Deadly Dinner

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Lillian andava pelos infinitos corredores daquele castelo como se estivesse conhecendo-o pela primeira vez

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Lillian andava pelos infinitos corredores daquele castelo como se estivesse conhecendo-o pela primeira vez. Ela lembrava do primeiro momento em que pisou ali, em como os familiares de Lionel a olharam de forma torta, mas Lillian nunca fora de se intimidar, de desistir, ou até mesmo de se magoar por algo mínimo. Em seus trinta dias de tortura antes do casamento, ela se mostrou serena a cada momento. Um sorriso nostálgico apareceu no rosto ao lembrar daquele momento, a mulher parou seus passos e encarou um dos quadros no corredor, o belo retrato da mãe de Lionel. Lillian suspirou e seus olhos fixaram nos sem vida da pintura.

— Você disse que não duraríamos seis meses — disse ao lembrar das venenosas palavras da mulher — você estava certa, não duramos seis meses, e sim uma vida — sussurrou, como se a pintura tivesse vida.

A mulher voltou a caminhar e seguir para onde deveria ir desde o começo. As mãos para trás, os passos sem pressa, a serenidade no olhar se misturava com a indecifrável intenção da matriarca. Lillian bateu, apenas uma vez, na porta e entrou antes da permissão.

— Fique a vontade, mamãe — o tom sarcástico da filha fez Lillian sorrir.

Lillian observou a bela mulher colorir seus lábios em um tom vermelho marcante, os olhos da CEO estavam fixados no espelho, mas seus ouvidos atentos a qualquer palavra que a mãe pudesse lhe agraciar.

— Então, como foi com os primos? Aos poucos os outros membros irão chegar, você sabe como a família é... Os negócios não param — Lillian tocou na ponta da cama sentindo o tecido macio em seus dedos, até que parou ali, observando a filha a poucos centímetros de si.

— Imra sempre parece está contra sua vontade quando na minha presença, Mike provavelmente é o meu primo favorito, e Helena... — Lena terminou de passar o batom, os lábios vermelhos a deixavam ainda mais confiante de si. Lena viu o reflexo de sua mãe no espelho e olhou para ele — Bom, eu não estava esperando por ela.

— Eu liguei pra ela, expliquei que era um momento importante, e que ela não deveria por seus negócios acima de sua família. Afinal, ela ama você, isso deveria contar como algo.

Lena imediatamente virou-se para poder encarar sua mãe, Lillian não entendia aquela expressão irritada da filha, por um momento se perdeu em uma conversa silenciosa com aquele olhar.

— Helena ama me irritar, há uma grande diferença nisso, mamãe.

— É assim que ela ama, você sabe como Helena é, querida. Vocês implicam uma com a outra, mas se amam... Sempre foi assim — Lillian se aproximou da filha, e tocou o rosto delicado, a mulher limpou uma, quase que imperceptível, risca vermelha que subia a esquerda do lábio pintado — está pronta para descer? Todos já estão esperando.

— Pode me fazer um favor?

— O que você quiser, minha querida — Lillian plantou um beijo na testa da filha e soltou seu rosto.

Dear True LoveWhere stories live. Discover now