Capítulo 9

22.5K 1.3K 51
                                    

Pov. Axel

Depois de horas na academia, tanto minha mente quanto meu corpo estão exaustos, isso é o necessário para não pensar nem me mover por um tempo.

Olho para o relógio, suspiro porque só faltam 5 horas para que Marcos chegue com o filho da puta e a sua filha.

Merda.

Eu não sei o que farei, a filha dele não tem culpa do que seu maldito pai fez, mas eu quero vê-lo sofrer, quero que ele sinta o que eu estou sentindo nesse momento. Quero que ele já não tenha a possibilidade de ser feliz, que ele se encha de desespero e não possa fazer absolutamente nada ao ver a sua filha em minhas mãos.

Tomo uma ducha rápida para tirar o suor do meu corpo. Me visto com um jeans preto e uma camisa da mesma cor, me jogo na cama olhando para o teto do quarto.

Tudo isso é uma merda.

Fecho os olhos e o cansaço me supera, acabo caindo rendido em um sono profundo.

(...)

- “Axel.”

Sinto alguém me balançar, abro os meus olhos de golpe e sem querer. dou um soco no Marcos.

- “Porra!” Marcos disse com a mão no nariz.

- “Você é um idiota. O que deu em você pra ter me acordado assim?” - eu pergunto com um grunhido.

Me levanto rapidamente da cama, procuro uns sapatos e coloco nos pés.

- “Já trouxemos a garota, ela está no sótão, estava inconsciente por causa da droga que eu apliquei nela. Já o Heitor, está na parte de trás da casa e ja está tudo pronto para o que você está disposto a fazer com ele.” - Marcos me informa e vejo que de seu nariz sai um pouco de sangue.

- “Bom, traga o soco inglês que está na gaveta do meu escritório enquanto vou dar as boas vindas para a nossa convidada. Mas antes, vá se limpar.” - eu digo de forma cortante.

Saio do quarto, desço a escada para ir até o sótão, abro a porta e observo a garota fechar os olhos por causa da luz do corredor. Logo ela volta a abri-los e eu fico petrificado, seus olhos são de um azul elétrico que me hiptotizam. Mas isso só dura uns segundos e o desprezo que sinto me domina.

- “Enfim está acordada.” - digo sem nenhum pingo de emoção, toda dor que sinto por dentro fala por mim.

Deus, ela é linda, mesmo com seu olhar de terror. Me aproximo dela, ela tenta se afastar mas não pode, já que ela está amarrada.

- “Esta assustada?” - digo com um sorriso macabro.

Fico de joelho do seu lado, minha mão vai até seu cabelo, o afasto do seu rosto e vejo ela estremecer com meu toque. Eu gosto disso.

Vejo que a sua bochecha está bem vermelha, um pouco puxado para o roxo. Acredito que brigou um pouco antes de ser pega, talvez ela seja uma gatinha arisca.

Meus dedos viaja até a sua nuca, seguro seu cabelo e puxo fortemente. Ela solta um gemido de dor, aproximo seu rosto do meu, e vejo que suas pupilas estão dilatadas por causa do medo que sente.

Nunca em minha vida eu vi tanta inocência em uma pessoa; exceto em uma, a qual nunca voltarei a ver por culpa do seu pai.

- “Bem vinda a seu pior pesadelo.” - digo com todo o ódio que percorre o meu corpo.

Seu corpo começa a tremer, seus lábios estão tão próximos que sinto seu hálito sobre os meus.

Olho os seus lábios, um desejo incontrolável de saboreá-la surge em mim, mas antes de que isso aconteça, eu a afasto de mim bruscamente e a olho com nojo.

Vejo sua cabeça bate no colchão, um soluço baixo escapa dela, ela tenta ser forte mas fracassa. A olho nos olhos, e eles estão vermelhos e cristalizados pelas lágrimas.

Sei que ela tem medo, o seu corpo está tremendo, mas não me importo.

A levanto puxando o seu braço, não estou nem aí se vou machucá-la neste momento nem em minutos depois me importará.

- “Por favor.” - ela disse num sussurro entrecortado por seus soluços desesperados.

- “Nem por favor, nem uma merda nenhuma.” - eu grito, ela treme sobre o meu aperto e puxo ela para fora do sótão. Seus soluços são altos, mas a seguro pelos ombros e a agito bruscamente.

- “Cala a porra da sua boca!” - volto a gritar olhando ela diretamente nos olhos, e ela morde o seu lábio inferior para reprimir seus soluços.

Esse gesto faz eu desejar beijá-la e morder esses lindos lábios.

Meu desejo de merda de beijá-la faz com que me irrite mais. Aperto mais a minha mão no seu braço, e este se torna um vermelho intenso. Eu praticamente estava arrastando ela escadas a cima.

Seus gemidos de dor fazem ecos por todo o corredor. A arrasto até chegar a parte de trás da casa onde seu pai está inconsciente, pendurado pelo pulso e seus pés não tocam o chão.

Ele tem o nariz quebrado, um olho inchado, uma de suas bochechas inflamada.

Hum, eu gosto do que eu vejo, mas isso não é o suficiente.

Hannah ao vê-lo grita de horror e tenta se soltar do meu aperto.

- “Papai!” ela grita desesperada.

- “Marcos acorda ele.” eu digo.

Marcos pega um balde cheio de água gelada para acordá-lo, ele acorda desorientado.

- “Papai.” Hannah diz com dificuldade já que está se afogando no próprio choro.

- “Por fim, essa linda família está reunida.” - digo gozador.

- “Axel, ela não tem nada a ver com isso, por favor deixe ela ir.” - Heitor súplica.

- “hum, vejo que começou a suplicar, pensei que nunca fosse fazer, muito menos por essa preciosidade aqui.” - eu seguro a bochecha dela para que ele veja o desespero e o terror nos olhos de sua filha.

- “Axel...” - eu o interrompo.

- “Axel porra nenhuma, Heitor! Você me vendeu! Por sua culpa minha família morreu.” - escuto uns gemidos de dor, e sei que é pela forma que eu estou apertando as bochechas da garota, sinto suas lágrimas molharem os meus dedos. - “Não pude fazer nada por ela, eu a vi morrer em meus braços pedindo que salvasse o nosso filho. Você devia de ter pensado nisso antes, agora você sofrerá igual ou pior do que eu.” - eu entrego a menina a Marcos.

Pego o soco inglês que está sobre a mesa, a colocando entre meus dedos, a acomodando em meu punho direito.

- “Marcos, a menina não pode perder o espetáculo de ver o seu pai suplicar por sua vida.” - digo satisfeito por obter a minha vingança.

Heitor Rodwell

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Heitor Rodwell

A Vingança (COMPLETO)Where stories live. Discover now