Capítulo 19

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Fiquei no carro algum tempo feito bobo. Nunca imaginei que uma menina ia causar esse efeito em mim. Mas eu sabia que isso era enquanto eu não tinha o que eu queria. Quando a tivesse nos braços, tudo isso passaria.

Resolvi entrar, adiantaria algumas coisas que eu tinha que fazer. El estava exercitando uma coisa que eu não tinha... paciência!

#Angel

Entrei no hospital e aquele cheiro de álcool invadiu meus pulmões. Não gostava daquele ambiente, mas estava feliz por poder rever meu pai e minha irmã.

Peguei o elevador e fui para o penúltimo andar, minha irmã disse que ele tinha sido transferido para uma ala maior, de mais apoio. Relembrar isso, fez com que eu agradecesse a Jack.

Ele era um monstro com as mulheres, mas tinha que admitir que ele estava dando muito apoio pra o seu pai. E por esse motivo, ela teria que ter mais paciência com ele, pelo menos queria acreditar que o motivo de querer estar perto dele era o seu pai e não o seu corpo e o seu coração que ansiavam por ele.

Chegou no andar de destino, abordei a enfermeira que passava, tinha esquecido o número do quarto. A enfermeira aparentava ter uns quarenta anos, reabrem séria.

- Boa tarde, eu gostaria de saber onde é o quarto do senhor Sebastian Smith!- A enfermeira me olhou, como se associasse o nome a pessoa e fez uma expressão indefinida que me deixou incomodada.

- Você é o que dele? Não estamos no horário de visitas. - Falou grosseiramente

- Sou filha dele. Cheguei a pouco de viagem, meu celular descarregou e não pude me comunicar com a minha irmã que está com ele.

Ela me olhou mais uma vez e respondeu:

- Troque com ela, não pode ficar dois acompanhantes no mesmo quarto, é contra as regras do hospital. - Na verdade ela não era séria, ela era grossa mesmo.

- Sim senhora. - Respondi.

- No final do corredor a esquerda.

- Obrigada.

Agradeci e tratei logo de sair, que mulher amarga e mal-educada. Me aproximei do quarto, bati suavemente na porta e entrei. O quarto era bem espaçoso, nem se comparava ao que ele estava antes dela começar a trabalhar para os Parker.

O pai estava dormindo e a irmã sonolenta numa poltrona bege e aparentemente confortável. Ela arregalou os olhos quando me viu e colocou as mãos na boca para reprimir o grito de surpresa que ela queria dar, para não assustar o papai.

Levantou e me deu um abraço apertado, que saudade eu estava daquele abraço, de ter alguém por perto depois de tanta desilusão que tive. O abraço da minha irmã era tudo que eu precisava, me senti acolhida, amparada e amada. Deixei uma lágrima cair.

Ela sentiu a lágrima quente cair em seu ombro, me soltou, olhou assustada e falou baixinho:

- O que foi? Aconteceu alguma coisa.

Eu neguei com a cabeça e falei:

- Apenas saudades de vcs.

Ela me olhou desconfiada, mas não falou nada. Olhei para nosso pai deitado na cama, estava muito pálido, abatido e inchado. Como se sentisse meu olhar, ele abriu os olhos lentamente, e quando me viu arregalou os olhos.

Me aproximei e dei um abraço naquele homem que eu tanto amava e que lutava para salvar sua vida.

- Paizinho, que saudade! - Falei dando vários beijinhos nele.

- Minha caçulinha... temos muito o que conversar!

Percebi a preocupação pelo tom de voz dele. Tentei disfarçar. Mas fiquei desconfortável, não gostava de mentir para ele. Mas eu não podia falar a verdade. O importante era que ele estava bem cuidado, bem assistido.

Amantes na noite (Lovers at night)Where stories live. Discover now