Capítulo 18

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"Não pode impedir que esses pés afundem..." — You don't know - Katelyn Tarver

     Os dias passaram-se rápidos como uma bala. Está com Gabriel era reconfortante e fazia com que eu me sentisse realmente bem. Mas eu não sabia se ele sentia o mesmo. Afinal, como eu podia saber se ele estava bem? Ele não demonstrava está mal, mas mesmo assim eu precisava tomar cuidado.

     Ana me ligou em uma manhã de sábado às 5:00 horas.

— Bom dia, Evelyn — ela disse. — Desculpe está te ligando agora, mas é que eu consegui marcar uma consulta com um amigo meu e ele só pode atender o Gabriel hoje às 9:00.

— Sério, Ana? É ele que é psiquiatra?

— Sim. Vocês podem vir? Vai ser difícil marcar com ele outra vez.

— Tudo bem, a gente vai. Eu vou ligar pro Gabriel.

— Okay. Estejam no hospital às 9:00, por favor.

     Liguei para Gabriel imediatamente após encerrar a chamada com Ana.
Ele me atendeu no segundo toque.

— Oi, amor.

— Tá com voz de sono — falei.

— Eu estava dormindo. Bom dia.

— Bom dia. Então, de 9:00 horas você e eu precisamos ir no hospital. Você tem uma consulta com um psiquiatra.

— Tenho, é?

     Mordi o lábio inferior e torci mentalmente para que ele não dissesse não.

— Tem, Gabriel.

— Eu não quero ir, Eve...

— É pro seu bem, Gabriel. Por favor, vamos.

— Tá bom — ele respondeu devagar, como se lhe doesse as palavras.

— Você vem me buscar aqui ou eu vou até aí? — perguntei.

— Eu vou te buscar às 8:00.

***

      Às 8:00 horas Gabriel chegou em minha casa. Ele ainda não havia pedido permissão aos meus pais para me namorar, então ele me esperou do lado de fora. Saí de casa levando apenas uma bolsa com meu celular e dei um beijo em sua bochecha antes de subir na moto.

       Chegamos no hospital rapidamente e eu segurei a mão dele para entrarmos. Entramos de mãos dadas e depois de falar na recepção o porquê viemos, seguimos para o mesmo quarto onde Ana nos atendia sempre. A mão de Gabriel estava suada. Ele devia está muito nervoso.

— Vai dar tudo certo, Briel — Apertei a mão dele.

      Ele me olhou com um misto de medo e outra coisa que não soube identificar, mas sorriu para mim.

— Obrigado — falou.

      Entramos no quarto e nos sentamos numa cama. Aquele quarto estava desabilitado a algum tempo por algum motivo que eu não sabia, por isso Ana sempre nos recebia nele.

— Como você está se sentindo?

— Estou cansado, Evelyn. Queria morrer...

     A resposta dele me atingiu em cheio. Morrer? Ainda? O que eu podia fazer para o deixar feliz? Meu Deus, o que eu iria fazer?

     Ana entrou no quarto acompanhada de um homem. Ele era alto e usava um óculos um pouco grande demais para seu rosto pequeno.

— Bom dia, Evelyn e Gabriel. — disse Ana. — Esse é o doutor Liberius. Ele é o psiquiatra que falei a vocês.

Um Toque do DestinoWhere stories live. Discover now