TRINTA

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Meus pensamentos voaram longe durante as horas de trabalho, a cabeça presa no pescoço, mas a mente em outro lugar. Mas especificamente meus pensamentos estavam todos naquele ruivo de olhos cor de mel. Talvez a minha ansiedade fez com que eu não conseguisse me concentrar como deveria, e checava o relógio de meia em meia hora. Parecia que o tempo não passava.

Mas assim que o expediente findou, levantei-me animada demais para vê-lo. Como uma adolescente que está indo encontrar o namoradinho. Coloquei meus fones de ouvido para tocar uma música romântica. Fazia tempo que não ouvia mais meu amigo de longa data com a mesma frequência.

Música dos fones da Gabs: Say it - Maggie Roggers

Desci pelo elevador entorpecida por aquela lenta melodia, e assim que as portas se abriram andei em direção ao saguão à procura de Johann. Não demorei muito para encontrá-lo. Estava sentado em uma das poltronas na sala de espera, mas assim que me viu, um enorme sorriso formou-se em seu rosto. Juro que aquele sorriso ainda seria a minha morte. O ruivo se aproximava a passos lentos, fazendo meu coração disparar a cada passo que dava para mais perto de mim. Sabia que já sorria involuntariamente devolta, ao visualizar as mordidas que Johann dava em seus lábios por puro nervosismo.

"Que saudade..." Foi a frase que ouvi dele assim que me envolveu em seus braços em um abraço apertado.

"Eu também amor..." Segurei sua nuca, sentindo seu cheiro. Que saudades daquele cheiro.

"Vamos senhorita?" Sorriu e segurou minha mão fortemente, enquanto me conduzia para fora do escritório.

Seu carro estava estacionado do outro lado da rua, e Johann fez a gentileza de abrir a porta do passageiro para mim. Agradeci a gentileza, sorrindo em retribuição.

"Onde vamos?" Perguntei curiosa como sempre.

"Tem um lugar que eu quero te mostrar." Foi apenas o que ele disse.

Após alguns minutos de um silêncio gostoso, pude perceber que não conhecia aquele caminho. Era um lugar onde ainda não havia estado antes. Nos afastamos do centro indo em direção ao morro da cidade. Na verdade eu sempre quis vir aqui, mas nunca recebi um convite, até hoje. Durante a subida, podia ver as pequenas casas ao longe, iluminadas apenas pelos postes. E assim que finalmente chegamos ao topo, a vista era de tirar o fôlego.

"Sempre venho aqui quando quero ficar sozinho..." Johann disse, assim que descemos do carro, encostando-se na frente do mesmo.

"É linda a vista daqui de cima..." Estava admirada demais com a beleza das luzes vistas desse ângulo.

"Não poderia concordar mais...e fico feliz que tenha gostado..." O ruivo puxou-me para um abraço, beijando-me no pescoço. Ele sabia perfeitamente qual era o meu ponto fraco.

"Eu...adorei..." Senti as palavras falharem a medida que Johann intensificava os beijos em meu pescoço, e sua mão deslizava em minha cintura, cada vez mais baixo.

"Tenho um convite para te fazer..." Sussurrou em meu ouvido, mordendo minha orelha de leve, fazendo-me soltar um pequeno gemido.

"Faça..." Respondi, meus olhos já fechados pela sensação de sua boca em minha pele, queimando cada célula do meu corpo.

"Minha família dará um jantar amanhã...e quero que você vá comigo...como minha namorada..." Seu tom agora era sério, e seus olhos me encaravam a espera de uma resposta.

"Eu adoraria..." Respondi, recebendo um caloroso beijo em troca.

Sua língua pedia passagem em minha boca, me arrancando arrepios. A cada toque, a cada respiração descompassada, as coisas esquentavam mais. Sabia que meus lábios estavam inchados, mas isso era o de menos. Seu cabelo ruivo era uma tremenda bagunça, mas não podia ser mais lindo aos meus olhos.

"Eu quero você..." Disse-me, as palavras soaram baixas, mas aquilo foi extremamente sexy.

"Eu também..." O tesão não deixa você raciocinar direito, e você acaba fazendo coisas que pensava não ter coragem.

Não havia ninguém lá além de nós e a escuridão. Johann me segurou no colo em um impulso, sua boca procurando a minha com urgência. Entrelacei minhas pernas em sua cintura, deixando-o conduzir a situação. Estava amando ser desejada daquela forma. Como nunca pensei antes que poderia ser.

Johann me carregou até o carro, abrindo a porta de trás, fazendo com que entrássemos mais do que depressa para resolvermos nossa pequena urgência. Tirei sua camiseta preta o mais rápido que pude, revelando seu peitoral. Lambi os lábios de desejo por aquele monumento. Em questão de segundos, ele arrancou todos os botões da minha camiseta social, expondo minha lingerie, a qual também foi retirada rapidamente por suas mãos hábeis. O ruivo não perdeu mais tempo, abocanhando meu seio esquerdo, me fazendo gemer alto. Segurava seus cabelos, perdida naquela sensação de prazer.

Suas mãos trabalhavam na minha saia, levantando-a e retirando a minha calcinha para o lado. A esta altura eu já estava toda molhada. Ele percebeu isso assim que seus dedos tocaram a minha intimidade, o que o fez soltar um sorriso safado. Precisei calar aquela boca com mais um beijo. E nunca era o suficiente.

Arfei em sua boca quando senti seus dedos me penetrarem em um ritmo lento e constante. Levei minha mão até seu membro, não me admirando que já estivesse em posição de sentido. Duro como uma pedra. Na verdade aquilo só me estimou a retirar logo a calça dele com as minhas próprias mãos.

"Me faça sua..." Sussurei em sua boca, assim que consegui que ele se livrasse da calça.

"O que você não pede que eu não faço..." Respondeu, no momento em que senti seu membro duro me penetrar todo de uma vez.

"Ahhhh..." Gritei de prazer, começando a me movimentar em cima dele.

Suas mãos grandes seguravam minha bunda com força, o tesão só aumentava, e nosso ritmo também. Era rápido e forte. Eu queria mais a cada segundo. A cada estocada, gemia mais alto, sabia que ele amava ouvir. Rebolava cada vez mais fundo, nossos sexos se encontrando em um ritmo constante e delicioso.

Estávamos fodendo como loucos, como animais no cio. Sentia-o todo dentro de mim, pulsando loucamente. Nos perdemos no tempo, conectados um ao outro, querendo nossa libertação. Estava quase lá, e sabia que ele também. Johann só precisou mais alguns movimentos para que sentisse meu orgasmo chegando, minhas pernas tremendo em êxtase e o líquido sendo liberado. Logo ele também acabou gozando, relaxando seu corpo contra o meu.

"Isso foi...incrível..." Johann disse, a voz fraca. Sentia sua respiração descompassada, nossos narizes roçando um no outro em sintonia.

"Foi...e como foi..." Disse, dando-lhe um pequeno beijo na testa. Ainda estávamos na mesma posição. Sentindo a presença um do outro.

"Nunca me deixe..." Seus ohos sinceros cintilavam na escuridão da noite. Aquelas palavras me pegaram de surpresa. Mas foi a melhor surpresa que já tive na vida.

"Nunca..." Respondi, selando nossa promessa de amor com um beijo lento e apaixonado.

E naquela noite, naquele carro, nós fizemos amor mais uma vez.

A garota dos fones de ouvidoOnde histórias criam vida. Descubra agora