Capítulo 21

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Pequeno

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Pequeno

Oque deu em mim em aproximar de uma menina de 15 anos e eu com 25?

 Porra! Tenho idade de ser irmão dela, mas a minha vontade e de pegar ela e proteger de tudo , ainda mais pelo oque eu soube daquele filha de uma boa mãe do padrasto fez com ela.

A primeira vez que a encontrei, ela tava na janela da casinha que eles tavam ficando. Ela olhava a comunidade com um olhar tão triste, tão sofrido. Mas ao mesmo tempo era tão bonita, que não resisti em puxar assunto:

Pequeno: Ôôu! Pensando na morte da Bezerra? - ela olhou pra mim bem séria - como se chama? - não me respondeu - Ah! Qual é? Só quero saber seu nome novinha

Ela me olhava fixamente, mas suspirou fundo, virou as costas e saiu. ELA SAIU?? me deixou falando sozinho? Não aceito isso, mas não mesmo! Olhei pro lado, procurando a fofoqueira de plantão. E ela tava lá do outro lado da rua.

Pequeno: e aí Dona Lourdes, como tá a senhora?

D. Lourdes: vou bem meu filho, e vc?

Pequeno: só na correria. Aí Dona, qual foi dos novos moradores daí? - apontei pra casinha que eu tinha visto ela

D. Lourdes: Não sei meu filho, chegaram aí hoje. São um casal de irmãos. O rapazinho vejo saindo sempre, agora a mocinha só fica ali naquela janela. 

Minha curiosidade foi a mil com isso. 

Pequeno: sério D. Lourdes? Porque será hein? - eu já tava debruçado na janela me sentindo a Fifi do morro

D. Lourdes: não sei direito filho. A Maria do beco 17 disse, que a prima da vizinha dela que mora lá embaixo falou, que eles vieram corridos lá de onde moravam. Vai ver são matadores. 

Pequeno: Será Dona? O melhor é ficar de olho viu Dona Lourdes. Qualquer coisa estranha a senhora me fala viu. E outra, vou sempre tá por aqui pra saber as novidades.

Sai dali indo pra boca. Rato ia pra lá conversar com Pezão, acho eu que era serviço novo. Meu parceiro Rato é muito bom no que faz, desde novo. Conheci ele lá no centro, quando ia roubar os playba lá. Minha mãe na época era doente, e não podia trabalhar. O bosta do meu pai assim que ela adoeceu se picou com uma nega com a metade da idade dele. Tomara que tenha tomado chifre até no cu também

Então, desde essa época que assaltavamos juntos, não nos separamos nunca mais. Ele é meu irmão, meu parceiro de vida. Passei o dia ajeitando a correria do assalto que a gente ia fazer. A noite conheci o irmão da novinha, e o moleque é gente boa. 

Mas era ela que não sabia da minha cabeça. Todo dia ia até a rua da casa dela, e sem que ela visse, eu ficava a observando.  Aquele olhar me perturbava. Parecia um olhar perdido, sem vida. E também, todo dia ia na dona Lourdes vê se ela tinha mais informações pra mim. 

Hoje tinha pagode lá na praça e eu iria, mas antes ia fazer um agrado pra novinha. Fui na pizzaria, todo mundo curte pizza então não tinha erro. Quando tava no balcão, vi um bombons avulsos lá. Pedi um e um papel com caneta. Ia escrever um bilhete.

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