Capítulo 11

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Pov. Hannah

Meu corpo dói. Não sinto os meus ombros, estou amarrada pelos meus cotovelos e pulsos, suspensa no ar. Não paro de suplicar pela vida do meu pai uma e outra vez, nunca em minha vida conheci um homem tão frio, cruel e sem sentimentos, ele é o próprio diabo em pessoa.

Olho para o meu pai amarrado, meus olhos estão cheios de lágrimas e não posso acalmar meu choro ao ver a única pessoa que eu amo, sendo agredida com uma barra de ferro.

- “Papai.” - soluço horrorizada ao ver que seu rosto está desfigurado, está muito inchado, sua cabeça está saindo muito sangue.

- “Chegou a hora Heitor.” - vejo Axel agarrar o cabelo manchado de sangue do meu pai.

Ele me olha com seus olhos cheios de dor, ele estava pedindo perdão com os olhos, ele geme baixo por causa das feridas espalhadas pelo seu corpo. -

“Se despeça para sempre de sua filha.” - ele diz satisfeito, pega a arma de um dos homens que está no local e põe o cano na cabeça do meu pai.

- “Não papai! Não por favor.” - grito desesperada. - “Eu te imploro pelo que você mais ama Axel, não o mate, já não me resta mais ninguém nessa vida.”

- “O que eu mais amava nessa vida está num caixão debaixo da terra por culpa do seu pai! Mas agora estaremos iguais.” - ele diz com melancolia. - “Você tem algo a dizer Heitor?”

- “Sinto muito meu anjo por tudo, eu te amo muito minha princesa.” - meu pai diz baixo e soluça.

Essa reação do meu papai faz com que eu perca toda a esperança de sair desse lugar junto com ele, viro minha cabeça freneticamente para buscar uma saída desse pesadelo, mas não encontro nada.

- “Eu ficarei com ela, quando eu cansar de fodê-la, eu deixarei com que todos que trabalham para mim também foda ela, talvez eu deixarei ir embora, mas não é certeza.” - ele diz sorridente.

Aquele sorriso ficou gravado com fogo no meu cérebro, ele é o diabo em carne e osso.

Axel coloca a arma na testa manchada de sangue do meu pai, tira a trava e sem piscar, Axel aperta o gatilho.

Fecho os olhos fortemente com o eco daquele disparo repetindo em minha mente, faço de tudo para acreditar que isso tudo é um pesadelo. Escuto um, dois, três estrondo ecoar por todo o lugar. O  meu coração para de bater, só escuto o eco dos disparos.

- “Papai.” - eu gemo. - “Papai!” - grito. “Por favor responda.” - u falo com esperança, eu quero acordar desse inferno.

Lágrimas deslizam por minhas bochechas, abro os olhos tento vê-lo entre as lágrimas, mas ele não se move e embaixo dele há uma poça enorme de sangue e de seu peito sai mais.

Sinto a bílis subir pra minha garganta, e acabo expulsando tudo o que tenho no estômago.

Não me atrevo a continuar olhando aquela cena.

- “Você não pode me deixar papai, você não.” - digo entre os soluços desesperados.

Me afogo no meu próprio choro, meus pulmões ardem e meu peito dói. Ele o matou, matou a única pessoa que eu tinha nessa vida.

- “Papai.” - eu começo a gritar tentando liberar essa profunda dor em meu peito.

Sinto alguém tocando o meu rosto, olho barão homem a minha frente e vejo que seus olhos são como gelo, malévolos, e eu estou perdida nesse abismo frio e desolado.

- “Agora é sua vez de sentir o que eu sinto.” - ele levanta a mão que esta segurando a arma e me bate com ela. E vejo tudo ficar escuro.

A Vingança (COMPLETO)Where stories live. Discover now