DEZOITO

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Trilha sonora do capítulo: You belong to me - Cat Pierce

"Feels like we're dreaming, we're tripping and reeling
Just say that you belong to me
(You belong to me)
I could get lost if the feelings were feelings
Just say that you belong to me

(You belong to me)
Do you want more of the season of glory?
'Cause I can't believe that is real
(You belong to me)
I will adore you, I'll only live for you
Just say that you belong to me"

********************************

Depois que Simone se foi, e minhas emoções à flor da pele se estabilizaram, voltei toda a atenção para o ruivo, que ainda permanecia com seus braços em minha cintura.

Soltei um longo suspiro. De alívio, cansaço, ou as duas coisas, talvez.

"Contarei tudo que quiser saber." Disse firmemente, seus olhos ainda brilhantes denunciavam a calma que precisava para aquietar meu coração.

"Vem." Apenas respondi, pegando sua mão e entrelaçando-a na minha, seguindo em direção ao quarto.

O ruivo me seguiu em silêncio, apertando minha mão na dele, o que fez meu peito vacilar em felicidade. Chegando ao destino, sentei-me em minha cama, dando espaço para Johann fazer o mesmo. Estávamos frente a frente, e agora era a hora da verdade.

"Sou toda ouvidos." Comecei, esperando que esta conversa esclarecesse todas as dúvidas que permaneciam em minha cabeça.

"O que quer saber?" Seu sorriso voltou a iluminar seu rosto de uma forma muito fofa. O ruivo inteiro era muito fofo.

"Bem...primeiro...por que não me contou que Simone e você eram irmãos?" A pergunta que não queria calar.

"Deveria ter contado?" Seu tom era de dúvida, como se não entendesse o motivo para meu argumento.

"É claro que deveria ter me contado! Teria evitado tudo isso." Falei, observando sua sombrancelha levantar em um não entendimento, como se essa resposta fosse muito óbvia.

"Por quê? Como assim? Eu não estou entendendo o motivo..." Poderia eu culpá-lo? Se não pensava ser algo a ser dito, quem era eu para pensar o contrário?

"Eu...pensei que eram namorados Johann!!! Eu...podia crer que estavam juntos...como um casal..." Meus motivos, pelo menos para mim, eram bastante plausíveis.

"O quê???" O ruivo chegou a movimentar-se para longe, levantando da cama em total descrença. "Ela é minha irmã Gabriela!" Me olhava como se fosse uma louca por cogitar esta hipótese.

"Agora eu sei disso...mas, até então eu não sabia...eu...pensava, penso, ser muito errado trair, mas você...você não desistia de mim. Ficava me perseguindo...me afetando...e não consegui resistir à você mais e acabei cedendo... Mesmo pensando que namorava a Simone..." Analisava sua postura séria, enquanto tentava chegar mais perto dele.

"Como pôde pensar que nós éramos namorados? Isso é tão...fora de cogitação. E quem estava te perseguindo? Foram somente coincidências... Acredito que o destino estava querendo nos ver juntos... Tanto quanto eu..." Johann permitiu minha aproximação, tocando meu rosto com o polegar.

"Pensei sim que eram namorados. Por vários motivos ruivo! Você praticamente vive no apartamento dela. Andam juntos, colados demais, Simone sempre com o braço pendurado no seu, como um casal... Queria que pensasse o quê?" Mas vendo de fora, realmente eles parecem um casal.

"Só estou mais tempo com a Simone agora, pois ela me disse que não estava bem emocionalmente. Que está passando por um momento difícil, pois estava apaixonada por alguém e sabia que era errado amá-lo..." Naquele instante, ele parou no meio da frase, como se as peças do quebra-cabeças finalmente tivessem se encaixado.

"Era você Johann! Era você o cara impossível! Ela me fez pensar que era namorado dela. E deve ter deixado essa impressão em mais pessoas também..." Joguei na cara dele o que sabia que não gostaria de ouvir.

"Como não percebi isso? Não percebi nada...apenas estava oferecendo meu apoio à ela, como um irmão deve fazer. Claro que percebi que ela me olhava diferente, que tinha um carinho especial por mim, mais do que por Martin, mas no fundo não queria acreditar que realmente fosse verdade..." Johann estava abalado, controlando-se para não quebrar em minha frente.

"Calma ruivo...não se culpe..." Disse, enxugando as lágrimas que começavam a cair de seu belo rosto. "Não é culpa sua..." Continuei, alisando sua face. Ele estava muito quente. Tão quente que meu corpo começou a reagir simplesmente com o contato com sua pele.

"Eu sei, mas...sinto-me culpado da mesma forma. Se soubesse, poderia ter agido de uma forma diferente, e as coisas não chegariam ao ponto que chegaram. Sermos pegos naquele momento por ela não foi uma das coisas de que me orgulho..." Johann entrelaçou seus braços em minha cintura, sem deixar de me olhar nos olhos.

Isso era uma das coisas que me fizeram cair no amor com o ruivo. A forma intensa como me olha, deixando-me totalmente desconcertada, e ao mesmo tempo hipnotizada e incapaz de desviar o olhar. Como se seus olhos me prendessem dentro dos dele, sem opção de fugir. O que eu nem queria, na verdade.

"Johann...eu..." Comecei a sibilar uma frase, mas fui interrompida por seu dedo indicador, que silenciou a minha boca. Toda a minha atenção estava voltada para aqueles olhos, mais uma vez.

"Me chame de ruivo...adoro quando me chama assim..." A forma como sua boca se contraiu em um sorriso somente fez meu peito acelerar mais.

"Ruivo..." Não havia como negar isso à ele. Não agora, que estávamos tão próximos um do outro.

"Melhorou..." Sussurrou, antes de capturar meus lábios em um beijo lento e intenso, trazendo à tona toda a adrenalina que pensei ter perdido antes.

Mas não poderia estar mais enganada. Toda a libido que possuía retornou com força total. Meio cambaleantes, nos jogamos em minha cama, não querendo perder tempo desta vez.

Seu beijo era urgente, apaixonado, surreal. Sentia-me dominada por sua boca, invadida por sua língua e apaixonada por ele inteiro. Todos estes sentimentos que sentia pelo ruivo, que até então, estavam reprimidos, enfim, podiam ser liberados.

Sem medo. Sem culpa. Apenas nós dois. Entregues completamente à esse momento, conectados pela inegável atração que sentíamos um pelo outro.

Johann e eu ja estávamos do mesmo jeito de antes de Simone no pegar, somente nossas peças íntimas separavam nossos corpos de se unirem completamente. Minhas pernas respondiam à todos os estímulos do corpo quente do ruivo, que estava sobre mim, fazendo movimentos que me deixavam com o coração na boca, praticamente sem ar, implorando por mais.

A forma como mexia seu quadril entre minhas pernas, sugando minha boca, fazia-me implorar cada vez mais por ele todo.

"Quero você...agora..." Sussurei em seu ouvido, dando uma pequena mordida no lóbulo da sua orelha, o que somente estimulou-o a continuar.

"Tirou as palavras da minha boca..." Sorriu safadamente, passando a mão por toda a extensão do meu corpo.

Sua boca deixou a minha, mas somente para trilhar um rastro de beijos por meu pescoço, onde ele chupou com vontade, descendo até meus seios, onde fez o mesmo por eles, até ficarem rosados.

Minhas mãos estavam muito ocupadas tentando retirar sua boxe, enquanto sentia sua pele em contato com a minha aumentar a excitação já evidente em nós dois.

O ruivo, delicadamente e devagar, ajudou-me a retirar nossas últimas peças íntimas, e finalmente pude apreciar a vista de seu corpo definido totalmente como veio ao mundo.

Nada poderia nos parar agora. A porta do quarto estava travada, e a vontade de sentí-lo dentro de mim era a única coisa que me importava.

A garota dos fones de ouvidoWhere stories live. Discover now