Kara Danvers acreditava no maior conto de fadas já apresentado, ela acreditava em amor verdadeiro e com ele todos os caminhos que a levaria para seu perfeito "Felizes Para Sempre". Ela só não esperava que seu querido amor verdadeiro chegasse na hora...
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Lena marchou em direção ao escritório aonde sabia que iria encontrar a exata pessoa que estava em sua mente, não importou-se de ser anunciada, ela simplesmente entrou.
Lionel e Lillian conversavam. O elegante homem segurava um de seus charutos, estava com as pernas cruzadas e uma pose familiar para Lena, já Lillian não tinha nenhum drink na mão, e isso era estranho. A conversa entre os dois terminou de forma cúmplice, a meias palavras. Lionel olhou para a porta e sorriu ao ver a filha.
— Sente-se, querida. Junte-se a nós — Lionel esticou a mão e pegou a caixa de charutos, ofereceu à filha, mas Lena negou.
— Você poderia nos dar licença, papai? Preciso conversar a sós com Lillian — ao usar o nome de sua mãe, Lena adiantou o tom da conversa.
Lionel olhou para a esposa e esperou a ordem silenciosa, o homem levantou-se e despediu-se de ambas com um beijo no rosto, Lena podia sentir o cheiro forte do charuto impregnando em si pelo simples ato. Lionel fechou a porta ao sair, e Lillian inclinou-se na cadeira confortável de couro.
— A última vez que você me chamou de Lillian foi quando eu comprei aquele jatinho de última hora porque cansei de esperar meu voo — Lillian tentou aliviar o assunto que viria, mas não conseguiu.
Lena aproximou-se, suas mãos descansaram na madeira vitoriana da mesa que a separava de Lillian.
— O que está tentando fazer, mãe? Espera, eu sei exatamente o que está querendo fazer, eu só quero saber o motivo — Lena não estava chateada por Sam ter errado quase todas as questões, ela estava chateada porque sua mãe estava feliz com o pequeno caos — você acha que isso é uma brincadeira?
— Me diga você, é uma brincadeira? — a serenidade na voz de Lillian irritou sua filha — o que estamos fazendo aqui é uma brincadeira? Porque, me perdoe, mas é o que parece.
— Não se atreva, não se atreva a achar que sabe como eu me sinto!
Lillian levantou da cadeira e ficou diante da filha, o olhar fixo e intimidador para outros, mas não para Lena.
— Você começou a namorar essa garota há poucos meses, você nunca, você nunca, em momento algum, falou sobre ela. Por Deus, eu só descobri que você estava namorando quando apareceu com essa garota em minha casa, então, do nada, você decide se casar? Casar com alguém que eu não vejo você parecer animada? Apaixonada? Por que está casando se não é o que você quer, Lena?! Por que está fazendo isso?
Lena engoliu suas próximas palavras, não para preservar sua mãe, mas porque ela não sabia se eram as certas para si.
— Eu tenho certeza de que Samantha deve ser uma boa pessoa, e que você tem muito carinho por ela. Então, é isso que você quer? Prometer o "para sempre" quando ele te assusta quando se está com a pessoa errada?
Lillian viu as lágrimas repentinas ficarem presas nos olhos que ela tanto amava, ela queria dar a volta a mesa e abraçar sua caçula, ela queria a acalentar sua protegida, porém, naquela discussão, sua posição precisava ser a da carrasca, a que machucaria porque era a única forma de despertar algo na mulher.
