Capítulo 6

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Pov. Axel

Entro no meu carro, mas não o ligo nem nada, só estou ali sentado com as mãos no volante. Meu olhar está perdido no céu cinza, meus sentimentos estão igual ou pior que o clima, não suporto esse maldito silêncio. Giro a chave na ignição, ligando o carro e este ruge, ponho a marcha e piso no acelerador.

Saio disparado pela estrada, vou numa velocidade surpreendente, na realidade nada me importa. Mas como por magia, vem as recordações na minha mente.

Merda sabia que isso não daria certo, mas tudo já deu certo.

Piso no freio para diminuir a velocidade até parar o carro, sem me dar conta que já havia chegado no cemitério, para dizer adeus aquela garota que me deixava louco. A única que conheceu meu lado humano, já que todos os outros me consideram um monstro, mas não os julgo porque é a verdade.

Há uma tenda branca onde um caixão de madeira está cercado com vários arranjos de flores e uma foto gigante de uma Jenny alegre, cheia de vida. Havia várias pessoas presentes para se despedir da minha Jenny entre elas a humilde família dela, sua mãe chora de uma maneira desconsolável nos braços de um familiar.

Respiro fundo e desço do carro. A chuva fina umedece meu cabelo, sinto um nó se formar em minha garganta, que pouco a pouco vai cortando minha respiração enquanto avanço até o caixão. Não me aproximo muito, mas fico em uma distância prudente, não voltarei a me abater, superarei isso, eu já passei por coisas piores.

E está é uma delas, mas não deixarei que os meus inimigos me vejam cair. Eles destruíram meu único lado humano, agora conhecerão a verdadeira besta. Talvez pensem que sou um insensível total, que sou um filho da puta desgraçado, mas não deixarei que estes sentimentos de merda me transforme em um marica.

Mas de uma coisa eu tenho certeza, de que acabarei com cada um que me provocou isso.

Um dos familiares de Jenny disse algumas palavras mas não presto atenção, só fico olhando para o caixão que contém a pessoa que era a minha felicidade.

Antes que que tudo tivesse terminado, saio desse lugar. Pego o meu celular em meu bolso e ligo para Marcos que me atende no segundo toque.

Ligação on:

- Espero que tenha toda a informação que te pedi há duas horas. - digo de forma cortante.

- Sim senhor, tenho tudo aqui em seu escritório. - ele disse.

- Chego em 5 minutos. - digo e desligo.

Ligação off:

Cheguei no meu carro, joguei meu celular pela janela e caiu em algum lugar no chão do carro. Abro a porta, entro ocupando o lugar do motorista e o ligo.

Saio desse lugar correndo, estou ansioso para chegar em casa e ter nada minhas mãos os culpados pela a minha desgraça. Me encarregarei de matá-los com minhas próprias mãos, fazer com que eles sofram muitov mas muito lentamente.

Chego na minha mansão e nem me preocupo de como estacionei o meu carro, a chuva havia aumentado o suficiente para molhar a minha roupa, mas não me importo.

Subo os cinco degraus da escada de entrada, abro as portas duplas de madeira da mansão, ando até Marcos que está no corredor me esperando com uma pasta na mão e ele me entrega a pasta.

Contínuo andando até o meu escritório, abro a porta e fecho com toda a raiva que tenho guardada dentro de mim.

Acendo as luzes, vou até a minha mesa e me sento na minha cadeira de couro para ler a informação. Inspiro fundo até encher meus pulmões de ar e expiro devagar para controlar a minha ira.

Abro a pasta e começo a ler.

Heitor Rodwell. Filho da puta, aperto a mandíbula pelo ataque de ira que está correndo na minha corrente sanguínea, minhas mãos estão ameaçando as bordas da pasta, na parte superior está uma pequena foto dele.

Gravo seu nome e seu rosto na minha mente.

Heitor Rodwell

É um ex-militar afastado, foi condecorado por ter feito um excelente trabalho militar. Se destacou nas suas funções em servir a nação, decidiu renunciar a seus cargos por causa da morte de sua esposa, ficou viúvo aos 23 anos com uma filha recém nascida, ele está em plena ascensão em seu cargo na milícia.

Sexo: Masculino
Cor da pele: Branca
Estatura: 1,78m
Idade: 40 anos
Filho(a): Hannah Rodwell
Estado Civil: Viúvo
Cidade Natal: Pensilvânia
Cidade Atual: Filadélfia

Já não preciso ler mais nada, já sei tudo o que preciso para agir. Pegarei a sua adorada filha que é o que mais me interessa, sorrio por meus pensamentos, mas primeiro quero o filho da puta de seu pai. Para tirar toda a merda que ele tem dentro, eu farei o possível e até o impossível para que ele fale, quem está por trás disso tudo, por que ele é só uma peça pequena nesse jogo e eu o usarei para pegar a peça chavr.

Arrasto a cadeira para trás, me levanto e vou direto até a porta, a abri e saio deste lugar.

- "Marcos!" - grito, minha voz ecoa por todo o lugar e ele aparece na minha frente. - "Quero o filho da puta do Heitor e sua filha em 24 horas aqui." - eu digo e ele ia responder algo mas o interrompo. - "Eu já te disse que eu já não quero escutar mais nada, que não seja os gritos de dor desse homem." - eu falo, dou a volta e me tranco no meu escritório.

Agora só esperar que o bolo chegue para a festa começar.

A Vingança (COMPLETO)Where stories live. Discover now