do mesmo jeito. Faço um sinal para que o levantem e o pendurem pelos pulsos.

- “Isso é só o começo do seu pior pesadelo.” - pego uma barra de ferro e me posiciono na frente dele. - “Vamos nos divertir um pouco. Que tal brincar de beisebol? Só que você será a bola.” 

Seguro a barra de ferro com as duas mãos, coloco meu cotovelo esquerdo quase na frente no meu queixo. Heitor tenta dizer alguma coisa, mas eu lhe dou uma pamcada com a barra de ferro no seu estômago. Foi um golpe seco que o deixou sem ar, o sangue de sua boca, isso é perfeito.

Ele esta desesperado buscando ar, dou a volta e acerto as suas costela. Acredito que quebrei várias costelas com esse golpe. Faço o mesmo com o outro lado, diversas vezes, intercalando os golpes.

O desespero é seu pior inimigo e o está dominando. Acabarei com sua miserável vida, acerto sua cabeça com a barra de ferro, não bato com força suficiente para matá-lo mas sim para abrir uma ferida em sua cabeça.

Deixo cair a barra de ferro ensanguentado no chão. Este faz um eco seco pelo lugar, minha respiração está irregular, limpo o suor do meu rosto com meu ombro enquanto olho para ele.

Observo minha obra de arte e sorrio ao ver o sangue de Heitor sair de sua cabeça.

- “Papai.” - Hannah soluça horrorizada, por um minuto me esqueci dela, mas seus gritos despertam o pior de mim.

- “Chegou a hora Heitor.” - agarro seu cabelo para que ele olhe para sua filha, ele geme baixo de dor, seu rosto está manchado de sangue. - “Se despeça para sempre de sua filha.” - digo satisfeito.

Doce, muito doce é a vingança. 

 

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A Vingança (COMPLETO)Where stories live. Discover now