Capítulo 9

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Rato

Descemos pra pista em direção ao banco. A equipe já se conhecia, então estávamos no mesmo pique de sempre. Salvo um vapor que Pezão mandou pra ajudar, ele queria mandar mais homens, eu falei que não precisava, mas ele alegou que já que eu tava pensando muito na merda que podia dar com os gambé, então quanto mais homens melhor. Foi maior labuta pra convencer ele. Aí veio esse Zé aí. Era o único que não tinha costume com nosso ramo, mas era de confiança, vapor nosso desde novo. 

O caminho foi rápido, até demais porque pra mim, chegamos muito ligeiro, já que eu vim o caminho todo pensando no que podia dar errado, e o que fazer se caso desse mesmo.

Descemos todos como sempre, entrando rápido no banco, ao mesmo tempo, claro que cada um na sua posição. Eu tava agoniado, olhando pra todos os lados, pois a sensação ruim só tava piorando.

Pequeno: Bora todo mundo aqui na minha frente se não quiser conhecer papai capeta mais cedo!

Lógico que no início foi aquela barulheira de sempre

Menor: Cala a boca Caralho, e anda rápido Porra, cês são surdos?

Olhei pra ele confirmando com a cabeça, pois eu tava pra fazer a mesma coisa, hoje não tava com paciência. Olhei pros vapor que só podiam tá achando bonito a cena, já que estavam parados observando

Rato: Bora bora Porra! Tão esperando o quê aí? - olhei pro Pequeno dando o confere nós reféns, pra ver se estavam todos amarrados. Confiava nele, mas a sensação não me abandonava. Tinha algo errado . 

Observei com atenção todo o banco, e reparei que atrás do balcão, no chão, tinha a ponta de um sapato social. Puta que me pariu! Tinha um refém escondido ali, e nesse meio tempo, ele já deve ter acionado a polícia toda do Rio de janeiro. Fui a passos largos atrás do sujeito, que como eu desconfiava , tava com um celular na mão. Que desgraça! Levantei o fulano pela gola com força, e encarei bem ele. 

Tava apavorado, isso era nítido. Nem falei nada, tava virado nos inferno, apenas tomei o celular da mão bruscamente, e confirmei que ele tinha ligado pro 190. Dei lhe um murro nos córneo com tamanha força que escutei os ossos do nariz quebrar. E aquilo me agradou, sentimento de satisfação, a primeira daquela semana, e então eu não parei. Continuei a bater no sujeito sem prestar a mínima atenção na gritaria que ele tava fazendo.

Em nenhum momento eu disse uma palavra, queria apenas bater. Até que Menor me tirou de cima dele, me olhando com o semblante surpreso, ou assustado talvez.

Menor: Rato, tá maluco meu irmão! O que tá acontecendo com você?

Foi ai que olhei ao redor, cheio de rostos apavorados. Povo ficou Com medo, pra dizer o básico. O sujeito que bati tava Bem vivo, pois tava gemendo igual uma mocinha ali jogado no chão. 

Rato: Vambora sair daqui agora! O que pegou, pegou. Os gambé deve tá chegando já.

WM: Rato! Porra Rato, eles tão a duas quadras daqui. Devem ter pegado outra rota, sei lá. Sai daí agora Caralho!

Rato: Bora Bora Bora 

Gritei pra eles virem do jeito que estavam. Tava tudo dando errado, do jeito que eu pressenti. Como foi que as coisas saíram do meu controle assim? Estávamos todos saindo do banco rápido, todos passaram na frente, e eu fui atrás seguido do vapor que patrão mandou. Quando íamos saindo, vi um dos seguranças pegar a pistola dele. Não deu nem tempo de eu reagir, pois o bendito vapor atirou bem na testa do sujeito.

DESGRAÇA EM CIMA DE DESGRAÇA!

Rato: Aii meu Caralho! Que porra!  Bora, no morro a gente conversa.

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