Unwelcome Guest

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Kara esperou Lena e Sam desaparecerem de sua visão para, finalmente, poder marchar para longe dali

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Kara esperou Lena e Sam desaparecerem de sua visão para, finalmente, poder marchar para longe dali. Estava sentindo calafrios por todo o seu corpo, a água gelada do lago e o vento contra sua pele fizeram com que a garota cruzasse os braços em uma tentativa de se aquecer. Kara ouviu Gayle chamá-la, e até mesmo Barry seguir a mesma tentativa, mas ela resolveu os ignorar.

A jornalista andou de volta para a terra firme, ela queria sair daquela ponte não tão confiável. Kara viu sua irmã parar de correr e se curvar colocando as mãos sobre os joelhos, a ruiva respirou fundo e voltou a ficar ereta quando Kara parou diante de si.

— ENLOUQUECEU, KARA?! VOCÊ NÃO SABE NADAR! — gritou, assustando a irmã, Kara permaneceu calada como se aceitasse sua bronca — Se eu tenho que aguentar esse circo aqui, você também vai ter que aguentar comigo. Nada de escolher caminhos curtos e se suicidar! — Alex viu a confusão na expressão da irmã e isso a fez girar os olhos — Vem, você precisa de roupas secas.

Kara se aproximou da irmã, as duas caminharam lado a lado pela imensidão daquele gramado.

— Ela me salvou... — sussurrou, estava preocupada se alguém, além de Alex, ouviria.

— Gayle? — perguntou incrédula — se eu fosse você, teria me afogado mesmo, porque ela não vai parar de falar que salvou o dia e

— Não, não foi a Gayle — retrucou cortando as palavras de sua irmã antes que aquilo virasse uma outra confusão — Lena. Ela veio ao meu resgate, ela pulou do cavalo, ela pulou no lago, ela me salvou...

Alex parou seus pés para poder dar sua total atenção a irmã, ela analisou aquele olhar, um olhar esperançoso como se Kara estivesse alimentado algo que só iria machucá-la, ela conhecia aquele olhar... Alex sabia que não era um bom.

— Ela não queria que a melhor amiga de sua noiva morresse em um lugar de comemorações, qualquer um faria isso Kara — e com aquelas palavras, Alex destruiu o que, cautelosamente, Kara havia usado como esperança — Olha, eu entendo que você queira buscar qualquer ação, que queira se apegar a qualquer palavra, mas você não pode Kara... Você não pode criar expectativas quando sabe que tudo vai acabar da mesma forma: com você machucada e se martirizando por ter achado que dessa vez seria diferente.

Doeu ouvir aquele conselho de Alex, doeu de uma forma que Kara não esperava, mas mesmo assim ela conseguiu entender o motivo de sua irmã ter agido de forma cruel. Kara concordou ao final de seus pensamentos, e, sem se importar, Alex passou seu braço ao redor do ombro da irmã para abraçá-la de lado, plantou um beijo na têmpora alheia e sorriu.

— Quer um conselho?

— Achei que esse era o conselho, não sei se quero outro desses — Alex girou os olhos ao ouvir o comentário da irmã — Ok, me fala... — disse não aguentando de curiosidade.

— É difícil deixar alguém ir, é difícil você dar o primeiro passo e abrir mão. Talvez seja a coisa mais difícil de se fazer, mas também é a maior prova de amor. Amor por deixar o outro ser feliz, amor próprio por deixar de sofrer com a situação. Então, Kara Danvers, está na hora, não acha?

Dear True LoveWhere stories live. Discover now