Capítulo 36

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Rato

Os dias estão passando, e eu nunca fui tão feliz como agora.

Nunca mais quero perder minha Ameixinha de vista. Ela é inteligente, doce e engraçada. Tudo que eu nem mereço na minha vida, mas já que Deus foi bom o bastante pra me dar, eu vou fazer por merecer.

Estamos ficando firme.

Não sei bem que tipo de relacionamento é o nosso. Quer dizer, a gente passa as horas vagas juntos, e conversamos o tempo todo por telefone. Eu tenho um ciúme fudido dela, e ela tem de mim também.

Quase não brigamos, e quando acontece, sempre é pelo mesmo motivo: Natália!

Ela cismou com a Nat, vive enchendo meus ouvido de reclamação por causa dela. E Natália não ajuda em nada também. A louca tá me perturbando com essa história de ser fiel. Vai cair do cavalo bonitinho ela.

Agora tô aqui na sala do Pezão, junto com os outros ouvindo ele ditar ordens pra os vapor. Dizendo ele que tá tudo quieto demais, tá sentindo o cheiro de merda de longe.

Acho que quando se é frente de um morro como o Alemão, tem que ter instinto. E se o do homem tá dizendo que tem coisa errada por aqui, é porque tem.

Rato: Pezão, e nós? - perguntava sobre nosso posicionamento

Pezão: Quero vcs comigo - viu WM digitando ao celular - Ôôu! Ouviu o que eu disse?

WM: Claro que sim Patrão, só tô dando o papo em Majo pra não vir aqui sozinha.

Rato: tá certo. Alícia vai trabalhar até tarde hoje, ela falou.

Quando ele ia abrir a boca pra me responder, os fogos foram ouvidos. E muita gente gritando lá fora que era invasão.

Nos armamos até os dentes, colocamos o colete e seguimos pra guerra.

Saímos nos esgueirando junto aos muros até chegarmos a lage onde sempre o Patrão ficava. Lá era alto, e dava pra ver o morro todo. De lá de cima, fomos atirando em todos os rivais que vinham tentando subir.

Menor: Da onde é esse povo? - gritou por cima dos tiros

Pequeno: CDD moleque. CDD!

Cada um de nós estava em uma extremidade da lage, pra garantir a visão do morro em 360º

WM: Eles tão vindo por aqui - gritou e nós fomos lá olhar, tinha um grupo de mais ou menos uns 10 homens vindo por uma estradinha lateral

Menor: Por aqui também - corremos pra lá, e tinha mais ou menos a mesma quantidade de homens

Pezão: Que porra! Tão vindo por essas entradas ao mesmo tempo.

Rato: Não é todo mundo que sabe dessas passagem. Como descobriram?

Pezão: Tem X-9 aqui Caralho - Pegou o rádio - Quero dois grupos de 10 homens aqui no beco 13 agora.

Rato: como vamos fazer? - perguntei sem parar de atirar

Pezão: WM, vc conduz um grupo lá pela saída sul. E Pequeno, vc vai lá pela norte.

Os dois acenaram concordando, e desceram rápido.

Menor: E nós?

Pezão: Nós vamos procurar esse x-9 filha da puta!

Assim descemos também. A medida que íamos caminhando, mais íamos atirando. Tinha muitos corpos na rua, muito sangue no chão.

Chegando próximo a praça, de longe vi Natália batendo desesperada na porta do Bar do seu Deco. Ele abriu, e só vi quando seu corpo cambaleou com o impacto da bala.

Ele caiu! Olhei procurando o autor do tiro mas, antes que eu o achasse, Menor já tinha acertado ele bem no joelho

Menor: Acho que encontrei o traidor Patrão!

O filha da puta tava no chão, sentado gritando com a mão no joelho. Não é pra menos, eu imagino que um tiro no joelho deve doer pra caramba.

Seguimos atirando, em todos os rostos que não eram conhecidos por nós que aparecia na nossa frente.

Agora a gente mandava bala também em qualquer um que tentava ajudar o viado que se contorcia a uns metros de nós. Daqui nós escutávamos, os gritos que Bruna dava, mas a bala tava comendo e não dava pra chegar até ela.

Até então, pois os tiros foram diminuindo, e nós avançando.

Pezão: Avança! Avança nesses filho da puta! - gritava no rádio.

Quando encostamos nele, já olhava pra nós pedindo clemência

Pezão: Esse não era dos seus Rato?

Rato: Era! Não era, Bomba?

Bomba: R..rato - gagueja mesmo - P..Patrao, eu sou dos nossos. Tá me estranhando Patrão?

Menor: Se seu Deco morrer, eu mesmo vou fazer questão de te matar -falou pisando no joelho fodido, provocando um grito dele

No mesmo instante, ouvimos Bruna gritar por socorro.

Pezão: Vem aqui pegar um finado pra levar pra casinha. - falou no radio - bora lá ver o dono do bar

Seguimos até o bar, e o Menor bateu na porta, pedindo as moças que abrisse pra nós. Quem abriu foi Natália, dando passagem a Menor. Quando fui passar, ela pulou no meu pescoço.

Nat: Aí Amor! Eu tive tanto medo!

Rato: Já passou Nat - Passei as mãos nas suas costas, tentando afasta-la, mas ela não entendeu eu acho pois continuava me apertando

Nat: Fiquei preocupada com vc

Rato: Valeu ai. Como pode ver, tá tudo sussa - falei tirando doando meu pescoço

Minha atenção foi direcionada ao desespero do Menor ao ver sua irmã desmaiada

Menor: Rato, pelo amor de Deus, me ajuda. Eu não sei o que fazer

Ora ele olhava pra irmã desacordada nos seus braços, ora ele olhava pra Bruna que chorava abraçada ao pai.

Rato: Calma garoto. - peguei meu rádio - qualquer um que tiver na escuta, traz um carro aqui no bar do seu Deco pra ontem.

Pequeno: Qual foi Ratoeira?

Rato: Seu Deco tomou um tiro. E a irmã do Menor tá desmaiada aqui e eu na... - Ele nem deixou eu terminar

Pequeno: Ela o quê? - Gritou - tô chegando aí agora

Não deu 2 minutos ele tava lá, pegando a moça apressado no colo pra por no carro. Menor ia reclamar disso, mas eu o impedi

Rato: Tem outra pessoa que também precisa de vc meu bom! - apontei pra Bruna

Ele assentiu e foi lá ajudá-la. Encostei perto de Pezão que analisava a cena atentamente

Pezão: Vc percebeu o mesmo que eu? - acredito que ele se referia ao desespero de Pequeno pela mocinha desfalecida

Rato: Percebi e não quero nem ver o risca faca que isso vai dar viu.

Pezão: Se ele tiver pegando mesmo, eu não vou me intrometer.

Rato: Nesse caso, acho que nem eu me intrometo.

Colocamos seu Deco no carro, e seguimos pro posto. Rapidamente apareceu atendimento, apesar da lotação do local. Estar acompanhado do Patrão tem lá suas vantagens.

Depois de um longo período de tempo, com Pequeno andando de um lado pro outro igual barata tonta, e Menor ao lado da Bruna, um médico veio:

Médico: Familiares de Marianne?






E aí..?

Réu- FINALIZADA Where stories live. Discover now