Capítulo 28

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Esse capítulo é especial pras amigas: Futura vovó Giselly, Sarah e Carol. Não quero ninguém me ameaçando crise se ansiedade viu hahahahah




Alícia

Montei na moto com Pequeno contrariada. 

Eu perguntei, fui Clara: vc tem mulher ou filhos? E o cara de pau me respondeu na maior tranquilidade que não.

Olha, dentre as coisas que odeio: primeira delas é mentira. Por mais difícil ou dolorosa que seja, me fala a verdade. E deixa que eu decido se é boa ou ruim. Não existe boa vontade quando o assunto é mentira, pelo menos na minha concepção.

Outra coisa: Não aceito traição. Quer seja eu a ser traída, obviamente, ou, seja eu o objeto da traição. Eu levo sempre um lema na minha vida, eu não faço com outros o que não gostaria que fizesse comigo. Não tem essa que o respeito tem que partir dele, está certo, quem tem o compromisso é ele, mas isso não significa que eu deva facilitar pra uma baixaria dessa.

Eu realmente iria beija-lo. Queria sentir o gosto da sua boca e estava realmente fora de mim. Se Pequeno não tivesse chegado, eu teria o beijado e sabe-se lá onde iríamos parar, Provavelmente na cama dele. Eu deveria agradecer Pequeno, porque iria de encontro a todos os meus princípios, mesmo sem saber.

Quando dei por mim, já estávamos em frente a pensão. Ele parou a moto, e me estendeu a mão para que pudesse descer, já que a moto parecia um cavalo de tão alta. Olhei dentro do estabelecimento, e nenhuma das meninas tinham chegado ainda. 

Alícia: Elas ainda não chegaram.

Pequeno: Tá cedo Drª. Vamos sentar ali na pracinha e esperar um pouco.

Fomos até a pracinha, sentando em um dos bancos olhando as crianças brincarem. Vendo elas, lembrei de mim e Matheus no orfanato. Lembro do dia que cheguei, eu tava tão assustada, e ele tão arisco. Mas logo fizemos amizade, andávamos juntos, brincávamos juntos. Prometemos proteger um ao outro, e olha pra nós agora. 

Eu não reconhecia ele. Não que esteja reclamando, pois mesmo ele sendo o que é, estou feliz em encontrá-lo. 

Alícia: Tem tempo que vc conhece ele Pequeno?

Pequeno: uma cota já

Alícia: como vcs se conheceram?

Pequeno: lá no asfalto, eu ia fazer meus corres por lá. 

Alícia: eu não entendo. Por que ele entrou pra essa vida? 

Pequeno: nem todos tem oportunidade Drª. Quando conheci Rato, ele tava com fome, sem emprego e sozinho. 

Suspirei exasperada!

Meus pensamentos se resumiam em o quanto me sentia culpada. Eu deveria ter me esforçado mais, em voltar antes. Sei lá, enfrentado meus pais ou pedido mais. O sentimento de que uma atitude minha, poderia ter mudado o futuro dele, estava me corroendo.

Meus pensamentos foram interrompidos com a chegada de Majo com o WM. Eles vinham rindo muito. Minha irma parecia estar feliz, e ali eu percebi que precisava apoiar mais, já que era esse sorriso sincero que eu queria ver. 

Majo: Irmã, e aí? Como foi a "Conversa" com o Rato? - disse fazendo as aspas com os dedos

Alícia: Normal. Na semana iremos discutir o processo na minha sala.

Majo: Só isso? - falou com uma cara de decepção que deu até dó.

Alícia: Oxe? E o que seria mais?

Réu- FINALIZADA Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora