Gabriela Mentger vive perdida em seus pensamentos. Cercada de amigas falsas, uma família que vê uma vez por semana em um almoço e vários amores platonicos. Gabriela possui somente seus fones de ouvido como refúgio do estresse.
Tudo parecia estar and...
"Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente!
Era a primeira vez que lhe escreviam
Aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se
Ao calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido
Que se estira num banho tépido
Sentia um acréscimo de estima por si mesma
E parecia-lhe que entrava enfim numa existência
Superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu encanto diferente
Cada passo conduzia a um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"
Amor I love you - Marisa Monte
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A sensação de seus lábios nos meus estava me causando vários arrepios, que percorriam meu corpo todo. O calor do seu corpo no meu, a forma como seus braços apertavam minha cintura, e o jeito como nos encaixávamos perfeitamente só faziam o momento ser ainda mais mágico. Parecia um sonho. Finalmente, depois de tanto tempo, ali estava eu, totalmente entregue nos braços do ruivo. Quis isso por tanto tempo. Sentir o gosto da sua boca impertinente mais uma vez, a qual não me decepcionou em nenhum momento.
"Você é tão linda..." Sussurrou em meus lábios, ofegante, olhando-me diretamente nos olhos com aquele calor familiar.
"Posso dizer o mesmo sobre você...lindo..." Sussurrei de volta, sorrindo como uma criança boba que acaba de ganhar o doce preferido. E convenhamos, que doce...
"Agora que tenho você, assim, aqui em meus braços, saiba que não a deixarei ir embora..." O ruivo alisava meu rosto com toda a delicadeza, não interrompendo nosso contato visual em nenhum momento.
"Pois saiba que não tenho nenhuma intenção de sair daqui..." Aproximei mais uma vez nossos lábios para mais um beijo, continuando de onde havíamos parado.
Meu coração estava totalmente acelerado, na mesma medida em que minhas pernas amoleceram com nossa sessão de amasso. Johann dava leves mordidas em meu pescoço, ao mesmo tempo em que me puxou para mais perto dele, fazendo com que seu colo parecesse o melhor lugar do mundo. Aninhei-me em cima do ruivo, que me apertava contra ele, não deixando o menor espaço entre nós. Sua boca sugava meu lábio superior com vontade, enquanto suas mãos se ocuparam de segurar meu traseiro. Gemi alto com a sensação da nossa proximidade, ouvindo o ruivo emitir aquele mesmo som familiar.
"Você tem certeza?" Quebrou nosso beijo mais uma vez, pedindo uma permissão que estava muito inclinada a dar.
"A única certeza que tenho é de que quero ser sua..." Respondi, assentindo com a cabeça em uma óbvia concordância, segurando seu rosto entre minhas pequenas mãos, tremendo pelo contato.
"Eu sou seu..." Aquelas três palavras me bastaram. Nada mais precisava ser dito, somente sentido com toda a intensidade.
Johann me abraçou forte, me beijando com ternura, como se experimentasse pela primeira vez essa sensação. De ser de alguém. De pertencer a alguém. Sem dúvida nenhuma, era a primeira vez para mim. A primeira vez que estava totalmente entregue a alguém. A primeira vez que experimentava todas estas sensações diferentes ao mesmo tempo. A primeira vez que faria amor com alguém que também me ama.
Sua camiseta azul marinho foi retirada por ele, revelando todos os seus contornos perfeitos. Literalmente babei naquele segundo, lambendo meus lábios com todo o desejo que aquela visão me proporcionava. Minhas mãos adquiriram vontade própria, passeando pelo seu peitoral, descendo devagar pelas linhas do seu abdômen, encarando aquelas órbitas, que me encaravam de volta. Sua pele era extremamente quente em contato com minhas mãos, deixando-me cada vez mais excitada por mais.
"Você é muito mais do que imaginei que seria...muito melhor..." Disse, sendo o mais transparente possível com o ruivo, que mantinha os olhos fixos em minha boca.
"Tirou as palavras da minha boca mocinha..." Johann sorria sedutoramente, enquanto pedia uma permissão silenciosa para que pudesse tirar minha blusa.
Levantei meus braços em uma concordância implícita, sentindo suas mãos percorrerem meu corpo, retirando delicadamente minha blusa.
"Muito melhor..." Sussurrou antes de puxar-me mais uma vez contra ele, capturando meus lábios mais uma vez.
O choque de sua mão em minhas costas foi instantâneo, e inexplicável. Estávamos entorpecidos no desejo que sentíamos um pelo outro, não querendo que aquele momento acabasse nunca. No instante em que suas mãos habilidosas tentavam abrir meu sutiã, apenas deixei que ele prosseguisse. Queria tanto o ruivo que chegava a doer. Quando a peça íntima foi atirada para longe por aqueles braços fortes, de repente senti-me quente. Seus olhos analisavam meus seios com uma grande devoção. Podia sentir em seu olhar o quanto ele estava afetado por mim.
O ruivo não fez cerimônia, e logo aproximou o rosto de meus seios, que já estavam endurecidos pelo êxtase de estar tão perto dele. Lambeu os lábios em antecipação, tocando meu seio direito com firmeza, provocando ainda mais reações em meu corpo. Fechei meus olhos, deixando que Johann me proporcionasse todas aquelas sensações. Em poucos segundos, senti sua boca quente chupar meu seio esquerdo, enquanto a outra continuava massageando o direito. Nem preciso dizer que fui até o céu e voltei. Aquilo era tão gostoso...
"Hum..." Gemi alto, segurando os cabelos do ruivo, sentindo seus lábios distribuindo beijos em meus seios. "Hummmmm..." Gemi ainda mais alto quando ele passou uma mão em minha bunda, apalpando-a com força, trazendo-a para mais perto de seu membro, o qual já estava em posição de sentido.
O ruivo já estava tão excitado quanto eu, e nossas respirações ofegantes já não conseguiam ser contidas. Já era a hora de avançar, e estava mais do que pronta para recebê-lo. Mais do que pronta para ser dele. Literalmente.
Nos auxiliamos quanto a retirada das calças, fazendo com que ficássemos praticamente nus. A única peça que possuíamos era a de baixo. Ainda. Havíamos mudado de posição involuntariamente, e quando percebemos, a nossa empolgação fez com que parássemos no tapete da sala, enroscados um no outro, não obtendo o suficiente.
Sentia toda a pressão que o membro do ruivo fazia em minha entrada, o que me fez ficar ainda mais molhada, se isso era possível. Eu sabia que estava totalmente excitada, tinha plena consciência disso. E toda a intenção de acabar com o meu fogo. Minhas pernas rodeavam a cintura de Johann, enquanto sua língua invadia a minha boca em um beijo quente. Estava no meu limite da sanidade, esperando o momento em que finalmente fôssemos um só.
O vai e vêm de seu corpo sobre o meu somente parou com o som de uma voz que conhecia muito bem. Uma voz muito familiar que veio bem na hora mais errada possível.
