Distance

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— Eu sinto muito por não está aí, querida

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— Eu sinto muito por não está aí, querida.

A voz delicada da mulher fez Sam sorrir, a imagem de Eliza na tela de seu notebook a fez sentir em casa, nos momentos nostálgicos. Falar com Eliza sempre a levava para lembranças puras de sua infância, aonde ela encontrou, na cientista, uma mãe de verdade.

— Eu entendo, Eliza. Eu sei que foi um sacrifício para Kara, e até mesmo para Alex.

O sorriso da loira perdeu-se com aquele comentário.

— Quando Kara me falou que Alex resolveu embarcar nessa viagem, eu não acreditei.

— Ela provavelmente vai me assassinar a qualquer momento, mas resolvi correr esse risco.

A gargalhada gostosa de Eliza voltou a animar a noiva, ela sentia falta da mulher, sentia falta dos conselhos, dos abraços, do colo de mãe. Talvez um dos motivos de tanta implicância de Alex com Sam, era porque Eliza sempre fez da CFO sua filha.

— Engraçado como a vida gosta de reviravoltas, não é? Eu sempre achei que seu casamento seria em outras ocasiões, com alguém diferente.

— Lane? Eliza, eu sei que você amava Lucy, mas nunca daríamos certo.

Eliza negou, mas não deu um outro nome para seu comentário.

— Eu tenho que ir agora, querida. Me faz um favor? Pede para Alexandra me ligar, porque já cansei de deixar recados em sua linha.

— Tudo bem. Posso esperar você no dia do casamento?

Eliza sorriu, mas ainda não era o que Sam conhecia ser um verdadeiro.

— Claro, querida. Eu não perderia por nada. Diga a sua noiva que mandei lembranças.

— Claro que digo respondeu e logo sorriu.

As duas despediram-se com um aceno, até que Sam desligou a vídeo chamada. Sam deixou seu corpo cair para trás contra o colchão, o teto inalcançável fez a mulher sentir-se pequena, minúscula naquele ambiente. Falar com Eliza havia aliviado a leve onda de melancolia que permanecia na CFO desde a noite passada.

Sam apoiou seus cotovelos no colchão e olhou para a porta do quarto, ela queria ter a certeza de que continuava fechada. Voltou a ficar totalmente sobre a cama, puxou o notebook para as suas pernas, os dedos ágeis encontraram algo escondido no fundo de seus arquivos. As imagens da infância e adolescência estavam eternizadas ali, a nostalgia atingiu-lhe de forma gostosa, como se quisesse reviver aquela imagem de Kara em suas costas enquanto a carregava; ou quando vestiu-se de coelho, Kara de ovo páscoa e Alex, irritada ao ser obrigada, vestiu-se de cenoura. Era ridículo e ao mesmo tempo adorável. Sam gargalhou ao lembrar o quão rabugenta Alex estava ao ser obrigada a tirar a fotografia, eram lembranças boas que simplesmente, por falar com Eliza, a fez querer reviver tudo.

Rolou as diversas imagens e parou em uma delas, seu olhar subiu da tela para verificar mais uma vez a porta, em seguida voltou para a imagem. Ainda incerta, seu dedo repousou sobre a tecla, estava com dúvida se expandia ou não, o impulso negou qualquer conversa que Sam pudesse ter. A tela do objeto mostrou Sam e Alex, ambas aos dezessete anos, Sam jamais poderia esquecer aquela foto, aquele dia.

Dear True LoveWhere stories live. Discover now