Capítulo 11. Dia de Jogo

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Maio, 2001

Depois de descobrir que Melanie também estava a fim de mim, eu pensei que teria que criar uma oportunidade para que eu pudesse beijá-la, já que eu perdi a chance não apenas uma vez, no cinema, mas como duas, quando não a beijei no meu carro ao deixar ela em casa.

Então no caminho para minha casa, eu pensei na oportunidade e eu tive uma ideia, mas o problema era de que eu ia precisar da ajuda de ninguém menos que minha mãe! É, isso mesmo, dona Sylvia iria me ajudar, mas claro que ela não poderia saber de forma alguma do motivo!

A ajuda dela consistia em somente convencer o meu pai de eles irem para a nossa casa de praia em Stock Island, em Florida Keys, para passarem o fim de semana.

O meu primeiro jogo da temporada era na sexta, eles iriam ao jogo obviamente, mas no sábado pela manhã, eles iriam para Stock Island, deixando a casa livre para mim e eu poderia fazer uma festa pós-jogo comemorando a vitória. Eu estava muito confiante que ganharíamos o jogo e confiante quanto a oportunidade que teria com Mel na festa. Mas claro que a minha mãe não sabia dos meus planos de dar uma festa na sua belíssima e arrumada casa e desconfiou dos meus motivos ao sugerir que eles fossem para Stock Island passar o fim de semana, depois do meu primeiro jogo.

Era uma quarta-feira quando eu estava estudando e minha mãe entrou no meu quarto me trazendo um lanche e sugeri de forma casual que eles fossem para Stock Island no fim de semana.

— Por que está sugerindo isso? – Ela perguntou desconfiada parada na porta do meu quarto, com uma mão apoiada no batente e a outra na cintura.

— Ah, por nada. Só pensei que seria legal para vocês relaxarem – disse, dando de ombros. – Meu pai está um pouco estressado do trabalho essa semana, não notou? E também para vocês terem um momento sozinhos.

— E você pensou nisso logo depois do seu jogo de estreia?! – questionou, cruzando os braços, mais desconfiada ainda. – Você pensa que eu sou idiota, Phillip?! Que eu não tive a sua idade? Está querendo a casa livre para você dar uma festa de comemoração pós-jogo!

Eu já deveria saber que a minha mãe não era idiota.

— Está bem! – Ergui os braços me recostando pesadamente na cadeira. – Eu queria mesmo dar uma festa – admiti e olhei para ela.

— Mas nem pensar, Phillip Andrew!

Mesmo negando eu agradeci por ela não dizer também o meu sobrenome Thompson. Seria um péssimo sinal de que ela seria irredutível.

— Mãe, vai ser só alguns amigos meus. Não vai aparecer muita gente – argumentei e ela riu com ironia e me olhou.

— Phillip, você é o quarterback, ainda pode ser o reserva, mas você já é bastante popular no colégio e quer que eu acredite que você vai dar uma festa na minha casa e só vai aparecer alguns amigos seus?! Que não vai aparecer muita gente, em um sábado à noite?! Eu tive a sua idade, Phillip, eu cansei de ir para festas dos populares, eu sei muito bem como são, então nem pensar – ela argumentou firme –, nada feito! Seu pai e eu ficaremos aqui. Nada de festas – disse decidida e se virou, encerrando o assunto.

Mas eu não ainda não tinha sido derrotado, eu ainda tinha uma carta na manga para usar, eu sabia muito bem o que falar para convencê-la.

— Bom, é uma pena. A Mel estava ansiosa por essa festa. Infelizmente vou ter que avisar a ela e a galera de que não vai haver mais – falei, virando a cadeira e alcancei o meu celular em cima da mesa.

— A Melanie ia vir? – Ela perguntou e eu contive um sorriso.

Eu tinha acertado em cheio o ponto fraco dela.

Obsessão: A História de Phillip Thompson - Vol.1Where stories live. Discover now