Capítulo 15

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"Amar pode doer. Amar pode doer às vezes..." — Photograph - Ed Sheeran

     Gabriel me deixou em casa assim que eu pedi. Não conversamos nada quando chegamos. Eu simplesmente desci da moto, trocamos um sorriso e ele foi embora.

      Entrei em casa e fui direto para o meu quarto. Me joguei em minha cama e finalmente parei para pensar no que eu havia feito. Me perguntava internamente se ele também estava pensando no nosso beijo e, se estava, se tinha gostado assim como eu. Eu queria ter alguém pra conversar sobre o que havia acontecido. Mas com quem eu conversaria? Eu não tinha ninguém para falar sobre isso, então apenas me permiti pensar no momento.

     Às 20:00 horas eu desci para jantar e sorri para minha mãe.

— Oi, mãe. — falei.

— Oi, Evelyn. Boa noite. — ela respondeu, enquanto colocava dois pratos na mesa.

     Sentei-me à mesa e coloquei um pouco da sopa que ela havia feito em um prato.

— Boa noite.

— Como foi na psicóloga?

— Ah, foi bom. Acho que Gabriel não achou tão ruim. — dei de ombros.

     Minha mãe sorriu para mim e sentou-se à mesa também.

— Seu pai ligou. — disse ela. — Disse que em breve virá nos ver.

— Que bom. — falei, pondo uma colher de sopa na boca em seguida. A sopa estava deliciosa assim como tudo que minha mãe fazia.

— Convide seus amigos para almoçar conosco nesse domingo. — minha mãe disse com um sorriso para mim.

     Olhei para ela por um instante e depois balancei a cabeça negativamente.

— Pedro e Gabriel não se conhecem. — disse eu.

— Não importa. Convide eles assim mesmo.

— Mas mãe...

— Convide, Evelyn.

— Está bem. — eu disse e voltei a tomar minha sopa.

      Não falamos mais nada durante o jantar e eu fiquei pensando no que aquele almoço iria dar. Talvez colocar Pedro e Gabriel num mesmo espaço não fosse uma boa ideia. No entanto não podia ser tão ruim assim. Ou podia?

     Depois do jantar subi as escadas e chequei meu celular. Não havia nenhuma mensagem de Gabriel e confesso que fiquei decepcionada ao constatar isso. Como podia? Como ele ousava não mandar nenhuma mensagem depois do nosso beijo? Será que ele não havia gostado? Droga! Eu estava realmente muito decepcionada. Mas eu não ia mandar uma mensagem para ele. Ele me acharia fácil demais. Suspirei e deixei o celular de lado por um tempo. Eu precisava dormir.

***

     Era manhã de domingo e eu estava indecisa se ligava ou não para Gabriel. Já havíamos passado dois dias sem nos falar e isso estava me matando porque eu precisava ficar perto dele. Eu precisava fazer com que ele se sentisse bem, então por que eu não ligava? Sem pensar mais no assunto acabei discando o número de Gabriel. Ele atendeu no segundo toque, como se já esperasse minha ligação.

— Oi. — ele disse.

     Eu engoli em seco.

— Oi, Gabriel. Como você tá?

— Estou indo, Evelyn. E você?

— Também. — respondi. — Então, eu tô ligando só pra te convidar pra almoçar aqui hoje. Minha mãe que pediu pra eu convidar você e o Pedro. — eu estava gaguejando.

Um Toque do DestinoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz