VINTE E SEIS

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Continuava chovendo sem parar. Conseguia escutar o barulho da chuva caindo, mesmo já estando em meu confortável apartamento. Johann ainda estava aqui comigo, mais precisamente preparando um café com leite para mim na cozinha. Nessas horas fico me perguntando onde será que ele se escondia antes de encontrá-lo.

Estou relaxada embaixo da água quente do meu chuveiro, somente deixando a água descer por meu corpo cansado. As memórias da tarde não deixavam minha cabeça. Em meio a meus devaneios, ouço batidas na porta.

"Gabriela, você está bem?" Aquela voz grave acabou com o silêncio, mas estava longe de achar isso ruim.

"Sim, estou bem!" Dei um grito, não muito alto devido a minha pouca energia, mas acredito que Johann ouviu.

Ainda não conversamos sobre o que aconteceu com Simone. Combinamos que diria tudo a ele assim que saísse do banho. Agora já nem sei quanto tempo estou aqui.

Escutei o barulho do trinque abrindo e logo se fechando. Sabia exatamente quem havia entrado no banheiro. Podia sentir o cheiro do seu perfume. Continuei passando o sabonete em meu pescoço, enquanto via pelo box um vulto tirando a roupa. O barulho dos sapatos sendo jogados no canto, o som do zíper da calça jeans sendo tirada, e meu coração quase saindo pela boca.

Em menos de três segundos, o box começou a abrir, revelando aquela beleza ruiva, que apenas me olhava com desejo.

"Espero que não se importe se me juntar a você no banho..." Estava vidrada demais em suas iris castanhas que esqueci como responder. Apenas assenti com a cabeça, enquanto o ruivo entrava no box totalmente como veio ao mundo.

Engoli em seco aquela visão. Era surreal o efeito que Johann tinha sobre mim. Quanto mais ele se aproximava, mais forte batia o meu coração. Dei espaço para que ele pudesse usar o chuveiro, mas o ruivo parecia ter outros planos.

Ao passar por mim, senti aquele arrepio familiar em minha espinha, apenas pelo simples fato daquela cena me deixar sem palavras. Johann estava de costas para mim, a água quente descia por seus ombros largos, fazendo o contorno de seus músculos. Engoli em seco. O ruivo pegou o shampoo e começou a massagear os cabelos, enquanto a espuma descia por seu corpo, do qual eu não conseguia tirar meus olhos. Controlava-me para não apertar aquela bunda macia e convidativa.

Segurei-me até onde pude, mas no final acabei cedendo aos meus desejos. Peguei o sabonete e comecei a passar em suas costas, fazendo movimentos circulares. E em questão de segundos Johann virou-se de frente para mim, dando-me uma permissão silenciosa para continuar meu trabalho.

Minhas mãos exploravam seu peitoral definido, mais alisando seu corpo do que qualquer outra coisa que estivesse fazendo. Meus dedos subiam e desciam de sua cintura até o pescoço. Acho que sou muito boa nisso, afinal não ouvi nenhuma reclamação.

Ainda estava entretida com a espuma no peito do ruivo, quando senti sua mão segurar e minha com força. Parei na hora para encará-lo com uma expressão confusa. O que encontrei foi um sorriso sacana, cheio de significados. E em um movimento brusco, puxou-me para mais perto dele, prendendo-me no calor do seu corpo quente, tomando meus lábios em um beijo intenso.

Naquele momento, todas as células do meu corpo vibravam excitadas por Johann. A forma como me segurava em seus braços fazia-me contorcer em um desejo primitivo e animal, apertando minha bunda contra sua pélvis. Logo senti sua excitação endurecer em contato com minha pele, o que somente aumentou minha libido.

A beleza ruiva mordia-me o pescoço, deixando chupões e pequenas mordidas, enquanto me ocupava em entrelaçar minhas pernas em sua cintura, encaixando nossos sexos.

Foi selvagem. Foi bruto. Não foi carinhoso, muito menos lento. Johann entrou dentro de mim com força, mas estava tão molhada que não senti o impacto. A cada investida, seu membro duro estocava cada vez mais rápido em busca de sua libertação. Mas estávamos longe do fim, consumidos por uma sede implacável de nos possuírmos. Não queríamos parar tão cedo.

Johann movimentava-se exatamente como deveria para me satisfazer. Como se soubesse exatamente onde estavam todos os meus pontos de prazer.

Rebolava no ritmo que ele orquestrava, gemendo alto demais para minha própria sanidade. Sei que os vizinhos poderiam ouvir, mas isso pouco me importava. Concentrava-me em acabar com todas as forças do ruivo, que diminuiu a velocidade das estocadas, mas não a intensidade.

Beijava-me a boca com tamanho desejo, que nossas respirações tornaram-se ofegantes e descompassadas. Sentia meus lábios inchados, assim como meus seios, que também não foram poupados pelo ruivo.

Depois do que pensei ter sido uma eternidade no paraíso, trocamos de posição. Desci do colo daquele homem gostoso para ficar de costas, aguardando sua punição. O que era mais do que bem vinda e desejada. O ruivo segurou minha cintura, e gemi ao sentir aquela mão grande em minha entrada. Quando o mesmo introduziu um dedo, gemi mais uma vez, contorcendo-me de prazer.

Então fui surpreendida por sua grossura, que subitamente entrou toda em mim, causando-me uma sensação maravilhosa e intensa. Começou a movimentar-se lentamente, procurando seu ritmo, o que logo encontrou, a medida que aumentava a velocidade de suas estocadas. Mas ainda não estava saciada. Queria mais. Muito mais.

Chegamos a conclusão de que o chuveiro era pouco para nós dois. Estávamos completamente excitados, desejando com todas as nossas forças um orgasmo inesquecível. Era só o que importava naquele momento. Mais nada. Nos secamos rapidamente e enrolados nas toalhas, andamos até meu quarto. Bem, na verdade somente Johann andou, pois me carregava no colo, na mesma posição de antes, onde me sentia totalmente confortável com as pernas em volta de sua cintura.

Demorou alguns segundos para conseguir abrir a porta do quarto, pois não queria parar de beijá-lo. E depois de uma breve luta com a maçaneta, enfim a porta foi aberta, meu corpo foi jogado na cama e sobre mim veio aquela pessoa que estava me proporcionando muito mais do que apenas sexo.

Isso ia além do físico. A conexão. Dominei Johann e assumi o controle, ficando sobre ele. Segurava seu peitoral procurando apoio para nosso encaixe, o que consegui habilmente rápido. Não queria perder mais tempo. Queria minha liberação. Comecei a cavalgar em seu membro, sentindo toda a extensão e grossura, encontrando o que buscava. Em pouco menos de minutos, acabei gozando, sentindo todo o meu corpo tremer sobre a delícia ruiva, que também chegou ao clímax totalmente envolvido pelo meu orgasmo.

Acabei exausta, deitada sobre Johann, ouvindo as batidas descompassadas de seu coração.

A garota dos fones de ouvidoWhere stories live. Discover now