O passado de bardock e gine(concluída)

E agora ou o que faremos?

Passados longos minutos que soaram como horas, Gine finalmente sai enrolada na toalha. Eles se encaram por alguns instantes e Gine apertava com força a toalha, era como se buscassem respostas um no outro... ela havia lido sobre isso, ela sabia exatamente o que havia acontecido, ela sabia que a culpa era dela por começar aquilo, que ela não havia consigo subjugar seu oozaru... mas porque ele não parou?

Porque ele não conseguiu subjugar o dele...

Porque ele deixou isso acontecer?

Ela cerra os punhos e lagrimas descem de seus orbes ônix

Ele a olhava, mas não tinha nada que pudesse falar

Então ele se levanta e a abraça afagando sua cabeça colocando contra seu peito... talvez tudo ficasse bem e somente isso, afinal eles se queriam, não é? Pra que complicar as coisas?

-Porquê Bardock? Porque não me controlou? Porque não se controlou?.... – Ela fala enquanto o jovem sente seu macacão molhar com as lagrimas de Gine.

Aquilo pegou Bardock de surpresa, aquela reação dela, ela não estava feliz? Ela não queria ter se vinculado a ele? Então o que ele deveria fazer? Fingir que não se importava? Ser indiferente? Ele não sabia se conseguiria...

- Me desculpe... – ele fala com dor na voz, ele não gostava de vê-la chorar, ainda mais que se pensando, ele tem provocado mais lágrimas que alegria na vida de Gine desde que seus caminhos se cruzaram, ele se sentia responsável por aquilo. Ele jurou protege-la, mas é o que mais a tem ferido. – Foi... muito mais forte que eu, mais forte que minha existência, no início eu até tentei, mas fui fraco eu não fui capaz de subjuga-lo. Meu oozaru escolheu você, e eu não posso lutar contra. Eu perdi minha sanidade tentando lutar contra ele... tentando lutar contra nós, juro que tentei me manter neutro como você desejava...

Gine ouve tudo aquilo em silencio, ela mesmo estava confusa diante de tudo aquilo, ela não estava pronta pra aquilo, pronta para os dois, ela não queria as coisas daquela forma, ela não sabia o que esperar ou como reagir, não queria que ele estivesse com ela por causa de um vínculo estupido, queria que ele estivesse com ela por querer, queria que se fosse para aquele vinculo existir que fosse de livre e espontânea vontade e não inconsciente, e o para Gine o fato de fazerem aquele vinculo insciente, só a provava que os dois não deveriam estar juntos, tudo era inconsequência. Ela se sentia estranha, perdida, confusa, com medo... e após alguns segundos ele finalmente a sente o abraçando. E pela primeira vez desde que eles estiveram juntos como oozarus ele se sentiu feliz, completo... ele a queria, sim... era sua... suspirou pesado e pensou finalmente, ele a queria e se ela o quisesse eles ficariam juntos. As duvidas pareciam começar a se organizar em sua mente finalmente.

Então Bardock pega Gine no colo e a leva até a cama ele senta a mantendo no colo.

Eles ficam abraçados por alguns minutos completamente em silencio só havia o calor dos corpos de ambos, somente a respiração e os batimentos naquele instante.

Após o longo silencio ele fala

- O que você gostaria de fazer agora? – ele sentia o peito apertado e tinha medo da resposta dela, pela primeira vez na vida ele se sentiu acuado.

- E-eu não sei... não sei se é possível lutar contra isso... – Gine hesita – não é o certo, nem pra mim, nem pra você

Bardock sentiu um grande peso nas palavras dela e agora se perguntava se realmente eles tinham que ficar juntos.

- Vamos fazer o seguinte... não se sinta presa ao vinculo comigo, vamos fingir que nada aconteceu. Ninguém precisa saber, mas você vai ter que tampar suas marcas pelo menos por enquanto. Se o que temos não for recíproco, se foi somente a mudança da fase de nossos corpos, então as marcas sumirão com o tempo... – concluiu o jovem

- Mas, e se for recíproco? – pergunta Gine com incerteza

- Bom isso seria um problema, pois os oozarus não aceitam nenhum outro parceiro além do que eles já escolheram, e provavelmente, não teríamos cria com qualquer outro parceiro. E na pior das possibilidades de ir contra ele, é a insanidade como testemunhamos a poucas horas atrás, e se o animal não for satisfeito a sua forma oozaru não dominara somente a mente, mas o corpo como um todo ao ponto que nada será capaz de pará-lo.

- Então o que faremos? – Gine pedi

- Como eu te disse, mantenha-se calma e finja que nada aconteceu, se seu desejo ficar muito grande e você sentir que não vai conseguir se controlar, me avise... vamos ter cumplicidade pois assim como você eu também corro os mesmos riscos. E enquanto não descobrimos uma forma de quebrar esse vínculo de alguma forma, ou nos entregar definitivamente a ele vamos continuar fingindo que nada aconteceu...

- Você sabe que isso vai ser extremamente complicado não sabe? Se você está como eu estou seus sentidos estão operando no máximo não estão? – ela pergunta e Bardock consente com a cabeça

-Você sabe que qualquer fêmea que encosta em você eu sinto o cheio, e que eu posso não me controlar... assim como você... o oozaru é possessivo e dominante não sabe?

e mais uma vez ele consente com a cabeça.

- E você está disposto a deixar que todos saibam que temos um vínculo caso você não consiga se conter ou mesmo eu?

-Gine, eu já não me importo mais com o que os outros vão dizer. Tudo isso que estou fazendo é para tentar te proteger... te dar uma escolha... mesmo que eu fique infeliz, mesmo que eu fique insano... você merece seguir em frente... Eu odeio ver você chorar.

Eles trocam olhares por alguns instantes, ambos em silencio, ambos se compreendiam apenas no olhar... era possível ver toda a transparência de ambos...

Mais uma vez vulneráveis...

Mais uma vez não havia mais barreiras...

Poderia ser tudo simples... um final feliz e ponto.

Mas não era tão simples...

Não havia ninguém que os impediam...

Não havia nada que os barrassem...

Mas tinha algo que não os deixavam seguir juntos... a inexperiência.

Ambos tinham ambições diferentes, planos diferentes, futuros diferentes... como fariam? Como venceriam esse empecilho? Será que seriam capazes mesmo de aceitar um ao outro mesmo sendo tão diferentes?

Essas perguntas ecoavam pela cabeça de ambos, então o silencio e rompido.

-Bom chegaremos ao planeta em 16 horas, acho que deve comer algo, se vestir e se preparar... – ele fala finalmente – tomei a liberdade de trazer um traje para você.

Então ambos se levantam... eles se olham e ele sai pela porta a deixando sozinha.