Amantes na noite (Lovers at night)

Capítulo 41

Quinze dias, quinze doloridos e sofridos dias!

Jéssica fez da nossa vida um verdadeiro tormento. Todo dia ela tinha um exame, uma ultrassonografia, um desejo, ou passava mal...

E tudo só acontecia quando ele estava comigo, já não estava mais suportando, ela não tinha hora para ligar perturbando. Jack não podia deixar seu celular desligado, pois ele cuidava de uma rede de hospitais e muitas vezes ela aproveitava-se disso.

Agora mesmo estávamos brigados, pois ela tinha tido um sangramento e ficou em observação, ela exigia a presença dele para passar a noite, ele tinha medo de contraria-la ela perder o bebê.

- Vai ser assim todos os dias Jack? Ela te liga e você sai como um cachorrinho? - Eu estava descontrolada.- O DNA, você não vai obrigá-la a fazer?

- Ela não pode fazer ainda, a gravidez dela é de risco. - Ele passava as mãos na cabeça. - Angel, tenha paciência, as coisas irão melhorar...

- Quando? Me diga quando? Porque até agora eu só vi piorar! Já voltamos de uma viagem no final de semana porque ela passou mal. Ela liga a noite desejando as coisas mais difíceis e você tem que se virar atrás.

- Angel, eu preciso de você ...

- Na cama? Até isso ela atrapalha! Você pensa que eu não vejo seu celular vibrando? E você levantando devagar para não me acordar? - Ele não respondeu. - Eu estou cansada. - Meus olhos estavam cheios de lágrimas. - Você disse que eu não ia ser segundo plano. E é tudo o que eu tenha sido nesses últimos dias.

- Angel...

- Não toque em mim... eu poderia ter ido embora com a minha irmã! Eu estaria refazendo minha vida, estudando, trabalhando... e o que eu estou fazendo agora? Vivendo a sua sombra, recebendo as migalhas de amor que você me dá, quando a Jéssica deixa você ter algum tempo comigo!

- E você conseguiria viver longe de mim? - Os olhos dele era de decepção.

- Qualquer coisa é melhor do que eu estou vivendo. Ver vocês dois desfilando como um casal lindo e eu sou a "novinha" que está destruindo a felicidade de vocês.

- Você é a minha felicidade...

- Eu sinto muito você não sabe o que é ser feliz!

- Angel, eu fiz muita coisa errada na minha vida, muitas... eu não quero abandonar meu filho, eu não quero ser um pai omisso. Eu sofri muito quando minha mãe deixou meu pai e ficou muitos anos sem nos procurar. Eu quero ser o melhor pai que eu puder ser. Você é a mulher que eu quero, Jéssica é a mãe do meu filho, apenas! Entenda isso de uma vez por todas.

- Talvez eu esteja sobrando nessa história. Vocês têm a mesma idade, os mesmos sonhos, as mesmas atitudes, os mesmos pensamentos, se conhecem de muitos anos, estão esperando um filho... e eu sou quem mesmo?

- Você é meu amor... mas tá agindo como uma criança mimada! - Ele concluiu.

- Talvez eu seja realmente uma criança! Eu não tenho maturidade para agir com tudo isso Jack. Eu pensei que tinha... mas agora eu percebo que não tenho. - Eu estava cansada.

- Gatinha... - Ele sempre falava assim quando queria me amansar. - Eu vou lá no hospital só tranquiliza-la... eu prometo que volto cedo.

- Como da outra vez? Que você chegou amanhecendo o dia? Prometendo que era a última vez?

Ele ia revidar quando o celular tocou novamente. Não precisava ser nenhum gênio para saber quem era.

Ele atendeu e falou: